segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

NOTÍCIA: 21 CIDADES TÊM TOQUE DE RECOLHER PARA JOVENS - RENATA BAPTISTA - FELIPE BACHTOLD - COM GABARITO

 Notícia: 21 cidades têm toque de recolher para jovens

          Medida decretada pela Justiça em 8 Estados restringe a circulação de adolescentes à noite pelas ruas; em SP, são 3 municípios

          Polícia e conselhos tutelares dizem que restrição reduz crimes e evasão escolar; para conselho nacional da criança, ela fere o direito à liberdade

          RENATA BAPTISTA – FELIPE BÄCHTOLD – DA AGÊNCIA FOLHA

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzXQBTiaLAG_L5Cu_zbUboyS8JgYWaRDo5YqDv_uixfxD6UMCXG53k1Pcs6flSXsyW-cKey4ujhdGCJT4JDoN6cTQGW-6iAlKlLo-V_c0uU2WPnfBQPdHAHiyXXxYYWSOz0z7umdrow46sEhBIPT4UCyyE6H21P36aRIH7qX0V6Hv-q_9vr7-0JjdBaZ8/s320/TOQUE.jpeg


        Ao menos 21 cidades em oito Estados do país já tiveram decretado pela Justiça, segundo levantamento feito pela Folha, o chamado "toque de recolher" – medida que restringe a circulação de adolescentes à noite pelas ruas.

        Apenas no interior paulista, três municípios proibiram a circulação de menores de 18 anos nas ruas após as 23h.

        O combate à violência frequentemente é citado como justificativa.

        O Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), ligado à Presidência da República, divulgou no mês passado um parecer contrário a esse tipo de medida, argumentando que ela fere o direito à liberdade.

        Mas, nessas cidades, polícia e conselhos tutelares dizem que o toque de recolher diminui os índices de criminalidade e evasão escolar.

        Tolerância

        Em Fernandópolis (SP), onde a medida vigora desde 2005, levantamento feito pela Vara de Infância e Juventude mostra que o número de ocorrências envolvendo adolescentes diminuiu 23% de 2004 para 2008. Os furtos, por exemplo, passaram de 131 para 55.

        Em cada município, a ordem judicial tem particularidades. Na maioria, há uma tolerância que vai a até uma hora para que os estudantes do período noturno possam retornar para suas casas.

        Também há limitação à permanência de adolescentes em lan houses. Nos três municípios baianos que adotaram a medida, os responsáveis podem requerer um cartão que libera os adolescentes do toque de recolher.

        Além de São Paulo e Bahia, cidades de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná e Santa Catarina adotaram a medida.

        Quando as equipes formadas por policiais e conselheiros encontram jovens fora do horário permitido, eles podem ser levados ao conselho. Os responsáveis são advertidos e, caso haja reincidência, podem ser multados. Em Mozarlândia (GO), a punição chega a R$ 9.300.

        Liminar

        Na Paraíba, uma família da cidade de Taperoá foi à Justiça contra a norma.

        Moradores argumentaram que não podiam participar de festas juninas com os filhos devido à proibição de menores de 12 anos nas ruas após as 21h. Uma liminar favorável à família foi expedida. O parecer do Conanda diz que a medida pode provocar humilhações aos adolescentes e até estimular uma "limpeza social".

        No Conselho Nacional de Justiça, porém, um pedido de suspensão da norma em Nova Andradina (MS) foi negado nesta semana.

        Célia Vieira, presidente do Conselho Tutelar de Ilha Solteira (SP), onde o toque foi implantado em abril, diz que as famílias da cidade apoiam a medida e estão mais preocupadas com os jovens. De acordo com Vieira, municípios de outros Estados estão interessados na medida e procuram informações na cidade sobre a norma.

        Altair de Albuquerque, diretor de uma escola da rede estadual em Fátima do Sul (MS), onde a medida foi adotada, diz que os índices de evasão escolar nas turmas noturnas chegavam a 15%. Após a adoção do toque de recolher, afirma ele, caiu para quase zero.

BAPTISTA, Renata; BACHTOLD, Felipe. Folha Online. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u596333.shtml. Acesso em: 26 mar. 2010.

Fonte: Português – Literatura, Gramática e Produção de texto – Leila Lauar Sarmento & Douglas Tufano – vol. 2 – Moderna – 1ª edição – São Paulo, 2010, p. 458-459.

Entendendo a notícia:

01 – Qual o principal argumento do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) contra o toque de recolher?

a) Que a medida aumenta os índices de criminalidade.

b) Que a medida fere o direito à liberdade dos adolescentes.

c) Que a medida não é eficaz na redução da evasão escolar.

d) Que a medida sobrecarrega o sistema judiciário.

02 – Em qual estado brasileiro o toque de recolher foi implementado em mais municípios?

a) São Paulo

b) Bahia

c) Goiás

d) Não há informações suficientes na notícia para responder.

03 – Qual o principal objetivo do toque de recolher, de acordo com as autoridades que o defendem?

a) Punir os adolescentes que cometem crimes.

b) Combater a violência e reduzir a evasão escolar.

c) Aumentar a presença policial nas ruas.

d) Restrição da liberdade de locomoção dos jovens.

04 – Qual o impacto da medida sobre a evasão escolar, segundo o diretor de uma escola em Fátima do Sul (MS)?

a) Aumentou significativamente.

b) Diminuiu consideravelmente.

c) Permaneceu inalterado.

d) Não há dados suficientes para avaliar.

05 – Qual a principal justificativa apresentada por uma família que entrou na justiça contra o toque de recolher?

a) A medida viola o direito à privacidade.

b) A medida impede a participação em eventos culturais.

c) A medida sobrecarrega o sistema policial.

d) A medida não possui base legal.

06 – Qual o posicionamento do Conselho Nacional de Justiça sobre o toque de recolher, de acordo com a notícia?

a) É totalmente a favor da medida.

b) É totalmente contra a medida.

c) Negou um pedido de suspensão da medida em um caso específico.

d) Ainda não se manifestou sobre o assunto.

07 – Qual o principal argumento das famílias que apoiam a medida do toque de recolher?

a) Que a medida garante a segurança dos jovens.

b) Que a medida é necessária para combater o tráfico de drogas.

c) Que a medida aumenta a participação dos jovens em atividades culturais.

d) Que a medida diminui os custos com a educação

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