quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

ENSAIO: RACIOCINANDO SOBRE A INTELIGÊNCIA! - GÍLBER MARTINS DUARTE - COM GABARITO

 ENSAIO: RACIOCINANDO SOBRE A INTELIGÊNCIA!

                 GÍLBER MARTINS DUARTE

 É comum as pessoas acharem que existem alguns que são inteligentes e outros não. Essa ideia é falsa: todos possuem uma inteligência em potencial, isto é, todos possuem o princípio da inteligência em seu cérebro. Por que faço essa afirmação? Porque fui à raiz de como funciona a inteligência. Você sabe o que é a inteligência? Já pensou sobre isso? Não? Então, convido-lhe a entender o seu funcionamento.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLDkuewy8D9t1xDqe725FZyc1LgQlgjqXpjR8VyJUMCKTnDw9XzQlJdF53qw3ayqPdiKWzy6GnD6BviYHLkn8I5KT7-Jc-VKnnjJu4dtKjosqGtYVuMQR1HASVIE-GbPFWoZW-8BA_9PyhUbg338VKlKL52niiZkquETt1KvS2KQKcgrERL2GSblaiBgs/s320/INTELIGENCIA.jpg


A inteligência baseia-se em uma operação simples: nasce da operação cerebral que consiste em juntar-ligar um ALGO A com uma ALGO B, à procura de um resultado C, que, na prática, tanto pode ser um resultado positivo, quanto negativo. Por exemplo, se eu junto-ligo duas laranjas + duas laranjas, eu tenho como resultado quatro laranjas. Se eu junto-ligo um palito de fósforo aceso com uma chama de gás aberta, eu tenho como resultado uma chama de fogo. Se eu junto-ligo o corte de uma faca contra um objeto relativamente macio, eu obtenho como resultado pedaços desse objeto. Se eu junto-ligo palavras sempre gentis dirigidas às pessoas, eu tenho como resultado amigos. Se eu junto-ligo água diariamente a uma planta no vaso, eu tenho como resultado uma bela planta. Se eu junto-ligo tempo dedicado à construção de uma roupa, usando corte, fiação e tecidos adequados, eu obtenho a peça de roupa esperada.

Mas a inteligência também consegue prever resultados negativos. Por exemplo, se eu ligo-junto óleo de soja, ao invés de sabão líquido, para esfregar-lavar minha camiseta, eu obterei uma camiseta totalmente estragada. Se eu ligo-junto água ao tanque de gasolina do meu carro, eu obtenho como resultado um carro que não vai conseguir se mover. Se eu ligo-junto palavras sempre agressivas dirigidas às pessoas, com certeza, não vou obter amigos, vou obter cada vez mais inimigos.

A partir dessa operação simples, a inteligência se desenvolve em níveis cada vez mais complexos, assim também se dá juntando-ligando A + B + C + D + E + F + G + etc... para obter um determinado resultado. Por exemplo, se eu junto-ligo dois pneus, duas rodas, um quadro, uma corrente ligada a um par de pedais, um cilindro, um guidão, eu obtenho como resultado uma bicicleta. Enfim, entendeu o princípio da inteligência? É a capacidade de juntar-ligar um ALGO com outro ALGO ou outros ALGOS para obter um dado resultado e também saber que algumas coisas juntadas-ligadas a outras coisas nunca poderão dar certos resultados esperados. Exercite sua inteligência: pratique essa operação.

Texto de autoria de GÍLBER MARTINS DUARTE In: Material didático On Line: “Por uma abordagem linguístico-discursiva da Língua Portuguesa” – www.socialistalivre.wordpress.com

Entendendo o texto

01-Qual a tese central defendida no texto-discurso?

     a- que alguns são inteligentes, outros não;

     b- que todos possuem o princípio da inteligência e que esta consiste em juntar-ligar um ALGO a outro ALGO em busca de um dado resultado;

    c- que a inteligência consegue prever resultados negativos;

    d- que é preciso exercitar a inteligência.

02-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

     a-( V ) Percebe-se o discurso de que é falso considerar que algumas pessoas não são inteligentes;

     b-(  F  ) Percebe-se o discurso de que nem todos possuem uma inteligência em potencial;

     c-( V   ) Percebe-se o discurso de que a inteligência nasce de uma operação simples que consiste em juntar-ligar um ALGO A com um ALGO B, em busca de um resultado C;

     d-( V ) Percebe-se o discurso de que a inteligência consegue prever resultados negativos, quando fica ciente de que juntar-ligar determinado ALGO A com determinado ALGO B, não pode gerar um resultado positivo;

     e-( V  ) Percebe-se o discurso de que a inteligência desenvolve-se em níveis cada vez mais complexos, juntando-ligando A + B + C + D + E + F + G+ H, etc., com vistas a um obter um resultado X;

       f-(  F  ) Percebe-se o discurso de que a inteligência não pode ser exercitada;

03-No argumento “Se eu junto-ligo palavras sempre gentis dirigidas às pessoas, eu tenho como resultado amigos.”, exemplifica-se:

     a- que a amizade é construída;

     b- que a amizade é resultado de uma operação inteligente;

     c- que a amizade é casual;

     d- que a amizade é fruto da gentileza.

04-No enunciado Se eu junto-ligo um palito de fósforo aceso com uma chama de gás aberta, eu tenho como resultado uma chama de fogo.”, a conjunção grifada indica tratar-se de:

     a- uma explicação;

     b- uma conclusão;

     c- uma hipótese;

     d- uma adição.

05-No argumento “Mas a inteligência também consegue prever resultados negativos.”, a palavra grifada:

      a- marca o momento em que a inteligência consegue prever resultados negativos;

      b- ressalta o lugar em que a inteligência consegue prever resultados negativos;

      c- adiciona outra ação realizada pela inteligência, a de prever resultados negativos.

06-No enunciado “todos possuem uma inteligência em potencial, isto é, todos possuem o princípio da inteligência em seu cérebro.”, o operador argumentativo grifado serve para:

     a- opor-se ao que foi dito antes;

     b- reelaborar com outra argumentação o que foi dito antes;

     c- concluir o que foi dito antes;

     d- adicionar outra informação ao que foi dito antes.

07-No enunciado “Por que faço essa afirmação? Porque fui à raiz de como funciona a inteligência.”, o uso dos porquês está explicado corretamente em:

     a- na primeira ocorrência o “Por que” é explicativo; na segunda ocorrência o “Porque” é também explicativo;

     b- na primeira ocorrência o “Por que” é para fazer pergunta no início do questionamento; na segunda ocorrência o “Porque” é para explicar o que foi questionado antes;

     c- na primeira ocorrência o “Por que” é para fazer pergunta no final do questionamento; na segunda ocorrência o “Porque” é para fazer uma explicação sobre o que foi dito antes.

08-No enunciado “Se eu junto-ligo o corte de uma faca contra um objeto relativamente macio, eu obtenho como resultado pedaços desse objeto.”, o advérbio indica:

      a- o modo do corte;

      b- o modo da faca;

      c- o modo do objeto;

      d- o modo da maciez do objeto.

09-Qual argumento foi utilizado para exemplificar a operação simples da inteligência:

     a- Se eu junto-ligo água diariamente a uma planta no vaso, eu tenho como resultado uma bela planta.

     b- Se eu ligo-junto água ao tanque de gasolina do meu carro, eu obtenho como resultado um carro que não vai conseguir se mover.

     c- se eu junto-ligo dois pneus, duas rodas, um quadro, uma corrente ligada a um par de pedais, um cilindro, um guidão, eu obtenho como resultado uma bicicleta.

10-Qual argumento foi usado para exemplificar a operação complexa da inteligência:

      a- Se eu junto-ligo um palito de fósforo aceso com uma chama de gás aberta, eu tenho como resultado uma chama de fogo.

     b- se eu junto-ligo dois pneus, duas rodas, um quadro, uma corrente ligada a um par de pedais, um cilindro, um guidão, eu obtenho como resultado uma bicicleta.

     c- Se eu ligo-junto palavras sempre agressivas dirigidas às pessoas, com certeza, não vou obter amigos, vou obter cada vez mais inimigos.

11-No enunciado “A partir dessa operação simples, a inteligência se desenvolve em níveis cada vez mais complexos, assim também se dá juntando-ligando A + B + C + D + E + F + G + etc...”, a palavra grifada:

a-   adiciona outra ação realizada pela inteligência;

b- opõe-se às outras ações realizadas pela inteligência;

c- localiza a ação realizada pela inteligência.

12-No enunciado Enfim, entendeu o princípio da inteligência?”, no último parágrafo, a conjunção grifada demarca:

     a- adição de informações a tudo o que foi dito antes;

     b- conclusão acerca de tudo o que foi dito antes;

     c- oposição a tudo o que foi dito antes;

     d- explicação sobre tudo o que foi dito antes.

13-Para quem foram dirigidos os conselhos dados em “Exercite sua inteligência: pratique essa operação.”?

     a- autor;

     b- leitor;

     c- pessoa que possui inteligência;

     d- estudioso da inteligência.

14-Qual o tema central do texto-discurso?

      a- a inteligência e suas dificuldades;

      b- o funcionamento da inteligência;

      c- os resultados positivos e negativos conseguidos pela inteligência;

      d- a importância de ser inteligente.

15-O texto-discurso é predominantemente:

      a- narrativo, pois conta uma história sobre a inteligência;

      b- injuntivo, pois dá instruções de como ser inteligente;

      c- expositivo, pois apresenta uma teoria e explicações de como funciona a inteligência;

      d- argumentativo, pois tenta convencer o leitor a ser cada vez mais inteligente.

16-A quem ou a que se referem as palavras sublinhadas no texto-discurso?

"seu": refere-se ao leitor.

 "uma chama de fogo": refere-se ao resultado da combinação do palito de fósforo e da chama de gás.

 "um dado resultado": refere-se ao objetivo da operação de juntar-ligar.

 "essa operação": refere-se à operação de juntar-ligar.

17-No enunciado “Você sabe o que é a inteligência? Já pensou sobre isso? Não? Então, convido-lhe a entender o seu funcionamento.”, a palavra grifada poderia ser substituída sem prejuízo do sentido em:

   a- Enfim;

   b- Assim sendo;

   c- Ou seja;

   d- Porém.

18-No enunciado “um palito de fósforo aceso”, qual palavra é o núcleo central da informação?

     a- um;

     b- palito;

     c- de;

     d- aceso.

19-Produza um texto-discurso, mostrando e exemplificando, ao seu modo, como se pode usar a inteligência para gerar resultados positivos ou para prever possíveis resultados negativos.

A Inteligência no Cotidiano:

A inteligência, como bem definido pelo autor, é a habilidade de conectar diferentes elementos para alcançar um objetivo. No nosso dia a dia, utilizamos essa capacidade constantemente, muitas vezes sem perceber. Ao escolher a roupa que vamos vestir, estamos juntando-ligando cores, tecidos e estilos para criar um visual que combine com a ocasião. Ao preparar uma refeição, combinamos ingredientes, temperos e técnicas de cozimento para obter um sabor agradável.

A inteligência também nos permite prever resultados. Ao planejar uma viagem, por exemplo, levamos em consideração diversos fatores, como o clima, a distância, o orçamento, para evitar imprevistos. Ao estudar para uma prova, associamos conceitos e informações para resolver problemas e responder às questões.

É importante ressaltar que a inteligência não é uma habilidade estática, mas sim algo que se desenvolve ao longo da vida. Quanto mais exercitamos nosso cérebro, resolvendo problemas, aprendendo coisas novas e fazendo conexões entre diferentes áreas do conhecimento, mais inteligente nos tornamos.

 

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