Notícia: Eu, Ciborgue – Fragmento
Rita Loiola
Um cientista inglês quer
iniciar a nova etapa da evolução: criar corpos feitos de pele, osso e circuitos
Em 1988, o inglês Kevin Warwick se
tornou um robô. O cientista implantou um chip no braço para controlar
mecanismos em seu laboratório. Assim: com o aparato instalado debaixo da pele,
conseguia, por exemplo, abrir portas apenas ao se aproximar. “Virei um controle
remoto ambulante”, diz.
O pesquisador está convencido de que o
próximo passo da evolução humana serão os ciborgues. “Em menos de 30 anos,
qualquer um poderá ter uma parte robótica.” Imagine um mundo em que será
possível guardar arquivos no próprio cérebro? Ou conversar sem abrir a boca,
usando apenas a mente? E se conectar à internet utilizando um dedo como pen
drive ou dirigir um carro sem se mexer? Chip a chip, Kevin vem construindo essa
realidade.
Hoje, aos 55 anos, o professor de
cibernética da Universidade de Reading, na Inglaterra, pretende provar que o
corpo humano pode tudo. “Por que devemos nos limitar aos cinco sentidos? Por
que não tentar a comunicação pelo pensamento? Por que não sermos super-homens?”
Por enquanto, o cientista precisa
contentar-se em ser apenas... humano. Mas não por muito tempo. Warwick está em
contagem regressiva. Antes de seu 60º aniversário, ele pretende criar um
cérebro biológico para computadores e prepara uma técnica para o momento crucial
de sua carreira: instalar um chip no próprio crânio. O implante o tornará um
novo tipo de ser: parte humano, parte máquina.
[...]
LOIOLA, Rita. Galileu,
São Paulo, n. 220, p. 67, nov. 2009. Fragmento.
Fonte: Português –
Literatura, Gramática e Produção de texto – Leila Lauar Sarmento & Douglas
Tufano – vol. 2 – Moderna – 1ª edição – São Paulo, 2010, p. 450-451.
Entendendo a notícia:
01
– Qual foi a primeira experiência de Kevin Warwick com a cibernética?
A primeira
experiência de Kevin Warwick com a cibernética foi a implantação de um chip em
seu braço em 1988. Esse chip permitia que ele controlasse mecanismos em seu
laboratório, como abrir portas, apenas com a aproximação do braço.
02
– Qual a visão de futuro de Kevin Warwick para a humanidade?
A visão de futuro
de Kevin Warwick é a criação de ciborgues, seres humanos com partes robóticas.
Ele acredita que em menos de 30 anos, será comum ter partes do corpo
substituídas por componentes eletrônicos, permitindo habilidades como guardar
informações no cérebro, se comunicar por telepatia e controlar dispositivos com
a mente.
03
– Quais as principais motivações de Warwick para suas pesquisas?
Warwick é
motivado pela curiosidade de explorar os limites da biologia e da tecnologia.
Ele questiona por que nos limitar aos cinco sentidos e busca expandir as
capacidades humanas, tornando-nos seres mais avançados e conectados.
04
– Qual o próximo passo de Warwick em suas pesquisas?
O próximo passo
de Warwick é criar um cérebro biológico para computadores e implantar um chip
em seu próprio crânio. Esse implante o transformará em um ciborgue, unindo o
biológico e o tecnológico.
05
– Quais as implicações éticas e sociais da pesquisa de Warwick?
A pesquisa de
Warwick levanta diversas questões éticas e sociais, como os limites da
intervenção humana no corpo, as possíveis consequências da fusão entre homem e
máquina e a desigualdade social que pode surgir com o acesso diferenciado a
essas tecnologias. Além disso, há preocupações com a privacidade e a segurança
dos dados armazenados no cérebro.
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