quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

CONTO: DESENHO - COM GABARITO

 CONTO: DESENHO

Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande. Uma manhã, a professora disse: - Hoje nós iremos fazer um desenho.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXKxJHMq4kNfSzW63xJbI1uGbx0p4-_A9zZ67BtthyphenhyphenmdQu6MGxKRt4uWXJAkqy9G-cYkhTJf7zCHcgJiG0hDXnGZsZdAdYJtcMWax-Tz82sMqvLYYZTqrRPm6lieHWVqYRm7m5Wxb4k_hocWbr7u23Sbj8kp5-pwFOC5l3bpSx3x41eZvz8syGvaKBAYI/s1600/DESENHO.jpg


“Que bom!” Pensou o menininho. Ele gostava de desenhar leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos. Pegou a sua caixa de lápis-de-cor e começou a desenhar.

A professora então disse: - Esperem, ainda não é hora de começar! Ela esperou até que todos estivessem prontos. - Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores.

E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.

Mas a professora disse: - Esperem! Vou mostrar como fazer. A professora começou a desenhar uma flor. E a flor era vermelha com caule verde. - Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.

O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso. Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com caule verde. Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre, a professora disse:- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.

“Que bom!” Pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar a sua bola de barro. Então, a professora disse:- Esperem! Não é hora de começar! Ela esperou até que todos estivessem prontos. - Agora, disse a professora, nós iremos fazer um prato.

“Que bom!” — pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. A professora disse: - Esperem! Vou mostrar como se faz. Assim, agora vocês podem começar. E o prato era um prato fundo.

O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostou mais do seu, mas ele não podia dizer isso. Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.

E o menininho foi ensinado e condicionado a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais coisas por si próprio.

Então aconteceu que o menininho teve que mudar de escola. Essa escola era ainda maior que a primeira. Um dia a professora disse: - Hoje nós vamos fazer um desenho.

“Que bom!” Pensou o menininho e esperou que a professora dissesse o que fazer, mas, ela não disse. Apenas andava pela sala. Então veio até o menininho e disse:- Você não quer desenhar? - Sim, e o que é que nós vamos fazer?

- Eu não sei, é você que deve pensar em algo e colocar em prática a ideia.

- Como eu posso fazê-lo?

- Da maneira que você gostar.

- E de que cor?

- Você pode escolher a cor?

- Eu não sei . . . - O menino pensou, pensou, mas não havia pensamento algum.

E então o menininho começou a desenhar uma flor vermelha com o caule verde. 

Entendendo o texto

 01- Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:

       a-( V ) Percebe-se o discurso de que alguns professores tolhem a criatividade das crianças;

       b-( V ) Percebe-se o discurso de que se pode manipular e condicionar uma criança para que esta apenas faça cópia da ideia de outros;

       c-( V ) Percebe-se o discurso de crítica ao tipo de escola que não ensina os jovens a serem livres e criativos;

       d-( F ) Percebe-se que o ensinamento principal da história é que as crianças precisam ser treinadas apenas para obedecer;

      e-( V ) Percebe-se o discurso de que algumas vezes, na escola, as crianças ficam com medo de dizer suas opiniões sobre certas atividades propostas.

02 - Qual a tese central defendida no texto-discurso?

      a- é correto a escola tolher a criatividade das crianças;

      b- é equivocada a escola que impede as crianças de desenvolverem sua liberdade criativa;

       c- é preciso doutrinar os estudantes para que estes sempre obedeçam seus professores;

       d- a escola sempre está correta na sua forma de educar.

03 -  O objetivo principal do texto-discurso é:

        a- promover reflexão;

        b- provocar humor;

        c- informar;

        d- ironizar.

04 -  O texto-discurso é predominantemente:

 a-    injuntivo, pois dá instruções de como as crianças devem sempre obedecer os professores, ao invés de serem criativas;

       b- expositivo, pois apresenta uma teoria de como as crianças devem sempre obedecer o que os professores mandam fazer;

       c- narrativo, pois conta uma história que revela o desastre de uma criança que não desenvolve a sua criatividade na escola;

      d- persuasivo, pois defende várias formas de convencer os leitores a obedecer sempre os professores.

05 - No enunciado “O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso.”, o pronome grifado foi usado para não repetir a palavra:

    a- flor;

    b- flor da professora;

    c- flor do menininho;

    d- que gostou mais da sua flor do que da flor da professora.

06- No enunciado ““Que bom!” Pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões., o pronome grifado foi empregado para não repetir a palavra:

    a- o menininho;

    b- barro;

    c- elefantes;

    d- elefantes, camundongos, carros e caminhões.

 07- Assinale o enunciado que representa a morte total da criatividade do menininho:

       a- E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul;

      b- Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora;

     c- O menino pensou, pensou, mas não havia pensamento algum;

     d- Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.

08 - Qual enunciado é citação em forma de discurso direto referente à personagem professora autoritária?

     a) - Esperem, ainda não é hora de começar!

     b) - Mas a professora disse:

     c) - Da maneira que você gostar.

     d) - E de que cor?

09 - No enunciado “Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.”, os advérbios grifados intensificam, respectivamente, as palavras:

         a- menininho e escola; 

       b- pequeno e grande;  

       c- pequeno e escola;

       d- menininho e grande.

10 -  No enunciado " Ela esperou até que todos estivessem prontos”, a conjunção grifada sugere:

       a- tempo limite da espera;

       b- lugar limite da espera;

       c- inclusão de algo na espera;

       d- intensidade da espera.

11-  No enunciado Agora, disse a professora, nós iremos desenhar flores., o verbo grifado revela:

        a- ação passada;

        b- ação presente;

        c- promessa de ação futura;

        d- ação sem momento definido no tempo.

 12 - No enunciado “E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.”, os adjetivos grifados qualificam positivamente a palavra:

         a- menininho;

         b- desenhar;

         c- bonitas;

         d- lápis.

13 - No enunciado “E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.”, o substantivo flores foi qualificado positivamente por:

a-   menininho;

        b- desenhar;

        c- bonitas;

        d- lápis.

14 - No argumento “Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso. Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora.”, a conjunção grifada mas  é adversativa/opositiva, porque:

         a- introduz um pensamento negativo, depois de ter pensado algo também negativo;

          b- introduz um pensamento positivo, depois de ter pensado algo também positivo;

          c- introduz um pensamento negativo, depois de ter pensado algo positivo;

          d- introduz um pensamento positivo, depois de ter pensado algo negativo.

15 - Assinale o enunciado em que está explícito o discurso do narrador:

         a- - Hoje nós iremos fazer um desenho.”;

        b- “- Esperem, ainda não é hora de começar!”;

        c- Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.”;

       d- “- Eu não sei, é você que deve pensar em algo e colocar em prática a ideia.

16 -  No enunciado “Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.”, a conjunção grifada:

        a- opõe-se ao que foi dito antes;

        b- explica o que foi dito antes;

        c- tece hipótese sobre o que foi dito antes;

        d- adiciona informação ao que foi dito antes.

17 - A que o a quem se referem as palavras sublinhadas no texto-discurso?

 "uma escola bastante grande": à escola em geral.

 "sua flor": à flor que o menino desenhou.

 "seu barro": ao barro que o menino estava usando.

 

18 - No argumento “E então o menininho começou a desenhar uma flor vermelha com o caule verde.”, conclui-se que:

       a- o menininho perdeu sua criatividade;

       b- o menininho aprendeu muito na escola anterior;

       c- o menininho era bom em desenhos;

       d- o menininho resgatou sua antiga força de imaginação.

19 - Produza um texto-discurso, da MANEIRA QUE VOCÊ GOSTAR. Use sua criatividade. Dê um título!

A pequena Ana amava as cores. Tinha um baú cheio de lápis de cera, tintas e canetas de todas as tonalidades. Um dia, na escola, a professora pediu para desenhar um sol amarelo. Ana pegou seu lápis laranja favorito e pintou um sol rabiscado, com raios vermelhos e roxos. A professora apagou o desenho e mostrou como se fazia um sol "correto". Ana ficou triste, mas obedeceu. Nos dias seguintes, todos os desenhos eram iguais aos da professora. As nuvens eram sempre cinzas, a grama sempre verde e o céu sempre azul. Um dia, Ana decidiu desenhar em segredo. Pegou seu caderno e pintou um mundo mágico, com árvores roxas, flores azuis e um céu estrelado de dia. Quando a professora viu o desenho, ficou surpresa. Nunca tinha visto algo assim. A partir daquele dia, a professora deixou que Ana e seus colegas desenhassem da maneira que quisessem, e a sala de aula se transformou num jardim de cores e ideias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário