ARTIGO DE OPINIÃO: ANTENA PARABÓLICA
Frei Gustavo Wayand
Medella
Eu não me considero uma pessoa
mal-educada, no entanto, mais de uma vez, no ponto de ônibus, na sala de espera
ou em outros ambientes, já me peguei prestando atenção na conversa de
terceiros.
É
quase uma ação automática. Você, ali,
sem ter muito o que fazer, às vezes, sem poder até se mover, começa a ouvir o
assunto daqueles que conversam, ao seu lado, mesmo que não tivesse esta
intenção. O ouvido vira quase uma
antena parabólica, pronta para captar
os sinais que estão a seu redor.
Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_mqSKpDWjS_nGLvajAEb_c4c-hOO6XpeLZzw_slVT9GsfQruXpgR78YF1JdKXCOMJOhjHbYI9LCWu7aHY9nHY27S9IC1JYZgX8xTUzWWAsQrf_9p1v4xpZj3wqREqZlWtpU70PvyDNRSXcMIdj-wnUpRpGs3Qp50ajK4f9vPXUgfQIX1-VwixDQNaVBA/s320/antena-parabolica-tv-sinal.jpg
Procuro
permanecer discreto e nunca
interfiro na conversa. Minha intenção não é bisbilhotar, mas procurar descobrir
dicas e ensinamentos que me
ajudem a me transformar em uma pessoa melhor.
Frei Gustavo Wayand Medella,OFM.Adaptado
gmedella@gmail.com
Entendendo o texto
01- Substitua as palavras destacadas em negrito
por outras de sentido equivalente.
"sem ter muito o que fazer" -
ocioso, sem ocupação, entediado
"começa a ouvir o assunto daqueles
que conversam"
- começa a escutar a conversa alheia
02- A que ou a quem se referem os pronomes “que”, sublinhados no texto-discurso
acima?
O primeiro
"que" se refere a "assunto".
O segundo "que" se refere a
"sinais".
03-Assinale (V) para o que julgar como efeito de sentido
pertinente ao texto-discurso e (F) para o que não julgar:
a-( F ) Nota-se o discurso de que é importante bisbilhotar
a vida dos outros;
b-( V ) Nota-se o discurso de que é possível receber
orientações sobre a vida, nas mais diversas situações;
c-( V ) Nota-se o
discurso de que o compartilhamento de saberes e experiências de vida tende a favorecer a mudança de conduta em quem
os ouve;
d-( V ) Nota-se o discurso de que o ato de ouvir a
conversa de outrem não pode converter-se em mera curiosidade, mas sim em chance
para aquisição de aprendizagem;
e-( V ) Nota-se o
discurso de que a discrição e a observação são traços sócio-psicológicos
altamente recomendáveis às pessoas;
f-( F ) Nota-se o
discurso de que, ao atentar-se para a conversa de outr@s, o ouvinte deve, constantemente,
intrometer-se e dar a opinião;
g-( F ) Nota-se o discurso de que a aprendizagem ocorre
somente em ambientes escolares;
h-( V ) Nota-se o discurso de valorização do ato de ouvir;
i-( F ) Nota-se o
discurso de desvalorização do ato de ouvir;
04-No enunciado “Já me peguei prestando atenção na
conversa de terceiros.”, o termo sublinhado pertence à variante linguística
dita:
a- padrão;
b-
científica;
c- técnica;
d-
popular.
05- No enunciado “Eu
não me considero uma pessoa mal-educada, no
entanto, mais de uma vez, no ponto de ônibus, na sala de espera ou em
outros ambientes, já me peguei prestando atenção, na conversa de terceiros.”, a
conjunção grifada:
a- introduz um
argumento que confirma a ideia positiva que o autor fez de si mesmo
anteriormente;
b- introduz
um argumento que opõe-se à ideia positiva que o autor fez de si mesmo
anteriormente;
c- adiciona
outra ideia positiva àquela que o autor fez de si mesmo anteriormente;
06- No enunciado “...começa
a ouvir o assunto daqueles que conversam, ao seu lado, mesmo que não tivesse essa intenção.”, a conjunção
sublinhada introduz:
a- uma
objeção/contradição parcial ao que foi dito anteriormente;
b- uma
concordância plena com o que foi dito anteriormente;
c- uma
retificação total acerca do que foi dito anteriormente;
07-O título “Antena Parabólica” trata-se de:
a- uma
metáfora usada para descrever o ato de ouvir;
b- uma hipérbole
usada para descrever o ato de ouvir;
c- uma ironia
usada para descrever o ato de ouvir.
08- PROPOSTA DE REDAÇÃO. Elabore um texto-discurso, relatando
uma possível experiência em que você repensou sua postura a partir daquilo que
ouviu dos outros.
Proposta de Redação:
Título: Aprendizados Inesperados
Sempre me considerei uma pessoa bastante
introspectiva. Encontrar conforto e companhia na minha própria companhia era
algo natural para mim. No entanto, com o passar dos anos, percebi que essa
introspecção, muitas vezes, me impedia de experimentar novas perspectivas e
aprender com as experiências dos outros.
Lembro-me de uma tarde em uma livraria.
Enquanto aguardava minha vez na fila do caixa, não pude deixar de prestar
atenção em uma conversa entre duas senhoras. Elas discutiam sobre um livro que
haviam lido recentemente e os ensinamentos que haviam tirado daquela leitura. A
paixão com que elas falavam sobre a história e os personagens me contagiou.
Nunca havia pensado sobre aquele livro daquela maneira e, naquele momento,
senti uma vontade imensa de lê-lo.
Aquela breve conversa me fez refletir
sobre a importância de estar atento ao que acontece ao meu redor. Percebi que,
ao ouvir as histórias e as experiências dos outros, posso expandir meus
horizontes e adquirir novos conhecimentos. A partir daquele dia, comecei a
prestar mais atenção nas conversas que aconteciam ao meu redor, sempre com o
intuito de aprender algo novo e me tornar uma pessoa mais completa.
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