Artigo de Opinião: Espaço, a fronteira mais humana
Cientistas descobrem novos planetas que podem abrigar vida, mas o que fazer com o nosso?
No último dia 22, a
agência espacial dos EUA – NASA – anunciou a descoberta de um sistema solar com
7 planetas que, assim como o nosso, tem crosta rochosa. Três deles estão na região que os
cientistas chamam de “zona habitável”, uma região com a proximidade ideal do
Sol para a existência de vida.
A descoberta foi
anunciada com empolgação pela agência americana em uma coletiva de imprensa. Isso porque é a primeira vez que
se encontram tantos planetas com essas características juntos. E o sistema
solar encontrado está relativamente perto: há apenas 39 anos luz de nós.
Com essa descoberta, os
astrônomos não falam mais em “se” vão achar vida alienígena, mas sim “quando”
isso ocorrerá, dando esperanças a toda uma geração que cresceu ouvindo as
lendas e histórias sobre a corrida espacial e suas conquistas para a
humanidade. Saber que nós não estamos a sós no universo gera sentimentos
diversos, mas reforça ainda mais nossa esperança em novos tempos.
Mas, será que vale
mesmo a pena todo esse esforço para descobrir novos mundos quando o nosso
próprio, o único que temos por enquanto, sofre
tanto nas mãos dos ricos e poderosos? Vale embarcar numa viagem pelo
Cosmos enquanto milhões, bilhões até, passam fome e sofrem as mazelas do
capitalismo?
Pode parecer loucura,
mas, desde os primeiros homens a passarem nessa terra, nós sempre buscamos algo
além do que nos rodeia. Ao desenvolvermos nossa mente e começarmos a imaginar
algo para além de nossa sobrevivência, começamos
a ter uma ideia sobre como deveria ser o nosso futuro. Desde então, nós sempre
olhamos para o horizonte, e além dele,
para o céu, em busca de algo além da nossa própria existência.
É essa capacidade de
sonhar, de imaginar, que nos possibilitou atravessar os maiores perigos e
desenvolver tantas e tantas ideias que acabaram culminando no que a humanidade
é hoje. Entre elas, o pensamento marxista e na necessidade da revolução
socialista. É a capacidade de imaginar uma sociedade livre da exploração e de
toda forma de opressão que nos possibilita imaginar como chegaremos a novos
mundos, e o que os “seres” desses mundos pensariam de nós?
Sim, amigos… Devemos
sonhar, pesquisar e desenvolver as ferramentas para nossas viagens pelo
universo o quanto antes, pois isso
é inerente a condição humana. Ao mesmo tempo, temos que lutar por um mundo que
realmente seja para aqueles que produzem a riqueza dele. Sabemos que o
capitalismo nos poda e nos tira a substância, por isso, todo sonho é, em si,
uma revolução em progresso!
Por isso, cabe a essa geração preparar o terreno
para um novo mundo, onde nós estejamos audaciosamente indo aonde ninguém jamais
foi.
Por José Jonas Leon - In: http://www.pstu.org.br/espaco-a-fronteira-mais-humana/
Entendendo o texto
01-Qual descoberta científica motivou a
produção desse artigo?
A descoberta de um sistema solar com 7
planetas, sendo 3 deles na zona habitável, anunciada pela NASA, foi o gatilho
para a reflexão presente no artigo. Essa descoberta reacendeu a discussão sobre
a busca por vida extraterrestre e, ao mesmo tempo, levantou questões sobre a
situação do nosso próprio planeta.
02-Cite reflexões e propostas que foram feitas
pelo sujeito-autor em relação ao nosso próprio planeta.
O autor faz diversas reflexões sobre a
situação do planeta Terra, destacando:
- A
desigualdade social e a exploração dos recursos naturais pelo capitalismo.
- A
necessidade de lutar por um mundo mais justo e igualitário para todos.
- A
importância de sonhar e imaginar um futuro melhor, livre de opressão.
- A
relação entre a exploração espacial e a luta por transformações sociais na
Terra.
03-A conjunção MAS usada em “Cientistas descobrem novos planetas que
podem abrigar vida, mas o que
fazer com o nosso?” é ADVERSATIVA, pois:
a- relaciona a comemoração de uma descoberta
positiva antes do MAS e depois faz-se uma pergunta também positiva e otimista;
b- relaciona o lamento de uma descoberta negativa antes do MAS e depois faz-se uma
pergunta levantando uma problemática angustiante;
c- relaciona a comemoração de uma descoberta positiva antes do MAS e depois faz-se uma pergunta levantando uma problemática angustiante.
04-Em “Com essa descoberta, os astrônomos não
falam mais em “se” vão achar
vida alienígena, mas sim “quando”
isso ocorrerá”, as conjunções SE e QUANDO foram destacadas entre aspas,
sugerindo respectivamente:
a- causa e tempo;
b- adversidade e tempo;
c- hipótese e tempo;
d- finalidade e tempo.
05- Que visão apresenta o texto?
O texto apresenta uma visão otimista e
esperançosa em relação ao futuro da humanidade, mas também alerta para os
desafios que precisamos enfrentar. A combinação de ciência, filosofia e
política presente no artigo o torna um material rico para reflexão sobre o
nosso lugar no universo e nosso papel na construção de um mundo mais justo e
igualitário.
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