sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

MENSAGEM ESPÍRITA: VERDADEIRA CARIDADE - O LIVRO DOS ESPÍRITOS - CAPÍTULO IV - PRINCÍPIO VITAL - INTELIGÊNCIA E INSTINTO - PARA REFLEXÃO


 Mensagem: VERDADEIRA CARIDADE
    
                                      ANDRÉ LUIZ GADELHA

 Não é raro testemunharmos demonstrações de bondade argumentadas no temor a Deus. São irmãos que vivem com moral exemplar sob o medo do castigo divino.
        Outros tantos vivem, igualmente, na procura da realização do bem, mas tão somente pelo fato de que ficaria feliz se o bem fosse feito a ele ou se o mal não lhe seja aplicado. São irmãos que fazem o certo na espera que lhe façam o certo também ou evitam o mal na expectativa de que o mal não lhes seja feito.
        É claro que injusto seria não admitir que tais irmãos já assumem um certo progresso, pois já são capazes de executar a Lei de Amor e Caridade sem intenções escusas ou daninhas. Mas, não se pode admitir que o bem esteja sendo feito com sinceridade de coração.
        O verdadeiro homem de bem pratica o bem pelo bem. Faz o certo por ser o certo. Para esses irmãos, a prática do amor é tão natural quanto respirar.
        Quando se faz o bem para evitar castigos do céu ou por que gostaríamos que fizessem o mesmo por nós, a naturalidade e a sinceridade já se encontram comprometidas. O que move pelo bem não é o coração, mas, sim, a espera de algo em troca, ainda que esse algo, num primeiro olhar, pareça ser sublime.
        Entendemos, também, que a humanidade se encontra num estágio evolutivo onde poucos são os que fazem o bem com verdadeira pureza de coração. Muitos de nós ainda precisamos crer num Deus intolerante para que se inicie na prática do bem. Outros, um pouco mais evoluídos, ainda possuem a necessidade de terem o seu bem estar como referência para garantir e guardar o bem estar do próximo.
        Em ambos os casos, são irmãos que ainda têm a necessidade de praticar o bem por obrigação, mas, já estão no caminho certo para, no futuro, praticar o bem com a naturalidade que deve existir.
        Que Jesus continue nos abençoando.

 Mensagens Espírita: O livro dos Espíritos

ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo

Perguntas e respostas
Capítulo IV – PRINCÍPIO VITAL
INTELIGÊNCIA E INSTINTO

71 – A inteligência é um atributo do princípio vital?
      -- Não, pois as plantas vivem e não pensam: elas têm apenas a vida orgânica. A inteligência e a matéria são independentes, pois um corpo pode viver sem inteligência, mas a inteligência só pode manifestar-se por meio dos órgãos materiais. É preciso a união com o espírito para tornar inteligente a matéria animalizada.
      A inteligência é uma faculdade especial, própria de certas classes de seres orgânicos, e que, com o pensamento, dá a vontade de agir, a consciência de sua existência e de sua individualidade, assim como os meios de estabelecer relações com o mundo exterior e de prover suas necessidades.
      Assim, pode-se distinguir: 1°) os seres inanimados, formados apenas de matéria, sem vitalidade nem inteligência: esses são os corpos brutos; 2°) os seres animados não-pensantes, formados de matéria e dotados de vitalidade, mas desprovidos de inteligência; 3°) os seres animados pensantes, formados de matéria, dotados de vitalidade e possuindo ainda um princípio inteligente que lhes concede a capacidade de pensar.

72 – Qual é a fonte da inteligência?
      -- Nós já dissemos: a inteligência universal.

72 a) Pode-se dizer que cada ser tira uma porção de inteligência da fonte universal e a assimila, da mesma forma que o faz com o princípio da vida material?
      -- Isso é apenas uma comparação, mas que não é exata, porque a inteligência é uma faculdade própria de cada ser e constitui sua individualidade moral. Além disso, bem o sabeis, há coisas em que o homem não pode penetrar, e esta é, por enquanto, uma delas.

73 – O instinto é independente da inteligência?
      -- Não, não exatamente, pois é uma espécie de inteligência. O instinto é uma inteligência irracional, e é por meio dele que todos os seres proveem suas necessidades.

74 – Pode-se marcar um limite entre o instinto e a inteligência, ou seja, precisar onde termina um e onde começa a outra?
      -- Não, pois muitas vezes eles se confundem; mas pode-se muito bem distinguir os atos que decorrem do instinto daqueles que pertencem à inteligência.

75 – É correto dizer que as faculdades instintivas diminuem à medida que aumentam as faculdades intelectuais?
      -- Não, o instinto sempre existe, mas o homem o negligencia. O instinto também pode conduzir ao bem; ele nos guia quase sempre, e, algumas vezes, de uma forma mais segura do que a razão; o instinto nunca se engana.

75 a) Por que a razão nem sempre é um guia infalível?
      -- Seria infalível se não fosse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite a escolha e dá ao homem o livre-arbítrio.
      O instinto é uma inteligência rudimentar, que difere da inteligência propriamente dita por serem suas manifestações sempre espontâneas, enquanto as manifestações da inteligência são o resultado de uma combinação e de um ato deliberado.
      O instinto varia, em suas manifestações, de acordo com as espécies e suas necessidades. Nos seres que têm a consciência e a percepção das coisas exteriores, ele se alia à inteligência, ou seja, à vontade e à liberdade.






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