Poema: Reticências…
Reticências… um pensamento
que ficou parado no ar.
Uma frase sem complemento,
alguma coisa que o vento
trouxe e não quis contar.
Reticências… essa frase…
esse silêncio, esse “quase”
que me faria feliz.
Reticência, não me arrase!
Me diga o que foi… o que é?
De quem o segredo, qual é?
Me fala, me diga, me diz…
Que vírgulas não devo usar,
pra que você faça as pazes
com essa minha aflição?
Reticência, veja agora:
pra terminar essa história,
não tenho mais paciência.
só tenho uma reticência…
dentro do meu coração.
Antônio Barreto.
Mochila – Poema para a viagem. São Paulo: Mercuryo Jovem, 2004. P.28
Entendendo o poema:
01 – O poema emprega as
palavras reticências e reticência com significados bem
distintos.
a)
O que são as reticências?
São um sinal de pontuação.
b)
O que é uma reticência?
É algo que foi omitido, uma atitude de quem hesita em dizer algo.
02 – Há, no poema, uma
relação entre o emprego dessas palavras e o emprego das próprias reticências,
como sinal de pontuação. Identifique no poema um trecho em que o sinal de
pontuação tenha relação com:
a)
Os motivos do emprego do sinal reticências.
Reticências... um pensamento / que ficou parado no ar.
b)
O sentido da palavra reticência.
Me diga o que foi... o que é? / De quem o segredo, qual é?
03 – Releia a segunda
estrofe do poema.
a)
Como se sente o eu lírico?
Sente-se em conflito, infeliz, como se algo precisasse ser dito ou
resolvido.
b)
Levante hipóteses: Por que ele se sente
assim?
Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Talvez por causa de
relacionamento amoroso não correspondido, já que ele tem uma reticência dentro
do coração.
04 – Leia esta piada:
A professora ensina como deve ser usada
a vírgula e faz um ditado para os alunos colocarem as vírgulas.
Eis a redação de Chico:
O homem saiu de casa na cabeça, trazia um
chapéu amarelo nos pés, sapatos de lona escura nos olhos, óculos contra o sol
na lapela, um bonito cravo vermelho.
Donaldo Buchweitz, org. Piadas par você
morrer de rir. Belo Horizonte: Leitura, 2001. p. 182.
a)
Explique em que consiste o humor do texto.
O humor do texto consiste nos sentidos ilógicos e engraçados
produzidos pela falta de separação entre os adjuntos adverbiais de orações
diferentes.
b)
Reescreva o segundo parágrafo do texto e
pontue-o adequadamente, de forma a dar sentido lógico ao texto.
O homem saiu
de casa, na cabeça, trazia um chapéu amarelo; nos pés, sapatos de lona escuro;
nos olhos, óculos contra o sol; na lapela, um bonito cravo vermelho.
05 – Transforme as
interrogações diretas em interrogações indiretas. Veja o exemplo:
Quem
quebrou a vidraça?
Eu gostaria de saber quem quebrou a
vidraça.
a)
Que horas são, por favor?
Por favor, eu gostaria de saber que horas são.
b)
Você quer almoçar agora?
Eu quero saber se você quer almoçar agora.
c)
O shopping abre neste feriado?
Estou perguntando se o shopping abre neste feriado.
d)
Em que dia vai ser comemorado o aniversário
do Renato?
Eu quero saber em que dia vai ser comemorado o aniversário do
Renato.
06 – Leia as frases,
observando a pontuação. Depois explique a diferença de sentido entre as duas
frases de cada item.
a)
Francisco, o assaltante de joias foi pego
pela polícia.
Francisco,
o assaltante de joias, foi pego pela polícia.
Na 1ª frase, alguém fala com Francisco e diz a ele que um assaltante
foi pego pela polícia; o termo Francisco é vocativo.
Na 2ª frase, alguém diz que Francisco foi pego pela polícia; o termo
Francisco é sujeito, e o assaltante de joias é aposto.
b)
Todos observaram, sem interferir, os pais
repreendendo o menino injustamente; eu não me manifestei contra.
Todos
observaram, sem interferir, os pais repreendendo o menino injustamente; eu não,
me manifestei contra.
Na 1ª frase, o locutor afirma que, como todos, observou, sem
interferir, a repreensão injusta sofrida pelo menino.
Na 2ª frase, o locutor afirma que, diferentemente de todos,
interferiu, manifestando-se contra a repreensão injusta sofrida pelo garoto.
07 – Leia esta frase:
O
rapaz cavalgava pelo campo.
a)
Acrescente à frase, no final, o adjetivo silencioso de modo que essa
palavra represente uma característica:
Do
campo: O rapaz cavalgava pelo campo silencioso.
Do
rapaz: O rapaz cavalgava pelo campo, silencioso.
b)
Dê outras redações à frase, acrescentando a
ela o adjetivo silencioso de
modo que essa palavra represente uma característica:
Do
rapaz: Silencioso, o rapaz cavalgava pelo campo. / O
rapaz silencioso cavalgava pelo campo. / O silencioso rapaz cavalgava pelo
campo.
Da
maneira como o rapaz cavalgava ou como ele estava ao cavalgar: O rapaz cavalgava silencioso pelo campo.
08 – Leia esta frase:
Encontrei
no banco uma pessoa que eu conheci rapaz.
Explique a mudança de
sentido que ocorreria nessa frade se fosse colocada uma vírgula depois da
palavra conheci.
Sem a vírgula, o
sentido da frase é o de que o locutor encontrou no banco uma pessoa que
conhecera quando era rapaz. Com a vírgula, o termo rapaz passa a ser vocativo
e, assim, indica o interlocutor.
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