Música: Ninguém
= Ninguém
Engenheiros do Hawaii
Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há tanta gente pelas ruas
Há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
Ninguém é igual a ninguém
Me espanta que tanta gente sinta
(Se é que sente) A mesma indiferença
Há tantos quadros na parede
Há tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há palavras que nunca são ditas
Há muitas vozes repetindo a mesma frase:
Ninguém é igual a ninguém
Me espanta que tanta gente minta
(Descaradamente) a mesma mentira
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais
Há pouca água e muita sede
Uma represa, um apartheid
(A vida seca, os olhos úmidos)
Entre duas pessoas
Entre quatro paredes
Tudo fica claro
Ninguém fica indiferente
Ninguém é igual a ninguém
Me assusta que justamente agora
Todo mundo (tanta gente) tenha ido embora
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais, mas uns mais iguais, mas uns mais
iguais
Que os outros
O que me encanta é que tanta gente
Sinta (se é que sente) ou
Minta (desesperadamente)
Da mesma forma
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Mas uns mais iguais que os outros
Todos iguais, todos iguais
Todos iguais, todos iguais
Tão desiguais, tão desiguais
Tão desiguais, tão desiguais
Todos iguais, todos iguais.
Composição: Humberto Gessinger
Entendendo a canção:
01 – Leia a estrofe com atenção:
“Há
tantos quadros na parede
Há
tantas formas de se ver o mesmo quadro
Há
tanta gente pelas ruas
Há
tantas ruas e nenhuma é igual a outra
Ninguém
é igual a ninguém.”
O eu lírico do poema afirma que nada
precisa ser igual, no entanto podemos perceber que quando algo ou alguém é
diferente sofre com o preconceito e com a discriminação. Na sua opinião, o que
realmente é importante em uma pessoa?
Resposta pessoal
do aluno.
02 – Explique os versos: “Me
encanta que tanta gente sinta / (se é que sente) a mesma indiferença.”
Ele diz que a
indiferença perturba, incomoda, já que provavelmente as pessoas nem sintam
mesmo.
03 – Nos versos: “São tão
iguais / E tão desiguais / Uns mais iguais que os outros”, percebe-se uma
ironia. Qual é esta ironia?
A ironia é dizer
que uns são mais iguais a outros, pois se uns são mais, outros são menos iguais
– ou mais diferentes.
04 – Nos versos: “Há pouca
água e muita sede” / “(a vida seca os olhos úmidos)”, quais as figuras de
linguagem que aparecem?
“Há pouca água e muita sede” – Antítese.
“... a vida seca os olhos úmidos” – Metáfora.
05 – No 2° verso da 4ª
estrofe, o eu lírico faz uma referência ao romance “Vidas secas” de Graciliano
Ramos, e um jogo de palavra entre represa e apartheid (separação). O que ele
quis dizer?
Quer dizer que
tanto a represa quanto o apartheid servem para SEPARAR – água ou pessoas. E já
que se fala da represa, nada como citar o romance de Graciliano Ramos (Vidas
Secas) como fonte de tristeza, que umedece os olhos – o que umedece os olhos
numa vida seca.
06 – Em que estrofe o eu
lírico ironiza o comportamento dissimulado do ser humano, em relação ao
preconceito e a discriminação?
Na 9ª estrofe:
“Tão desiguais, tão desiguais / Tão desiguais, tão desiguais”.
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