Mensagem: Paciência Antes da Crise
Joanna de Ângelis
O homem moderno tem urgente necessidade
de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros
males que o espreitam.
De certo modo, vitimado pelas
circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o
leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o
aniquilam.
A paciência é-lhe reserva de ânimo para
enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio.
A paciência é uma virtude que deve ser
cultivada e cuja força somente pode ser medida, quando submetida ao teste que a
desafia, em forma de problema.
O atropelo do trânsito; a balbúrdia
geral; a competição desenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a
compressão das horas; as limitações financeiras; os conflitos emocionais; as
frustrações e outros fatores decorrentes da alta tecnologia e do relacionamento
social levam o homem a inarmonias que a paciência pode evitar.
Exercitando-a nas pequenas ocorrências,
sem permitir-se a irritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará com
êxito as situações mais graves.
A irritação é sinal vermelho na conduta
e o agastamento é arma perigosa pronta a desferir o golpe.
*
Todas as criaturas em trânsito pelo
mundo são vítimas de ciladas intencionais ou não.
Saber enfrentá-las com cuidado, é a
única forma de passar incólume.
Para tanto, faz-se mister desarmar-se
das ideias preconcebidas, infelizes, que geram os conflitos.
*
Se te sentes provocado pelos insultos
que te dirigem, atua com serenidade e segue adiante.
Se erraste em alguma situação que te
surpreendeu, retorna ao ponto inicial e corrige o equívoco.
Se te sentes injustiçado, reexamina o
motivo e disputa a honra de não desanimar.
Se a agressão de alguma forma te
ofende, guarda a calma e a verás desmoronar-se.
A convivências com as criaturas é o
grande desafio da evolução porque resulta, de um lado, da situação moral deles,
e de outro, do seu estado emocional.
O amor ao próximo, no entanto, só é
legítimo quando não se desgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa,
em relação às pessoas com quem se convive.
É fácil amar e respeitar aqueles que
vivem fisicamente distantes.
O verdadeiro amor é o que se relaciona
sempre bem com as demais criaturas, quando, porém, o indivíduo pacientemente
amar-se a si mesmo, podendo compreender as dificuldades, do ponto de vista do
outro, antes que da própria forma de ver.
*
Fariseus e saduceus, simbolicamente
estarão pelo caminho das pessoas robustecidas pelos ideais superiores,
tentando, armando-lhes ciladas.
Ama,
em toda e qualquer situação, assim logrando a tua própria realização, que é a
meta prioritária da tua existência atual, vivendo com paciência para evitares
as crises devastadoras.
De "Alegria de
Viver"
De Divaldo Pereira Franco
Pelo Espírito Joanna de
Ângelis.
Mensagens
Espírita: O
livro dos Espíritos
ALLAN KARDEC –
Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas
e respostas
Livro Segundo
MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
Capítulo I
SOBRE OS ESPÍRITOS
ORIGEM
E NATUREZA DOS ESPÍRITOS
76 – Que definição se pode
dar dos Espíritos?
-- Pode-se dizer que os Espíritos são os
seres inteligentes da Criação. Eles povoam o Universo fora do mundo material.
Nota: A palavra Espírito é aqui empregada
para designar as individualidades dos seres extracorpóreos, e não mais o
elemento inteligente universal.
77 – Os Espíritos são
seres distintos da Divindade ou são, na realidade, apenas emanações ou porções
da Divindade, e por essa razão chamados de filhos de Deus?
-- Ó Deus! Eles são Sua obra,
precisamente como um homem que faz uma máquina; essa máquina é obra do homem, e
não ele próprio. Sabes que quando o homem faz uma coisa bela e útil, ele a
chama de Seu filho, sua criação. Pois bem! O mesmo se dá em relação a Deus:
somos Seus filhos, pois somos obra d’Ele.
78 – Os Espíritos tiveram
um princípio ou, assim como Deus, existem desde sempre?
-- Se os
Espíritos não tivessem tido um princípio, seriam iguais a Deus, mas são Sua
criação e submetidos à sua vontade. Deus existe desde sempre, isso é
incontestável. Porém, quando e como Ele nos criou não o sabemos. Podes dizer
que não tivemos um princípio, se com isso entendes que, por ser eterno, Deus
deve ter criado ininterruptamente. No entanto, quando e como cada um de nós foi
feito, eu insisto, ninguém o sabe – nisto consiste o mistério.
79 – Visto que há dois
elementos gerais no Universo, o elemento inteligente e o elemento material,
poderíamos dizer que os Espíritos são formados pelo elemento inteligente, da
mesma forma que os corpos inertes são formados pelo elemento material?
-- É evidente. Os
Espíritos são a individualização do princípio inteligente, assim como os corpos
são a individualização do princípio material. A época e o modo dessa formação é
que são desconhecidos.
80 – A criação dos
Espíritos é permanente ou só ocorreu na origem dos tempos?
-- Ela é
permanente, o que quer dizer que Deus nunca parou de criar.
81 – Os Espíritos se
formam espontaneamente ou se originam uns dos outros?
-- Deus os criou, assim como todas as
outras criaturas, por Sua vontade; mas – mais uma vez – sua origem é um
mistério.
82 – É correto dizer que
os Espíritos são imateriais?
-- Como se pode
definir uma coisa quando faltam termos de comparação, e com uma linguagem
insuficiente? Um cego de nascença pode definir a luz? Imaterial não é a palavra
adequada; incorpóreo seria mais exato, pois deves compreender que, por ser uma
criação, o Espírito deve ser alguma coisa. Trata-se de uma matéria
quintessenciada, mas sem analogia para vós, tão etérea que não pode ser
percebida pelos vossos sentidos.
Dizemos que os
Espíritos são imateriais porque sua essência difere de tudo o que conhecemos
sob o nome de matéria. Um povo de cegos não teria termos para exprimir a luz e
seus efeitos. O cego de nascença julga ter todas as percepções pela audição, o
olfato, o paladar e o tato; ele não compreende as ideias que lhe indicaram o
sentido que lhe falta. Da mesma forma, em relação à essência dos seres
sobre-humanos, somos verdadeiros cegos. Só podemos defini-los por meio de
comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço de nossa imaginação.
83 – Os Espíritos têm um
fim? Compreende-se que o princípio de que eles emanam seja eterno, mas o que
perguntamos é se sua individualidade tem um término e se, num certo tempo, mais
ou menos longo, o elemento de que são formados não se dissemina, retornando à
massa, como ocorre com os corpos materiais. É difícil compreender que uma coisa
que teve começo possa não terminar.
-- Há muitas coisas que não compreendeis,
porque vossa inteligência é limitada, e esta não é uma razão para rejeitá-las.
A criança não compreende tudo o que seu pai compreende, nem o ignorante tudo o
que compreende o sábio. Nós te dizemos que a existência dos Espíritos não tem
fim; é tudo que podemos dizer agora.
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