segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

POEMA: BOLETIM - CARLOS QUEIROZ TELLES - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: Boletim 
                     Carlos Queiroz Telles

Chega uma hora
em que não dá mais
pra gente fugir do assunto.
Meio mundo da família,
pai e mãe, irmão e tia,
com olhares de cobrança,
pedem o troco da esperança
que jogaram sobre nós.

E então começa a guerra
É a equação conjugada
em português matemático
são matérias inexatas
e ciências desumanas



É a cara da professora
que brigou com o namorado.
São as noites mal dormidas
de estudo ou de medo.
É o tormento renovado
do semestre que se acaba
ou do ano que termina.

Tempo de unha roída
de culpa e de sofrimento.
Coração sempre apertado,
dias com dor de barriga,
noites com falta de ar.

A vida fica um sufoco
até a hora temida
em que a angústia vira nota.
Amanhã...hoje...agora!
O olhar sabe de cor
onde o nome está na lista.
E então...lá vamos nós
com a cara e a covardia.

Um, dois, três...não acredito!
Aquela nota é um oito!
Não é possível meu Deus!
É possível! É possível!
Aquele oito sou eu.

Entendendo o poema:

01 – Separe das palavras abaixo os antônimos, formando pares.
Felicidade, coragem, encorajador, tomento, covardia, exata, devolução, inexata, cobrança, temido.
      Felicidade, tormento.
      Coragem, covardia.
      Encorajador, temido.
      Exata, inexata.
      Devolução, cobrança.

02 – Empregue adjetivos equivalentes às locuções adjetivas:
a) É o tormento do semestre = Semestral.
b) É o perímetro de cidade = Urbano.
c) É um amor de mãe = Maternal.
d) É a prova do bimestre = Bimestral.
e) É a mesma faixa de idade = Faixa etária.
f) É o globo do olho = Ocular.

03 – Empregue adequadamente a vírgula.
Meio mundo da família,
Pai e mãe, irmão e tia,
Com olhares de cobrança,
Pedem o troco da esperança
Que jogaram sobre nós.

04 – O verso “com cara e a covardia” lembra uma expressão muito usada mas, o poeta fez uma troca dessa expressão por outras palavras. Por que o poeta fez essa troca?
      É “com a cara e a coragem”. Ele trocou as palavras tentando dizer que é covarde, não tem coragem.

05 – Quem escreveu o poema Boletim?
      Carlos Queiroz Telles.

06 – Quem é o narrador do texto?
      O narrador é o eu- poético (pessoa que fala no texto).

07 – De que o assunto os estudantes não podem fugir?
      Os estudantes não podem fugir do boletim, isto é, das notas.

08 – Em que época o sofrimento do estudante é maior?
      No final do semestre e final do ano.

09 – O que os membros da família esperam do estudante?
      Esperam que ele consiga boas notas.

10 – Que palavra o autor usa para demonstrar a luta do estudante pela nota? Você acha a palavra adequada?
      Guerra. Sim, porque o estudante tem de enfrentar uma verdadeira batalha para conseguir boas notas.

11 – Explique com que intensão o autor combina estas palavras: “equação conjugada” e “português matemático”.
      Ele mistura assuntos da duas matérias para dizer que tudo fica muito confuso na “cabeça dos alunos”.

12 – Veja o que o autor diz em lugar de matérias exatas e ciências humanas. Por que ele faz isso?
      Quer dizer que nem sempre consegue resultados exatos em seus cálculos. As ciências são desumanas porque exigem esforço exagerados de sua parte.

13 – Explique os versos: “A vida fica um sufoco / até a hora temida / em que a angústia vira nota”.
      Resposta pessoal do aluno.
14 – O poema apresenta fatos e sentimentos da vida de um aluno. Parecem com os seus?
      Resposta pessoal do aluno.




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