Texto: Garotos lutam contra
destruição de orelhões
"Denivan
tem apenas doze anos, mas já luta para preservar o bem comum"
"No início de novembro, uma carta
manuscrita pelo garoto Denivan Vargas Araújo, de 12 anos, chega à Telesp comunicando
a fundação do grupo Defensores de Orelhões. Irritado com a depredação de
diversos aparelhos instalados no Jardim Tremembé, bairro onde mora, na Zona
Norte, Denivan convidou alguns amigos para lutar contra o vandalismo. Quando
meu pai vendeu o telefone eu parti para a realidade dos orelhões`, conta o
garoto. Ontem, Denivan foi apresentado à diretoria da Telesp e à imprensa.
Apaixonado desde os seis anos pelos
aparelhos telefônicos, Denivan quer ser engenheiro eletrônico. Eu fiz alguns
projetos com parafusos e correntes bem grossas para defender os aparelhos`,
explica. No início, o grupo tinha quatro integrantes, mas dois garotos foram
convidados a se retirar. Eles não queriam nada com nada`, afirma. Agora, o
presidente Denivan e o vice-presidente Dênis Caniello, de 11 anos, se reúnem
algumas vezes por semana para fazer cartazes explicando à população como agir
perante a destruição dos aparelhos.
Dizemos para procurar a Telesp sempre
que virem algum pedaço de orelhão em poder de vândalos`, acrescenta. Temendo
algum tipo de represália, o fundador dos Defensores de Orelhão nunca falou das
atividades do grupo aos colegas da 6ª série da Escola Judith Guimarães dos
Santos. Tenho medo das gangues que destroem os telefones para vender as peças`,
afirma Denivan.
Nos planos para o futuro, o garoto
inclui a ajuda pedida à Telesp, que faria adesivos para a campanha. Segundo a
empresa, cerca de Cr$ 780 milhões são gastos mensalmente na recuperação de
quase 8 mil aparelhos depredados. Na Capital, os bairros onde há mais
depredações são a Casa Verde, a Freguesia do Ó, e a Cachoeirinha, na Zona
Norte. Os crimes contra o patrimônio público têm penas que variam entre seis
meses e três anos."
(In.: Mesquita e Martos, 1995: 58) Extraído
do jornal "O ESTADO DE SÃO PAULO", edição de 11 de dezembro.
Entendendo o texto:
01 – Dê as seguintes
informações sobre a principal personagem do texto:
·
Nome: Denivan Vargas
Araújo.
·
Idade: doze anos.
·
Local de residência: Jardim
Tremembé, Zona Norte, S. Paulo.
·
Escola onde estuda: Escola
Judith Guimarães dos Santos.
·
O que deseja ser: Engenheiro
Eletrônico.
02 – Copie somente as
alternativas corretas:
a)
Denivan, desde os seis anos, se
interessa por aparelhos telefônicos.
b)
Denivan nunca teve telefone em casa.
c)
Denivan teve telefone em casa, mas
o pai precisou vendê-lo.
d)
Denivan pediu ajuda ao pai para lutar contra
o vandalismo.
03 –O que é vandalismo em
relação aos orelhões?
É a destruição
dos aparelhos nas ruas e praças, onde estão desprotegidos.
04 – Que atitude o menino
Denivan tomou a fim de defender os orelhões?
Convidou alguns
amigos para fazer cartazes e esclarecer a população.
05 – Por que o menino
Denivan não falou nada a respeito de suas atividades aos colegas de escola?
Porque Denivan
tinha medo de represália por parte das gangues que destroem os telefones para
vender as peças que os compõem.
06 – De acordo com o texto,
quantos aparelhos são destruídos mensalmente?
São destruídos oito mil aparelhos.
07 – Na realidade, quem paga
o custo da depredação dos orelhões são: os depredadores, a Telesp ou o
usuários?
O custo é pago por todos aqueles que usam
telefone e pelos contribuintes.
08 – Qual é a pena para quem
depreda um orelhão?
A pena varia entre seis meses a três
anos.
09 – Os telefones públicos,
chamados orelhões, são aparelhos de grande utilidade para a população. Por que
eles são atacados, destruídos?
Resposta pessoal do aluno.
10 – Qual a sua opinião
sobre a atitude de Denivan? Você já fez algo parecido?
Resposta pessoal do aluno.
11 – Escreva o sentido da
palavra em destaque:
a)
Antes de fazer piada com o orelhão dele, veja o seu nariz.
Órgão do corpo humano.
b)
Não destrua o orelhão. Ele é útil para todos.
Aparelho telefônico de uso público.
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