RECEITAS DE PAZ
Joanna de Ângelis
Tendo em vista os grandes problemas que
comandam a cultura e a civilização hodierna, somos levados a concordar com os
estudiosos do comportamento e com os filósofos modernos que assinalam este como
o “século da angústia”.
Estatísticas bem elaboradas documentam
a existência de cem milhões de pessoas vitimadas pela depressão da amargura, na
atualidade, que marcham no rumo de alienações mais graves ou do suicídio
inditoso.
Outras enfermidades na área mental
assolam em índice terrível e assustador, o que preocupa mesmo os mais frios profissionais
da Medicina psiquiátrica como da Psicologia e da Psicanálise.
Somem-se a estes dados as doenças do
aparelho digestivo, as cardiopatias, o câncer, as infecções dermatológicas, as
alergias, os processos reumáticos e artríticos, os desgastes ósseos, os desvios
de coluna, e teremos inquietante incidência de desajustados e sofredores,
debatendo-se nas amarras da aflição constritora.
É verdade que a Medicina vem logrando,
cada dia, mais expressivos êxitos nos problemas da saúde, seja nas cirurgias de
alto porte ou nas microcirurgias, nos transplantes salvadores devidas ou nas
valiosas terapias medicamentosas de resultados abençoados.
No
entanto, a fome, o desemprego, as carências afetivas, a indiferença pela vida,
a revolta, os desequilíbrios do sexo, respondem por maior número de
desesperados, que clamam por ajuda que nem sempre lhes chega, ou que se recusam
a receber, quando a mesma lhes é oferecida...
São estes os “tempos chegados”, da
referência evangélica, convidando-nos a uma atitude dinâmica em favor dos
padecentes de todo porte.
A Doutrina Espírita, porém, dispõem dos recursos que
podem propiciar uma radical mudança para melhor, desta realidade que ora
enfrentamos.
Reunimos, neste livro, algumas páginas
inspiradas nos ensinamentos espíritas, que oferecemos ao leitor como receitas de
paz, para as múltiplas situações, seja na doença ou na saúde, diante dos
conflitos como das dificuldades...
Dedicamos este despretensioso trabalho
aos que ainda tateiam na escuridão, sem fé, aos que perderam a esperança, àqueles
que ignoram as bênçãos da reencarnação e ainda não se deram conta de que se
encontram incursos nos soberanos códigos da divina justiça e na sua
imortalidade, que lhes impõe a transformação moral, a fim de mais facilmente se
liberarem dos sofrimentos que os aturdem e desconcertam.
Esperando que estas mensagens consigam
alertar ou infundir coragem naqueles que buscam orientação para os momentos de
angústia de qualquer procedência, agradecemos ao Senhor da Vida, o Médico por
Excelência, rogando-Lhe abençoar-nos sempre com a Sua paz.
Joanna de Ângelis. Salvador,
21 de março de 1984.
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