Conto: O meu amigo pintor –
Fragmento
Lygia
Bojunga
[...]
O meu amigo mora, quer dizer morava no
apartamento aqui em cima. Eu ia lá jogar gamão com ele, a gente conversava, e
ele tinha um relógio de parede que batia hora e meia-hora também. O meu pai e a
minha mãe reclamavam "ô, mas que coisa enjoada essa bateção!" E a
minha irmã me perguntava " será que o teu amigo nunca vai se esquecer de
dar corda no relógio não?"
Mas cada um é de um jeito, não é? E eu
gostava demais de ouvir o relógio batendo. De noite ainda mais. [...]
Pra mim, ouvir o relógio batendo era
que nem ouvir o meu amigo andando. [...]
Lygia Bojunga. O meu amigo
pintor. 22. ed. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2004.
Entendendo o conto:
01 – Retire trechos do
fragmento que exemplifiquem a língua informal.
"Ô, mas que
coisa enjoada essa bateção!"; a expressão “a gente”; “se esquecer de dar
corda no relógio não?”; “ouvir o relógio batendo era que nem ouvir o meu amigo
andando.”
02 – Identifique o verbo do
primeiro período do trecho é classifique-os.
Mora/morava: verbo intransitivo.
03 – Quais são os
complementos verbais do verbo jogar? Classifique-os.
“Gamão”: objeto
direto; “com ele”: objeto indireto.
04 – Como é classificado o
verbo conversar nesse fragmento?
Verbo
intransitivo.
05 – Retire do trecho uma
oração que contenha um verbo transitivo direto e outro com um verbo transito
indireto.
“Ele tinha um relógio de parede que batia
hora e meia-hora também.” / “E eu gostava demais de ouvir o relógio batendo.”
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