quarta-feira, 1 de agosto de 2018

TEXTO: OS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA E O LAZER - PUBLICADO PELA APABB - COM GABARITO


Texto: Os Portadores de Deficiência e o Lazer
      
  Privadas de outros direitos fundamentais, as pessoas portadoras de deficiência quase não têm oportunidades de vivenciar o lazer, seja por falta de opções ou porque são impedidas de fazerem escolhas – até mesmo pela própria família.

        O professor Vinícius Saviolli, coordenador de lazer, recreação e esportes na APABB – Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade Associação dos Pais e Amigos do Banco do Brasil, em São Paulo, acha muito importante o lazer sem fins terapêuticos para pessoas portadoras de deficiência: “A vida de uma pessoa portadora de deficiência é toda ela um processo de reabilitação. Dessa forma, o lazer sem fins terapêuticos faz, inclusive, com que melhore o rendimento nas terapias realizadas durante a semana, além de melhorar a autoestima.”

        Conquistando afeto e inclusão

        Por meio de uma série de eventos de lazer, como tardes no clube, danceterias, passeios e festas, as famílias da APABB puderam perceber a importância dessas atividades para o desenvolvimento dos seus filhos, e a demanda cresceu, como conta Vinícius Saviolli. “As atividades de lazer, sobretudo os acampamentos, começaram a dar espaço para os portadores de deficiências se colocarem, terem iniciativas autônomas, tornando-o mais independentes. Partimos do pressuposto que esses jovens podem fazer tudo, dentro de uma proposta de lazer descompromissada com o desempenho ou metas, com o único objetivo de dar satisfação.”

        Projeto Carona

        Outra experiência com recreação para portadores de deficiência que está dando certo é o Projeto Carona, também em São Paulo. Inicialmente, o serviço oferecido era o transporte de pessoas com limitações físicas. Por solicitação de pais que tinham dificuldades de levar os filhos com deficiências para participar de programas culturais e de lazer, os organizadores começaram a desenvolver esse lado e, hoje, realizam passeios e acampamentos em grupo todos os finais de semana.
        As resistências iniciais, quase sempre por parte dos pais, são semelhantes às que acontecem na APABB, nas primeiras vezes que os filhos participam sozinhos do programas. “Eles descobrem coisas que podem fazer sem os pais, descobrem que podem divertir-se longe das famílias”, conta Roque Jose da Rocha Filho, responsável pela área de recreação do Projeto Carona. “A partir daí, a família percebe que a superproteção é desnecessária, que o filho tem capacidades que desconhecia.”
        Fazendo amigos
        “Quando a proposta é voltada para a satisfação do grupo, começam a se estabelecer relações de amizade, que é uma das dificuldades da vida desses adolescentes e jovens”, ressalta Vinícius. “Eles começam a sair juntos, telefonar-se, trocar informações, angústias e alegrias. Nos acampamentos as relações são intensas, o tempo todo quebrando a rotina rígida a que normalmente estão submetidos. No Projeto Carona também surgem amizades e namoros, como em qualquer turma de jovens. “Formamos grupos heterogêneos e eles se dão superbem. Os menos comprometidos acabam ajudando os outros, querem acompanhar os monitores, criando um clima saudável.” Roque destaca ainda o papel importante do papel desse trabalho na inclusão social. “Uma coisa é sabermos que os portadores de deficiência existem, outra, é vê-los num show, num teatro, passeando. Os empresários de lazer também já os descobriram como clientes em potencial que, quando bem atendidos, retornam. Às vezes, a sociedade não os inclui porque nem os vê, pois a própria família promove a exclusão.”
        O processo de inclusão social também é ressaltado por Vinícius. “O domínio de regras e comportamentos específicos necessários às propostas recreativas em geral estimula a autoconfiança para que a pessoa portadora de deficiência busque, espontaneamente, participar das atividades de lazer existentes na comunidade”, diz o coordenador. “Tornando-se útil e participativa, ela obtém de seu grupo social reconhecimento, respeito e afeto. Consequentemente, torna-se agente ativo no processo de inclusão social.”

                    Publicado pela APABB – Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade.

Entendendo o texto:
01 – Qual o título do texto?
      Os Portadores de Deficiência e o Lazer.

02 – Quais os direitos fundamentais, privados aos portadores de deficiências?
      Os deficientes quase não tem oportunidades de vivenciar o lazer, seja por falta de opções ou até mesmo pela própria família.

03 – Quem é o coordenador de lazer, recreação e esportes na APABB? E o que significa esta sigla?
      O Professor Vinícius Saviolli. APABB – Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de funcionários do Banco do Brasil.

04 – Qual a visão do professor Vinícius Saviolli, com relação aos deficientes?
      “A vida de uma pessoa portadora de deficiência é toda ela um processo de reabilitação. Dessa forma, o lazer sem fins terapêuticos faz, inclusive, com que melhore o rendimento nas terapias realizadas durante a semana, além de melhorar a autoestima.”

05 – Por meio de uma série de eventos de lazer, como; tardes no clube, danceterias, passeios e festas, qual é a visão do professor que vem conquistando afeto e inclusão?
      “As atividades de lazer, sobretudo os acampamentos, começaram a dar espaço para os portadores de deficiências se colocarem, terem iniciativas autônomas, tornando-o mais independentes. Partimos do pressuposto que esses jovens podem fazer tudo, dentro de uma proposta de lazer descompromissada com o desempenho ou metas, com o único objetivo de dar satisfação.”

06 – O que significa Projeto Carona?
      É o serviço oferecido para transportar as pessoas com limitações físicas.

07 – Quem é a pessoa responsável pela área de recreação do Projeto Carona?
      É Roque José da Rocha Filho.

08 – Qual é a visão da família, a partir da primeira vez que seus filhos participam sozinhos dos programas?
      “A partir daí, a família percebe que a superproteção é desnecessária, que o filho tem capacidades que desconhecia.”

09 – De acordo com o Projeto Carona, qual é a dificuldade dos adolescentes e jovens antes de conhecerem o projeto?
      Fazer amizade, sentir-se vivo, e sonhar com o futuro.

10 – No Projeto Carona, também surge amizades e namoro, como em qualquer turma de jovens, qual é o procedimento do projeto?
     “Formamos grupos heterogêneos e eles se dão superbem. Os menos comprometidos acabam ajudando os outros, querem acompanhar os monitores, criando um clima saudável.”

11 – De acordo com o Sr. Roque, qual é o papel importante desse trabalho na inclusão social?
      “Uma coisa é sabermos que os portadores de deficiência existem, outra, é vê-los num show, num teatro, passeando. Os empresários de lazer também já os descobriram como clientes em potencial que, quando bem atendidos, retornam. Às vezes, a sociedade não os inclui porque nem os vê, pois a própria família promove a exclusão.”

12 – O processo de inclusão social também é ressaltado por Vinícius, qual é o seu parecer?
     “O domínio de regras e comportamentos específicos necessários às propostas recreativas em geral estimula a autoconfiança para que a pessoa portadora de deficiência busque, espontaneamente, participar das atividades de lazer existentes na comunidade”.

13 – De que maneira, o Projeto Carona, se tornam mais úteis e reconhecida?
      “Tornando-se útil e participativa, ela obtém de seu grupo social reconhecimento, respeito e afeto. Consequentemente, torna-se agente ativo no processo de inclusão social.”

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