quarta-feira, 29 de agosto de 2018

CONTO: OS TRÊS PORQUINHOS - CHRISTIANE ANGELOTTI - COM GABARITO

Conto: Os Três Porquinhos

(Christiane Angelotti baseado na obra de Joseph Jacobs)

        Era uma vez, na época em que os animais falavam, três porquinhos que viviam felizes e despreocupados na casa da mãe.
A mãe era ótima, cozinhava, passava e fazia tudo pelos filhos. Porém, dois dos filhos não a ajudavam em nada e o terceiro sofria em ver sua mãe trabalhando sem parar.
        Certo dia, a mãe chamou os porquinhos e disse: 
        -- Queridos filhos, vocês já estão bem crescidos. Já é hora de terem mais responsabilidades para isso, é bom morarem sozinhos. 
        A mãe então preparou um lanche reforçado para seus filhos e dividiu entre os três suas economias para que pudessem comprar material e construírem uma casa.
        Estava um bonito dia, ensolarado e brilhante. A mãe porca despediu-se dos seus filhos: 
        -- Cuidem-se! Sejam sempre unidos! - desejou a mãe.

        Os três porquinhos, então, partiram pela floresta em busca de um bom lugar para construírem a casa. Porém, no caminho começaram a discordar com relação ao material que usariam para construir o novo lar. 
        Cada porquinho queria usar um material diferente. 
        O primeiro porquinho, um dos preguiçosos foi logo dizendo: 
        -- Não quero ter muito trabalho! Dá para construir uma boa casa com um monte de palha e ainda sobra dinheiro para comprar outras coisas. 
        O porquinho mais sábio advertiu:
        -- Uma casa de palha não é nada segura. 
        O outro porquinho preguiçoso, o irmão do meio, também deu seu palpite: 
        -- Prefiro uma casa de madeira, é mais resistente e muito prática. Quero ter muito tempo para descansar e brincar.
        -- Uma casa toda de madeira também não é segura – comentou o mais velho – Como você vai se proteger do frio? E se um lobo aparecer, como vai se proteger? 
        -- Eu nunca vi um lobo por essas bandas e, se fizer frio, acendo uma fogueira para me aquecer! – respondeu o irmão do meio – E você, o que pretende fazer, vai brincar conosco depois da construção da casa? 
        Já que cada um vai fazer uma casa, eu farei uma casa de tijolos, que é resistente. Só quando acabar é que poderei brincar. – Respondeu o mais velho. 
        O porquinho mais velho, o trabalhador, pensava na segurança e no conforto do novo lar. 
        Os irmãos mais novos preocupavam-se em não gastar tempo trabalhando. 
        -- Não vamos enfrentar nenhum perigo para ter a necessidade de construir uma casa resistente. – Disse um dos preguiçosos.
        Cada porquinho escolheu um canto da floresta para construir as respectivas casas. Contudo, as casas seriam próximas.
        O Porquinho da casa de palha, comprou a palha e em poucos minutos construiu sua morada. Já estava descansando quando o irmão do meio, que havia construído a casa de madeira chegou chamando-o para ir ver a sua casa. 
        Ainda era manhã quando os dois porquinhos se dirigiram para a casa do porquinho mais velho, que construía com tijolos sua morada. 
        Nossa! Você ainda não acabou! Não está nem na metade! Nós agora vamos almoçar e depois brincar. – disse irônico, o porquinho do meio. 
        O porquinho mais velho porém não ligou para os comentários, nem para as risadinhas, continuou a trabalhar, preparava o cimento e montava as paredes de tijolos. Após três dias de trabalho intenso, a casa de tijolos estava pronta, e era linda! 
        Os dias foram passando, até que um lobo percebeu que havia porquinhos morando naquela parte da floresta. O Lobo sentiu sua barriga roncar de fome, só pensava em comer os porquinhos. 
        Foi então bater na porta do porquinho mais novo, o da casa de palha. O porquinho antes de abrir a porta olhou pela janela e avistando o lobo começou a tremer de medo. 
        O Lobo bateu mais uma vez, o porquinho então, resolveu tentar intimidar o lobo: 
        -- Vá embora! Só abrirei a porta para o meu pai, o grande leão! – mentiu o porquinho cheio de medo. 
        -- Leão é? Não sabia que leão era pai de porquinho. Abra já essa porta. – Disse o lobo com um grito assustador. 
        O porquinho continuou quieto, tremendo de medo. 
        -- Se você não abrir por bem, abrirei à força. Eu vou soprar, vou soprar muito forte e sua casa irá voar. 
        O porquinho ficou desesperado, mas continuou resistindo. Até que o lobo soprou uma vez e nada aconteceu, soprou novamente e da palha da casinha nada restou, a casa voou pelos ares. O porquinho desesperado correu em direção à casinha de madeira do seu irmão. 
        O lobo correu atrás. 
        Chagando lá, o irmão do meio estava sentado na varanda da casinha. 
        Corre, corre entra dentro da casa! O lobo vem vindo! – gritou desesperado, correndo o porquinho mais novo.
        Os dois porquinhos entraram bem a tempo na casa, o lobo chegou logo atrás batendo com força na porta. 
        Os porquinhos tremiam de medo. O lobo então bateu na porta dizendo:
        -- Porquinhos, deixem eu entrar só um pouquinho! -- De forma alguma Seu Lobo, vá embora e nos deixe em paz. – disseram os porquinhos. 
        -- Então eu vou soprar e soprar e farei a casinha voar. O lobo então furioso e esfomeado, encheu o peito de ar e soprou forte a casinha de madeira que não aguentou e caiu. 
        Os porquinhos aproveitaram a falta de fôlego do lobo e correram para a casinha do irmão mais velho. 
        Chegando lá pediram ajuda ao mesmo. 
        -- Entrem, deixem esse lobo comigo! – disse confiante o porquinho mais velho. 
        Logo o lobo chegou e tornou a atormentá-los: 
        -- Porquinhos, porquinhos, deixem-me entrar, é só um pouquinho! 
        -- Pode esperar sentado seu lobo mentiroso. – respondeu o porquinho mais velho. 
        -- Já que é assim, preparem-se para correr. Essa casa em poucos minutos irá voar! O lobo encheu seus pulmões de ar e soprou a casinha de tijolos que nada sofreu. 
        Soprou novamente mais forte e nada.
        Resolveu então se jogar contra a casa na tentativa de derrubá-la.
        Mas nada abalava a sólida casa. 
        O lobo resolveu então voltar para a sua toca e descansar até o dia seguinte. 
        Os porquinhos assistiram a tudo pela janela do andar superior da casa. Os dois mais novos comemoraram quando perceberam que o lobo foi embora. 
        -- Calma, não comemorem ainda! Esse lobo é muito esperto, ele não desistirá antes de aprende ruma lição. – Advertiu o porquinho mais velho. 
        No dia seguinte bem cedo o lobo estava de volta à casa de tijolos.
        Disfarçado de vendedor de frutas. 
        -- Quem quer comprar frutas fresquinhas? – gritava o lobo se aproximando da casa de tijolos. 
        Os dois porquinhos mais novos ficaram com muita vontade de comer maçãs e iam abrir a porta quando o irmão mais velho entrou na frente deles e disse: - __ Nunca passou ninguém vendendo nada por aqui antes, não é suspeito que na manhã seguinte do aparecimento do lobo, surja um vendedor? 
        Os irmãos acreditaram que era realmente um vendedor, mas resolveram esperar mais um pouco. 
        O lobo disfarçado bateu novamente na porta e perguntou: 
        -- Frutas fresquinhas, quem vai querer? 
        Os porquinhos responderam: 
        -- Não, obrigado. 
        O lobo insistiu: 
        Tome peguem três sem pagar nada, é um presente. 
        -- Muito obrigado, mas não queremos, temos muitas frutas aqui. 
        O lobo furioso se revelou: 
        -- Abram logo, poupo um de vocês! 
        Os porquinhos nada responderam e ficaram aliviados por não terem caído na mentira do falso vendedor. 
        De repente ouviram um barulho no teto. O lobo havia encostado uma escada e estava subindo no telhado. 
        Imediatamente o porquinho mais velho aumentou o fogo da lareira, na qual cozinhavam uma sopa de legumes. 
        O lobo se jogou dentro da chaminé, na intenção de surpreender os porquinho entrando pela lareira. Foi quando ele caiu bem dentro do caldeirão de sopa fervendo. 
        -- AUUUUUUU! – Uivou o lobo de dor, saiu correndo em disparada em direção à porta e nunca mais foi visto por aquelas terras. 
        Os três porquinhos, pois, decidiram morar juntos daquele dia em diante. Os mais novos concordaram que precisavam trabalhar além de descansar e brincar. 
        Pouco tempo depois, a mãe dos porquinhos não aguentando as saudades, foi morar com os filhos.
        Todos viveram felizes e em harmonia na linda casinha de tijolos.

Entendendo o conto:

01 – Quem disse a frase: “Cuidem-se! Sejam sempre unidos!”, por quê?
      A mãe. Porque ela disse que eles já estavam bem crescidos e tinham que ter responsabilidades, e passar a morar sozinhos.

       02 – Quais foram os materiais usados pelos porquinhos?
           Usaram palhas, madeira e tijolos.

     03 – Por que o porquinho mais velho construiu a casa de tijolos?
           Porque ele pensava na segurança e no conforto do novo lar.

     04 – Os porquinhos construíram as casas todas juntas?
           Não. Cada porquinhos escolheu um canto da floresta para construir as respectivas casas. Contudo, as casas seriam próximas.

     05 – Na casa de qual, o lobo chegou primeiro? O que aconteceu?
           Ele chegou primeiro na casa do mais novo, o lobo assoprou e derrubou a casa de palha.

     06 – Onde o irmão mais novo foi para? E o que aconteceu?
           Foi parar na casa do irmão do meio, como era de madeira o lobo conseguiu derrubar com o sopro.

     07 – O que o porquinho mais velho fez para ficar livre do lobo?
           Como o lobo não conseguiu derrubar com o sopro, ele tentou entrar pela chaminé. E o porquinho aumentou o fogo da lareira e o lobo caiu dentro do caldeirão fervendo. Fugiu em disparada.

     08 – Ao ler a história “os três porquinhos”, você deve ter percebido que ela começa e termina como outras histórias que você já conhece.
a)   Como ela começa:
Era uma vez.

b)   Como ela termina:
Todos viveram felizes.

c)   Que tipo de história começa e termina desse jeito:
Os contos infantis.

09 – Qual o título da história:
      Os três porquinhos.

10 – Quais os personagens da história?
      A mãe, os três porquinhos e o lobo.

11 – Sobre o que esta história fala?
      Fala da vida de três porquinhos, que foram viver sozinho.

12 – Os três porquinhos após construírem suas casas passaram por qual dificuldade?
      Tiveram que enfrentar um lobo faminto.

13 – Como você agiria se estivesse no lugar do porquinho caçula?
      Resposta pessoal do aluno.

14 – Por que o lobo não conseguiu derrubar a casa do porquinho mais velho?
      Porque ele construiu uma casa de tijolos.

15 – Como você imagina que foi a vida dos porquinhos depois que se livraram do lobo mau, o que eles faziam, como se divertiam, etc.
      Resposta pessoal do aluno.

16 – Separe as silabas:
Palavras              Separação silábica          Número de sílabas
Porquinhos:         por-qui-nhos                       Trissílabos.         
Trabalhador:        tra-ba-lha-dor                     Polissílabo.
Lobo:                    lo-bo                                   Dissílabo. 
Tijolos:                 ti-jo-los                                Trissílabo. 
Fôlego:                fô-le-go                                Trissílabo. 
Derrubar:             der-ru-bar                            Trissílabo.



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