Poema: Solidão
Cecília Meireles
Imensas noites de inverno,
com frias montanhas mudas,
e o mar negro, mais eterno,
mais terrível, mais profundo.
Este rugido das águas
é uma tristeza sem forma:
sobe rochas, desde fráguas,
vem para o mundo e retorna...
E a névoa desmancha os astros,
e o vento gira as areias:
nem pelo chão ficam rastros
nem, pelo silêncio, estrelas.
Cecília Meireles.
Entendendo o poema:
01 – Como o eu lírico retrata a própria solidão?
Retrata como imensas noites de inverno
com frias montanhas mudas, e o mar negro, mais eterno, mais terrível, mais
profundo.
02 – Nos versos: “...mais
eterno, mais terrível, mais profundo.”, o eu poético repete o “mais” para
enfatizar e tornar mais expressiva a mensagem. Que figura de linguagem é esta?
Anáfora.
03 – Transcreva o verso da
segunda estrofe que tem uma conjunção aditiva.
“... vem para o mundo e retorna...”
04 – Nos versos da 2ª
estrofe há a ausência de conjunções. Que figura sintática é esta?
Assíndeto.
05 – Como as pessoas
percebem que estão sofrendo de solidão?
Basta que em
redor delas se arme o silêncio, que não se manifeste aos seus olhos nenhuma
presença humana, para que delas se apodere imensa angústia: como se o peso do
céu desabasse sobre sua cabeça, como se dos horizontes se levantasse o anúncio
do fim do mundo.
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