segunda-feira, 20 de agosto de 2018

POEMA: O GUARDADOR DE REBANHOS - ALBERTO CAEIRO - COM GABARITO

Poema: O GUARDADOR DE REBANHOS
                    
                                     Alberto Caeiro

"Olá, guardador de rebanhos.
Aí à beira da estrada.
Que te diz o vento que passa?"
"Que é vento, e que passa.
E que já passou antes.
E que passará depois.
E a ti o que te diz?"
"Muita cousa mais do que isso.
Fala-me de muitas outras cousas.

De memórias e de saudades
E de cousas que nunca foram."
"Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira.
E a mentira está em ti."

Entendendo o poema:        
01 – Alberto Caeiro era um dos heterônimos criado por Fernando Pessoa. De acordo com seu criador, Caeiro é o poeta da natureza e o mestre dos demais heterônimos. Qual elemento relacionado a natureza faz parte do poema?
      O vento.

02 – O poema tem a estrutura de um diálogo. Quem são os interlocutores desse diálogo?
      O Guardador de Rebanhos e alguém com quem ele se cruza no caminho.

03 – Que estrofes correspondem à fala de cada interlocutor?
      A primeira e a terceira estrofes correspondem a pessoa que encontra com o guardador de rebanhos e a segunda e a quarta estrofe correspondem ao Guardador de Rebanhos.

04 – De acordo com a leitura do poema, qual dos dois interlocutores se relaciona com o mundo concreto e não vê nada além do que aquilo que realmente se mostra?
      O Guardador de Rebanhos.

05 – Caeiro é o poeta das coisas reais, que são o que são e como são. Que verso do poema comprova essa afirmação?
     “O vento só fala do vento”.

06. De acordo com o conteúdo do poema, assinale V para verdadeiro e F para falso.
a. (V) Para o Guardador de Rebanhos a relação com a realidade (simbolizada pelo vento) passa por sentir apenas a realidade.
b. (F) Os pontos de vistas dos dois interlocutores são semelhantes.
c. (V) Para o interlocutor do Guardador de Rebanhos, a realidade (vento) é muito mais do que aquilo que se sente.
d. (F) Para o Guardador de Rebanhos, a realidade (vento) é porta aberta para a memória e a saudade.
e. (V) Para o Guardador de Rebanhos só existe a verdade do momento.

"Apenas um raio de sol é suficiente para afastar várias sombras" São Francisco de Assis

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