MÚSICA: MESTIÇAGEM
Uma negra
com um branco
Vi
casar na camarinha,
Um
branco com uma índia
Vi casar
lá na matinha,
Um
negro com uma índia
Vi
casar na capelinha.
Um
negro com uma negra
Vi
casar atrás do muro,
Um
branco com uma branca
Vi
casar lá no escuro,
Um
índio com uma índia
Casaram
em Porto Seguro.
Eu vi
nascer um mulato
Do
casal da camarinha,
Vi
nascer um mameluco
Do
casal lá da matinha,
Eu vi
nascer um cafuzo
Do
casal da capelinha.
Eu vi
nascer um crioulo
Do
casal de atrás do muro,
Eu vi
nascer um mazombo
Do
casal lá do escuro,
Eu vi
nascer outro índio
Do
casal Porto Seguro.
Uma
mulata moleca
Vi
casar com um Japonês,
Uma catita cafuza
Com um
sírio-libanês,
Crioulo
com alemão
Vejo
casar todo mês.
Me
casei com uma mestiça
Eu
mestiço por inteiro,
Tivemos
muitos mestiços
Cada
vez mais verdadeiros,
Cada
vez mais misturados,
Cada
vez mais brasileiros.
Composição de Wilson Freire
e Antônio Nóbrega.
In: Antônio Nóbrega.
O marco do meio-dia.
Trama,
2000.
1 –
Você sabe o que são mulatos, mamelucos e cafuzos?
São nomes dados aos filhos nascidos da mistura de branco com negro (mulato),
branco dom índio (mameluco) e negro com índio (cafuzo).
2 –
Você conhece a palavra mestiçagem? O que ela significa?
A palavra significa mistura.
3 – Por
que você acha que a música tem esse nome?
A música tem esse nome porque fala da mistura de etnias do povo brasileiro.
4 –
Releia o trecho a seguir:
“Me casei com uma mestiça
Eu mestiço por inteiro,
Tivemos muitos mestiços
Cada vez mais verdadeiros,
Cada vez mais misturados,
Cada vez mais brasileiros.”
Agora
responda: o que o autor quis dizer sobre o povo brasileiro?
Que os brasileiros são um povo formado por misturas; são mestiços, portanto, quanto
mais misturados, mais verdadeiros, mais brasileiros.
5 –
Além de mudanças biológicas (aparência, tipo físico) o que mais pode surgir da
mistura e convivência de povos com costumes, línguas e crenças tão diferentes?
Resposta pessoal do aluno. Mas, podem surgir novos hábitos e costumes, novas
culturas.
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