POR
ONDE ANDARÁ SEVERINO?
A última ariranha-azul em liberdade no
mundo mora no Brasil, mas está desaparecida há dois meses. Se não for
encontrada, a espécie corre o risco de extinção.
Apelidada de Severino, a ave habita a
região de Curuçá, no sertão da Bahia. Segundo a coordenação de comitê de
Recuperação da Ariranha-Azul, uma equipe de estudiosos e moradores já está à
procura de Severino.
Há suspeitas de que ele tenha sido atacado por gaviões.
A ariranha-azul é a menor arara
brasileira que existe, mede menos de 30 centímetros e pesa cerca de 400 gramas.
Hoje há cerca de 40 espécies em cativeiro no mundo todo (no Brasil são sete).
Seu pequeno tamanho e a beleza da cor azul infelizmente atraem os traficantes de
animais, que caçam e vendem as ararinhas como animais domésticos.
O Estado de S. Paulo,
9/12/2000. Estadinho.
3- A finalidade deste texto é
(A) divulgar a beleza das aves de nosso país.
(B) informar que gaviões são animais predadores.
(C) comunicar o desaparecimento da ariranha
azul.
(D) convidar as pessoas a visitarem a região de Curuçá,
no sertão da Bahia.
O
CONTO DA MENTIRA
Rogério
Augusto
Todo dia Felipe inventava uma mentira.
“Mãe, a vovó tá no telefone!”. A mãe largava a louça na pia e corria até a
sala. Encontrava o telefone mudo.
O garoto havia inventado morte do
cachorro, nota dez em matemática, gol de cabeça em campeonato de rua. A mãe
tentava assustá-lo: “Seu nariz vai ficar igual ao do Pinóquio!”. Felipe ria na
cara dela: “Quem tá mentindo é você! Não existe ninguém de madeira!”.
O pai de Felipe também conversava com
ele: “Um dia você contará uma verdade e ninguém acreditará!”. Felipe ficava
pensativo. Mas no dia seguinte...
Então aconteceu o que seu pai alertara.
Felipe assistia a um programa na TV. A apresentadora ligou para o número do
telefone da casa dele. Felipe tinha sido sorteado. O prêmio era uma bicicleta:
“É verdade, mãe! A moça quer falar com você no telefone pra combinar a entrega
da bicicleta. É verdade!”
A mãe de Felipe fingiu não ouvir.
Continuou preparando o jantar em silêncio. Resultado: Felipe deixou de ganhar o
prêmio. Então ele começou a reduzir suas mentiras. Até que um dia deixou de
contá-las. Bem, Felipe cresceu e tornou-se um escritor. Voltou a criar
histórias. Agora sem culpa e sem medo. No momento está escrevendo um conto. É a
história de um menino que deixa de ganhar uma bicicleta porque mentia...
4- Felipe começou a reduzir suas mentiras porque
(A) começou a escrever um
conto.
(B) deixou de ganhar uma bicicleta.
(C) inventou ter sido sorteado por um programa de
TV.
(D) seu pai alertou sobre as consequências da mentira.
5- No trecho “A mãe tentava assustá-lo.”, o termo
destacado substitui
(A) pai de Felipe.
(B) Pinóquio.
(C) cachorro.
(D) Felipe.
6- No desfecho do conto, ficamos sabendo que Felipe
(A) continua contando mentira para seus
pais.
(B) decide ler todos os livros sobre o Pinóquio.
(C) torna-se um escritor e volta a criar
histórias.
(D) escreve um livro de normas para o campeonato de rua.
Olá,
mãe!
Mãe, eu queria te dizer ...
(Não te chamando de mamãe
como no tempo em que a vida era você,
Mas te chamando de mãe
Deste meu outro tempo de
silêncio e solidão.)
Mãe, eu queria te dizer
(Sem cara de quem pede
desculpa pelo que não fez ou pensa que fez)
Que amar virou uma coisa
difícil
E muitas vezes o que parece
ingratidão,
Ou até indiferença,
É apenas a semente do amor
Que brotou de um jeito
diferente
E amadureceu diferente
No atrapalhado coração da
gente.
Acho que era isso, mãe,
O que eu queria te dizer.
(Carlos Queiroz
Telles. Sonhos, grilos e paixões. São Paulo: Moderna, 1995.)
7- O eu poético deseja, por
meio deste texto,
(A) demonstrar seu
sentimento de amor.
(B) reviver um tempo de
silêncio e solidão.
(C) revelar que está
insatisfeito com as atitudes da mãe.
(D) agradecer à mãe pelo
tempo em que a vida era mais simples.
8- O eu poético escreve uma
mensagem à mãe por meio de
(A) um conto.
(B) um
poema.
(C) uma crônica.
(D) uma propaganda.
9- O verso que comprova para
quem o texto foi escrito é
(A) “acho que era
isso,
mãe...”
(B) “que amar virou uma
coisa difícil”.
(C) “no atrapalhado coração
da gente”
(D) “deste meu outro tempo
de silêncio e solidão”
10- Na primeira estrofe do
poema, o eu poético utiliza-se dos parênteses para
(A) pedir desculpa pelo que
pensa que fez.
(B) contar que a semente do
amor brotou de um jeito diferente.
(C) explicar o
porquê do uso da palavra “mãe” ao invés de “mamãe”.
(D) opinar sobre o
sentimento de ingratidão ou indiferença demonstrado.
Irapuru – o canto que encanta
Certo jovem, não muito belo, era
admirado e desejado por todas as moças de sua tribo por tocar flauta
maravilhosamente bem. Deram-lhe, então, o nome de Catuboré, flauta encantada.
Entre as moças, a bela Mainá conseguiu o seu amor; casar-se-iam durante a
primavera.
Certo dia, já próximo do grande dia,
Catuboré foi à pesca e de lá não mais voltou.
Saindo a tribo inteira à sua procura,
encontraram-no sem vida, à sombra de uma árvore, mordido por uma cobra
venenosa. Sepultaram-no no próprio local.
Mainá, desconsolada, passava várias
horas a chorar sua grande perda. A alma de Catuboré, sentindo o sofrimento de
sua noiva, lamentava-se profundamente pelo seu infortúnio. Não podendo
encontrar paz, pediu ajuda ao Deus Tupã. Este, então, transformou a alma do
jovem no pássaro irapuru, que, mesmo com escassa beleza, possui um canto
maravilhoso, semelhante ao som da flauta, para alegrar a alma de Mainá.
O cantar do irapuru ainda hoje contagia
com seu amor os outros pássaros e todos os seres da natureza.
(Waldemar de Andrade
e Silva. Lenda e mitos dos índios brasileiros. São Paulo: FTD, 1997.)
11- Catuboré foi à pesca e
de lá não mais voltou porquê?
(A) apaixonou-se por uma
índia de outra tribo.
(B) encontrou uma flauta
encantada.
(C) dormiu à sombra de uma
árvore.
(D) foi mordido
por uma cobra.
12- No trecho “Deram-lhe,
então, o nome de Catuboré, flauta encantada.” Do primeiro parágrafo do texto
“Irapuru – o canto que encanta”, o termo destacado se refere
(A) ao grande
dia.
(B) ao certo
jovem.
(C) à bela
Mainá.
(D) a sua tribo.
13- Para conceder a paz a
Catuboré, o Deus Tupã
(A) transformou a
alma do jovem no pássaro irapuru.
(B) desapareceu com todas as
cobras venenosas.
(C) criou a primavera para
celebrar o casamento.
(D) convocou toda a tribo
para tocar flauta.
A
lebre e a tartaruga
Era uma vez... uma lebre e uma
tartaruga.
A lebre vivia caçoando da lentidão da
tartaruga.
Certa vez, a tartaruga, já muito
cansada por ser alvo de gozações, desafiou a lebre para uma corrida.
A lebre, muito segura de si, aceitou
prontamente. Não perdendo tempo, a tartaruga pôs-se a caminhar, com seus
passinhos lentos, porém firmes.
Logo a lebre ultrapassou a adversária
e, vendo que ganharia fácil, parou e resolveu cochilar.
Quando acordou, não viu a tartaruga e
começou a correr.
Já
na reta final, viu finalmente a sua adversária cruzando a linha de chegada,
toda sorridente.
Moral
da história: Devagar se vai ao longe!
http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=29
14- O episódio da narrativa
que contribui para a vitória da tartaruga é:
(A) a decisão da
lebre de parar e
cochilar.
(B) o desafio de realizar
uma corrida com a lebre.
(C) o desafio de correr para
garantir a vantagem.
(D) a decisão firme de
caminhar com passos lentos.
15- O trecho que expressa
uma opinião a respeito de um dos personagens é:
(A) “Logo a lebre
ultrapassou a adversária...”
(B) “Era uma vez... uma
lebre e uma tartaruga.”
(C) “A lebre,
muito segura de si, aceitou prontamente.”
(D) “Quando acordou, não viu
a tartaruga e começou a correr.
16- A finalidade deste texto
é ensinar ao leitor que:
(A) o sono renova as
energias do corpo.
(B) a caçoada do adversário
garante a vitória.
(C) o êxito
depende de dedicação e persistência.
(D) o esporte é necessário
para manutenção da saúde.
17- As características do
texto “A lebre e a tartaruga”, tais como – o tipo de personagens: e a presença
de moral –, exemplificam o texto conhecido como:
(A)
receita.
(B)
fábula.
(C) campanha
publicitária.
(D) história em quadrinhos.
Adorei os conteúdos, estão me ajudando bastante...
ResponderExcluirmt obgd
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