segunda-feira, 3 de setembro de 2018

MENSAGENS ESPÍRITAS PARA REFLEXÃO - PANTEÍSMO - LIVRO DOS ESPÍRITOS


Ansiedades

        “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” – (1ª Epístola de Pedro, 5:7.)

        As ansiedades armam muitos crimes e jamais edificam algo de útil na Terra.
        Invariavelmente, o homem precipitado conta com todas as probabilidades contra si.
        Opondo-se às inquietações angustiosas, falam as lições de paciência da Natureza, em todos os setores do caminho humano.
       Se o homem nascesse para andar ansioso, seria dizer que veio ao mundo, não na categoria de trabalhador em tarefa santificante, mas por desesperado sem remissão.
        Se a criatura refletisse mais sensatamente reconheceria o conteúdo de serviço que os momentos de cada dia lhe podem oferecer e saberia vigiar, com acentuado valor, os patrimônios próprios.
        Indubitável que as paisagens se modificarão incessantemente, compelindo-nos a enfrentar surpresas desagradáveis, decorrentes de nossa atitude inadequada, na alegria ou na dor; contudo, representa impositivo da lei a nossa obrigação de prosseguir diariamente, na direção do bem.
        A ansiedade tentará violentar corações generosos, porque as estradas terrenas desdobram muitos ângulos obscuros e problemas de solução difícil; entretanto, não nos esqueçamos da receita de Pedro.
        Lança as inquietudes sobre as tuas esperanças em Nosso Pai Celestial, porque o Divino Amor cogita do bem-estar de todos nós.
        Justo é desejar, firmemente, a vitória da luz, buscar a paz com perseverança, disciplinar-se para a união com os planos superiores, insistir por sintonizar-se com as esferas mais altas. Não olvides, porém, que a ansiedade precede sempre a ação de cair.

PANTEÍSMO – LIVRO DOS ESPÍRITOS - ALLAN KARDEC – Tradução Matheus R. Camargo

PERGUNTAS E RESPOSTAS

14 – Deus é um ser distinto, ou seria, segundo a opinião de alguns, a resultante de todas as forças e de todas as inteligências do Universo reunidas?
      Se assim fosse, Deus não existiria, pois seria o efeito e não a causa; Ele não pode ser ao mesmo tempo um e outro.
      Deus existe, não podeis duvidar, e isso é o essencial. Crede em mim, e não vades além. Não vos percais num labirinto de onde não podereis sair. Isso não vos tornaria melhores, mas um pouco mais orgulhosos, talvez, já que julgaríeis saber, quando na realidade nada saberíeis. Então, deixai de lado todos esses sistemas; vós já tendes muitas coisas que vos tocam mais diretamente, a começar por vós mesmos. Estudai vossas próprias imperfeições para vos livrardes delas; isto será mais útil do que querer penetrar no que é impenetrável.

15 – O que pensar da opinião segundo a qual todos os corpos da Natureza, todos os seres e todos os planetas do Universo seriam partes da Divindade e constituiriam, em seu conjunto, a própria Divindade; ou seja, da doutrina panteísta?
      Uma vez que o homem não pode fazer-se Deus, quer ao menos ser uma parte de Deus.

16 – Aqueles que professam essa doutrina pretendem encontrar nela a demonstração de alguns dos atributos de Deus. Já que os mundos são infinitos, Deus é, por essa mesma razão, infinito; por não haver em parte alguma o vazio e o nada, Deus está em toda parte; já que Deus está em todo lugar, pois é parte integrante de tudo, Ele dá a todos os fenômenos da Natureza uma razão de ser inteligente. O que se pode opor a esse raciocínio?
      A razão. Refleti atentamente e não vos será difícil reconhecer o absurdo disso.
      Essa doutrina faz de Deus um ser material que, embora dotado de uma inteligência suprema, seria em grandes proporções aquilo que nós somos em pequenas proporções. Ora, já que a matéria se transforma sem cessar, Deus, nesse caso, não teria nenhuma estabilidade. Estaria sujeito a todas as vicissitudes e mesmo a todas as necessidades da humanidade. Faltar-lhe-ia um dos atributos essenciais da Divindade: a imutabilidade. As propriedades da matéria não podem se aliar à ideia de Deus em rebaixá-lo, em nosso pensamento, e todas as sutilezas do sofisma não conseguirão resolver o problema de sua natureza íntima. Não sabemos tudo o que Deus é, mas sabemos o que Ele não pode deixar de ser. O sistema panteísta está em contradição com suas propriedades mais essenciais, por confundir o criador com a criatura, precisamente como se quiséssemos que uma máquina engenhosa fosse parte integrante do mecânico que a concebeu.
      A inteligência de Deus se revela em Suas obras como a de um pintor em seu quadro; mas as obras de Deus não são o próprio Deus, assim como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou.




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