POEMA: ECOLÓGICO
Onde o canto e encanto das cascatas?
Vejo o desencanto de um líquido parecido com água
Que deságua sua mágoa no túmulo da erosão.
O passarinho cantou, cantou, respirou o ar grosso
E tonteou, piou, rodopiou
E alçou desnorteado voo para qualquer lugar.
A criança comeu a fruta envenenada desvitaminada
E não aconteceu nada porque estava adaptada
A bromato e DDT.
Iludiu a fome, não se envenenou nem se nutriu
E o velho sonhou saudoso com a alface fresquinha
Pingando orvalho puro no arrebol de outras manhãs.
O trator de esteira arrancou o fruto pela raiz
E a infeliz floresta parou a festa
E ouviu a sinistra orquestra do lamento do vento
Trazendo areia e plantando a paisagem cinzenta do
deserto.
A máquina plagiou a árvore e fez frutos, frutos, frutos
sem fim
E os vegetais sentiram-se bruscamente inúteis
Pois as engrenagens multiplicaram as comidas
Que iam alimentar máquinas ainda vivas por uns tempos.
O robô se misturou com o homem e roncou que estava com
fome
E que também tem direitos, também tem direitos...
Pois trabalha direito
Serviço bem feito
Na produção, perfeito.
E repetia: quem mais trabalha, mais come, quem mais
trabalha, mais come.
E seu irmão – o computador –
Programa o drama do consumidor comunicador.
O petróleo vale tanto quanto o sangue se não mais.
A fumaça soberana ainda deixa cair uns restos de
oxigênio.
E, na transparência do plástico, configura-se um
futuro sem brio sombrio.
A palavra NATUREZA pode voltar a ser sagrada
Quando já não houver mais Nasa
O robô voltar a ser brinquedo.
Sempre resta a ESPERANÇA
De o homem redescobrir este velho segredo:
Que a NATUREZA é ele e ele é a NATUREZA.
Antônio de
Siqueira e Silva
Entendendo o poema:
01 – A partir da definição a
seguir, identifique as aliterações na primeira, segunda e quarta estrofes.
Aliteração é uma sequência de sons
(fonemas) para efeito expressivo.
02 – Explique as frases e
expressões, de acordo com o sentido geral do texto (o contexto):
a)
O trator arrancou o fruto pela raiz:
Desmatou.
b)
A máquina plagiou a árvore e fez frutos.
Alimentos industrializados, sintéticos.
c)
O que significa a repetição: frutos, frutos,
frutos sem fim?
A produção industrial em massa, quantidade.
d)
Que relacionamento podemos fazer, hoje em
dia, entre petróleo e sangue?
Resposta pessoal do aluno.
e)
A Natureza é ele e ele é a NATUREZA.
Harmonia, identificação, ele não sobrevive sem ela.
f)
Por que as letras maiúsculas em NATUREZA E
ESPERANÇA?
Realce, valorização, a natureza tem importância maiúscula, capital.
A nossa esperança está na recuperação e preservação da natureza.
03 – Escreva no diminutivo:
O robô: o robozinho. Manhã: manhãzinha.
a)
O que você notou na escrita das palavras
quanto ao acento?
Resposta pessoal do aluno.
b)
Que sufixo você usou para formar os
diminutivos?
Resposta pessoal do aluno.
c)
As palavras acentuadas perdem o acento quando
recebem o sufixo –zinho.
Resposta pessoal do aluno.
04 – Mediante o sufixo –zinho forme os diminutivos:
·
Pó: pozinho.
·
Chá: chazinho.
·
Só: sozinho.
·
Boné: bonezinho.
·
Nó: nozinho.
·
Paletó: paletozinho.
·
Café: cafezinho.
05 – Observe o modelo e
escreva as palavras no plural:
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em L ou Eis.
- Inútil: inúteis. – Inábil: inábeis.
- Ágil: ágeis. – útil: úteis.
- Amável: amáveis. – réptil: répteis.
- Têxtil: têxteis.
– Visível: visíveis.
- Fusível: fusíveis. – Volúvel: volúveis.
- Hábil: hábeis. – Vulnerável: vulneráveis.
06 – Transcreva do texto
inicial desta lição todas as palavras proparoxítonas:
Ecológico,
líquido, túmulo, máquina, plástico.
07 – Escreva no singular,
observando a acentuação:
·
Nós voamos: eu
voo.
·
Nós doamos: eu
doo.
·
Nós amaldiçoamos: eu
amaldiçoo.
·
Nós abotoamos: eu
abotoo.
·
Nós perdoamos: eu
perdoo.
·
Nós magoamos: eu
magoo.
·
Nós coamos: eu
coo.
·
Nós soamos: eu
soo.
·
Nós enjoamos: eu
enjoo.
08 – Transcreva do texto
palavras em que o S tenha o som de Z:
Desencanto,
deságua, erosão, paisagem, saudoso, deserto.
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