sexta-feira, 28 de setembro de 2018

TEXTO: QUEM SÃO ELES? BEATRIZ TEIXEIRA DE SALLES - COM GABARITO

Texto: QUEM SÃO ELES?
                                                                Por Beatriz Teixeira de Salles

        Espremidos entre a infância e a adolescência, os pré-adolescentes vivem a dualidade dessas duas fases de vida a um só tempo.
        Quando os pais querem que eles façam alguma coisa, lá vem o discurso: “Você já é bem grandinho”; mas quando os pais não querem liberá-los para ir algum lugar ou fazer determinada coisa, lascam: “Você ainda é muito novo, não pode!” Afinal, são muito novos ou já cresceram? Esse é apenas um exemplo da dificuldade de ser pré-adolescente, ou melhor, de ser quase adolescente, pois o termo pré-adolescência não é reconhecido cientificamente.
        Eles estão na faixa entre os 10 e 13 anos, vivem uma enorme diferença de desenvolvimento, não só sexual quanto psicológica, entre meninos e meninas e até dentro do mesmo sexo, e vivem entre a alegria infantil da falta de responsabilidade e a tão sonhada adolescência, quando algumas “regalias” do mundo adulto lhes são permitidas.
        Em conversa com Thiago, 12 anos, Isabella, 12, Cecília, 11, e Frederico, 10, a gente pode ver um pouco do perfil dessa moçada que vive nesse intervalo entre a infância e a adolescência.
        Eles mesmos admitem que, dependendo da situação, sentem-se crianças ou adolescentes. “Às vezes me incomoda ver que meus pais não acreditam que eu possa fazer algumas coisas. Se quero ir sozinha ao shopping, não posso. Mas, se quero brincar de bonecas, eles falam que já sou grande”, conta Isabella.
        Para Fernanda, a preocupação dos pais se divide entre a ameaça da violência real e um pouco de neura. “Os pais são muito imaginativos, só pensam que coisas ruins vão acontecer”, emenda Thiago. Frederico se queixa de não poder ir a reuniões de grupo sozinho, Cecília não tem autorização para andar de ônibus sozinha e por aí vai. Porém, todos reconhecem que “dá para entender” a preocupação dos pais e que, levando-se em conta a forma como foram criados, hoje são até liberais.

                                    prof. Elisandro Félix de Lima                                                         
Fonte: ESTADO DE MINAS. Caderno Feminino, Belo Horizonte, 14 maio 2000, p. 10. In: SOARES, Magda. Português: uma proposta para o letramento. São Paulo: Moderna, 2012, p. 17. 

Entendendo o texto:
01 – Que tipo de frase é usada no título do texto?
      Frase interrogativa.

02 – O que significa o termo “pré-adolescente” no texto?
      O pré-adolescente é quase um adolescente, é uma fase do indivíduo entre a infância e a adolescência.

03 – Segundo o texto, qual é o discurso dos pais quando querem que os filhos façam alguma coisa?
      "Você já é bem grandinho".

04 – Qual é o discurso dos pais quando querem proibir os filhos de algo?
      "Você ainda é muito novo, não pode!"

05 – Há no desenvolvimento do texto alguma frase interrogativa? Que sinal de pontuação foi utilizado nessa frase? Reescreva-a.
      Sim. Ponto de interrogação (?). "Afinal, são muito novos ou já cresceram?”

06 – Segundo o texto, que idade marca a fase dos pré-adolescentes?
      Eles estão na faixa entre os 10 e 13 anos.

07 – Releia o segundo parágrafo do texto e responda qual é o tipo de comportamento de um pré-adolescente?
      Vivem uma enorme diferença de desenvolvimento, não só sexual quanto psicológica, entre meninos e meninas e até dentro do mesmo sexo, e vivem entre a alegria infantil da falta de responsabilidade e a tão sonhada adolescência.

08 – Quem são os pré-adolescentes citados no texto?
      Thiago, Isabella, Cecília, Frederico e Fernanda.

09 – Reescreva o depoimento de Isabella.
      “Às vezes me incomoda ver que meus pais não acreditam que eu possa fazer algumas coisas. Se quero ir sozinha ao shopping, não posso. Mas, se quero brincar de bonecas, eles falam que já sou grande".

10 – Que tipo de sinal de pontuação foi usado para marcar a fala de Isabella?
      Aspas.

11 – Qual é a opinião da pré-adolescente Fernanda?
     “A preocupação dos pais se divide entre a ameaça da violência real e um pouco de neura.” 

12 – Qual é a opinião do Thiago?
      "Os pais são muito imaginativos, só pensam que coisas ruins vão acontecer".

13 – Qual é a reclamação de Frederico?
      "Se queixa de não poder ir a reuniões de grupo sozinho".

14 – Qual é a reclamação de Cecília?
      “Não tem autorização para andar de ônibus sozinha e por aí vai.”

15 – No final os pré-adolescentes tem um pensamento em comum. Qual é?
      "Dá para entender" a preocupação dos pais e que, os pais de hoje são até liberais em vista de alguns pais no passado.


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