Música(Atividades): Envelhecer
Arnaldo Antunes
A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer
A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça
aparecer
Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é
pra valer
Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer
Não quero morrer pois quero ver
Como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver pra ver qual é
E dizer venha pra o que vai acontecer
Eu quero que o tapete voe
No meio da sala de estar
Eu quero que a panela de pressão pressione
E que a pia comece a pingar
Eu quero que a sirene soe
E me faça levantar do sofá
Eu quero pôr Rita Pavone
No ringtone do meu celular
Eu quero estar no meio do ciclone
Pra poder aproveitar
E quando eu esquecer meu próprio nome
Que me chamem de velho gagá
Pois ser eternamente adolescente nada é mais demodé
Com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que não para
de crescer
Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e
esquece de aprender
Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr
Não quero morrer pois quero ver
Como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver pra ver qual é
E dizer venha pra o que vai acontecer
Eu quero que o tapete voe
No meio da sala de estar
Eu quero que a panela de pressão pressione
E que a pia comece a pingar
Eu quero que a sirene soe
E me faça levantar do sofá
Eu quero pôr Rita Pavone
No ringtone do meu celular
Eu quero estar no meio do ciclone
Pra poder aproveitar
E quando eu esquecer meu próprio nome
Que me chamem de velho gagá.
Composição: Arnaldo Antunes / Marcelo
Jeneci / Ortinho.
Entendendo a canção:
01 – Assinale a alternativa que apresenta uma inferência
correta.
a) A expressão “vira a cara
para o presente”, no verso 8, foi utilizada no sentido de encarar fixamente o
presente.
b) O eu lírico destaca, nos
versos de 2 a 4, apenas as perdas físicas que caracterizam a chegada da
velhice.
c) Conservar os cabelos
longos, quando já estão ralos devido à calvície, é uma atitude fora de moda.
d) No verso 1, é
possível perceber uma alusão ao aumento da expectativa de vida na modernidade,
já que envelhecer tornou-se comum.
02 – Assinale a opção que
aponta corretamente a figura de linguagem presente no trecho abaixo.
a)
“Pois ser eternamente adolescente nada é mais
démodé” – Metonímia.
b)
“Não sei por que essa gente vira a cara pro
presente e esquece de aprender”. – Antítese.
c)
“Os filhos vão crescendo e o tempo
vai dizendo que agora é pra valer.” – Prosopopeia.
d)
“A coisa mais moderna que existe nessa vida é
envelhecer.” – Eufemismo.
03 – Assinale a alternativa
correta.
a)
À medida que os filhos crescem, os pais
esquecem que já foram jovens.
b)
Em “Com uns ralos fios de cabelos sobre a
testa que não para de crescer.”, o pronome relativo “que” substitui a locução
adjetiva “de cabelo”.
c)
É preciso morrer para entender o que
significa envelhecer.
d)
Envelhecer é uma coisa moderna, ao
contrário, ser eternamente adolescente está fora de moda.
04 – Nos versos: “Eu quero
por Rita Pavone / No ringtone do meu celular.” Como seria isto, segundo o
poeta?
Ganha um caráter
anedótico: é possível imaginar perfeitamente o celular do senhor idoso tocando Datemi
um matello. Aqui percebe-se um orgulho da consciência do ridículo, que afinal é
apenas humano – e assim, pelo avesso.
05 – Segundo o dicionário, o
que significa envelhecer?
Tornar-se velho que, por sua vez,
significa algo (alguém) “que existe há muito tempo ou tem mais idade”.
06 – Que temática é abordada
na canção?
A idade, o passar
do tempo e as experiências adquiridas ao longo da vida.
07 – O eu lírico na canção
exalta o quê?
O prazer de viver, a resiliência e a
naturalidade do processo de envelhecimento do corpo e da mente.
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