quarta-feira, 19 de setembro de 2018

MÚSICA(ATIVIDADES): ENVELHECER - ARNALDO ANTUNES - COM GABARITO

Música(Atividades): Envelhecer

                                      Arnaldo Antunes

A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer
A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer
Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer
Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer

Não quero morrer pois quero ver
Como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver pra ver qual é
E dizer venha pra o que vai acontecer

Eu quero que o tapete voe
No meio da sala de estar
Eu quero que a panela de pressão pressione
E que a pia comece a pingar
Eu quero que a sirene soe
E me faça levantar do sofá
Eu quero pôr Rita Pavone
No ringtone do meu celular
Eu quero estar no meio do ciclone
Pra poder aproveitar
E quando eu esquecer meu próprio nome
Que me chamem de velho gagá

Pois ser eternamente adolescente nada é mais demodé
Com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que não para de crescer
Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender
Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr

Não quero morrer pois quero ver
Como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver pra ver qual é
E dizer venha pra o que vai acontecer

Eu quero que o tapete voe
No meio da sala de estar
Eu quero que a panela de pressão pressione
E que a pia comece a pingar
Eu quero que a sirene soe
E me faça levantar do sofá
Eu quero pôr Rita Pavone
No ringtone do meu celular
Eu quero estar no meio do ciclone
Pra poder aproveitar
E quando eu esquecer meu próprio nome
Que me chamem de velho gagá.

          Composição: Arnaldo Antunes / Marcelo Jeneci / Ortinho.
Entendendo a canção:
01 – Assinale a alternativa que apresenta uma inferência correta.
a) A expressão “vira a cara para o presente”, no verso 8, foi utilizada no sentido de encarar fixamente o presente.   
b) O eu lírico destaca, nos versos de 2 a 4, apenas as perdas físicas que caracterizam a chegada da velhice.   
c) Conservar os cabelos longos, quando já estão ralos devido à calvície, é uma atitude fora de moda.   
d) No verso 1, é possível perceber uma alusão ao aumento da expectativa de vida na modernidade, já que envelhecer tornou-se comum.  

02 – Assinale a opção que aponta corretamente a figura de linguagem presente no trecho abaixo.
a)   “Pois ser eternamente adolescente nada é mais démodé” – Metonímia.
b)   “Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender”. – Antítese.
c)   “Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer.” – Prosopopeia.
d)   “A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer.” – Eufemismo.

03 – Assinale a alternativa correta.
a)   À medida que os filhos crescem, os pais esquecem que já foram jovens.
b)   Em “Com uns ralos fios de cabelos sobre a testa que não para de crescer.”, o pronome relativo “que” substitui a locução adjetiva “de cabelo”.
c)   É preciso morrer para entender o que significa envelhecer.
d)   Envelhecer é uma coisa moderna, ao contrário, ser eternamente adolescente está fora de moda.

04 – Nos versos: “Eu quero por Rita Pavone / No ringtone do meu celular.” Como seria isto, segundo o poeta?
      Ganha um caráter anedótico: é possível imaginar perfeitamente o celular do senhor idoso tocando Datemi um matello. Aqui percebe-se um orgulho da consciência do ridículo, que afinal é apenas humano – e assim, pelo avesso.

05 – Segundo o dicionário, o que significa envelhecer?
      Tornar-se velho que, por sua vez, significa algo (alguém) “que existe há muito tempo ou tem mais idade”.

06 – Que temática é abordada na canção?
      A idade, o passar do tempo e as experiências adquiridas ao longo da vida.

07 – O eu lírico na canção exalta o quê?
      O prazer de viver, a resiliência e a naturalidade do processo de envelhecimento do corpo e da mente.



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