Artigo de Opinião: Todo corpo é ímpar, singular, único. Padronizar corpos vai contra a natureza das coisas. Serve ao capitalismo!
É comum os seres sociais ficarem se comparando uns
com os outros e, a partir dessas comparações sem
raciocínio, tirarem conclusões precipitadas. Quais conclusões
precipitadas? Começam a achar que existem alguns corpos que são bonitos e
outros feios. E pior, carregam essas conclusões precipitadas pelo resto da
vida. Passam a acreditar que o corpo bonito e o corpo feio são produtos da
natureza, acham que esse julgamento precipitado é a verdade, é o natural, é o
incontestável. A mídia, as agências de modelo, as ditas “revistas de beleza”, a
indústria pornográfica, as clínicas estéticas, as pílulas farmacêuticas
“mágicas”, os salões de beleza, a indústria de depilação, as agências de
moda, etc., no intuito de comercializar imagens e ganhar dinheiro, reforçam
essa visão destorcida na mente das pessoas.
Queremos aqui, portanto, contestar essa prática
ideológica preconceituosa de diversos seres sociais que, por sua vez, é
estimulada pelos vários ramos da indústria capitalista. Comparar os corpos
filhos da natureza para rotular uns corpos como bonitos e outros corpos como
feios é uma prática social excludente. A natureza
não compara a forma dos corpos e não os classifica como belos e feios. A natureza simplesmente cria corpos ímpares, únicos, singulares.
E é assim que deveríamos apreciar e observar os corpos humanos filhos da
natureza. Sem rótulos.
O mundo possui variadas formas vivas: as árvores
possuem uma diversidade muito grande de corpos; os mamíferos possuem uma
diversidade muito grande de corpos; os insetos possuem uma diversidade muito
grande de corpos; os peixes, os répteis, os anfíbios, os pássaros possuem uma
diversidade muito grande de corpos; os minerais possuem uma diversidade muito
grande de corpos; os humanos possuem uma diversidade muito grande de corpos.
Portanto, assim é a natureza. A beleza da natureza está em não fazer corpos
iguais. Existe uma infinidade de corpos naturais e cada qual é ímpar, singular,
único: este é o belo natural.
Portanto, comparar uns corpos com outros corpos, e
propagandear alguns modelos como sendo os corpos bonitos e outros como sendo os
corpos feios serve para promover a “vaidade superficial” dos corpos promovidos
como “belos” e a respectiva exclusão dos corpos
que foram eleitos como “feios”, bem como serve para render lucros aos que
comercializam imagens corporais ditas ideais ou vendem produtos e cirurgias
mágicas na indústria estética. Lamentavelmente, essa prática não contribui para
a felicidade da coletividade humana. Ao contrário, tal prática gera
insatisfação.
Cada um, em nossa opinião, deveria aceitar com
alegria o corpo que a natureza nos deu, bem como apreciar a beleza ímpar,
singular e única de cada corpo. Esta deveria ser a educação de uma humanidade
consciente, fraterna, generosa e socialista. Essa mania de rotular corpos como
bonitos e feios é, no fundo, uma prática totalmente equivocada, sem raciocínio,
uma falta de compreensão da natureza das coisas, uma falta de generosidade com
a própria natureza humana. E as coisas e os infinitos corpos vivos filhos da
natureza sempre foram e sempre serão diferentes, únicos, ímpares, singulares.
Classificar uns corpos como belos e outros corpos como feios, no fundo, é uma
prática preconceituosa. Nós, socialistas livres, somos críticos dessa prática
social.
É necessária essa padronização de corpos?
Inevitável? Legítima? Natural? Achamos que não. E vocês, o que acham?
01-Qual a tese central defendida nesse
texto-discurso?
a- é correto padronizar os corpos como belos e
feios;
b- é um preconceito padronizar os
corpos como belos e feios;
c- é inevitável a classificação dos corpos como
belos e feios.
02-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:
a-( V ) Percebe-se o discurso de crítica à padronização
estética das pessoas como belas e feias
b-( V )
Percebe-se o discurso de crítica à indústria estética e às práticas sociais que
instituem padrão de beleza
c-( F ) Percebe-se o discurso de que a natureza não
produz corpos únicos e singulares, logo é próprio da natureza a produção do
feio e do belo
03-O autor do site tenta convencer o leitor a
fazer o quê?
a- pensar que o belo e feio existem;
b- dar menos valor à beleza estética e mais
valor ao caráter de cada um;
c- parar de julgar as pessoas como
belas e feias.
04-Como você interpreta o argumento: “A beleza da natureza está em não
fazer corpos iguais.”
Essa frase destaca a diversidade como uma
característica intrínseca da natureza. A beleza, nesse contexto, não está em um
padrão único, mas na variedade de formas e características que a vida
apresenta. Ao afirmar que a beleza da natureza está em não fazer corpos iguais,
o autor celebra a singularidade de cada indivíduo.
05-Em:
“Todo corpo é impar, singular, único.”, os adjetivos grifados caracterizam qual palavra?
“Todo corpo é ímpar, singular, único.”,
os adjetivos grifados caracterizam qual palavra? Os adjetivos
"ímpar", "singular" e "único" caracterizam a
palavra "corpo", enfatizando sua individualidade e exclusividade.
06-REDAÇÃO: qual a sua opinião sobre a ideia comum que distingue os
corpos como belos e feios?
Exemplo de resposta:
"Acredito que a ideia de classificar
corpos como belos e feios é extremamente prejudicial e limitante. Essa
padronização, perpetuada pela mídia e pela indústria da beleza, cria um ideal
de corpo perfeito que é inalcançável para a maioria das pessoas, gerando
sentimentos de inferioridade e insatisfação. A diversidade é a marca da
natureza, e cada corpo é único e belo à sua maneira. Ao nos compararmos
constantemente a padrões irreais, negligenciamos nossas próprias qualidades e
fortalezas. É fundamental que promovamos uma cultura que valorize a diversidade
corporal e a autoestima, para que todos se sintam bem consigo mesmos,
independentemente de qualquer padrão estético."
Nenhum comentário:
Postar um comentário