domingo, 8 de abril de 2018

CRÔNICA: NOSSOS NETOS NÃO VÃO COMER PASTEL! FOLHATEEN - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

 CRÔNICA: NOSSOS NETOS NÃO VÃO COMER PASTEL!

     Pode ser ignorância nossa, mas não sabíamos que o novo vilão do planeta é o óleo de cozinha! Sim, aquele usado pra fritar pastel, bife à milanesa e batata frita! Sabíamos que jogar óleo usado na pia podia causar um grande entupimento. E que uma das opções era jogá-lo na privada. Mas, como não somos cozinheiras de mão cheia e sabemos que frituras fazem a maior sujeira, nunca pensamos muito sobre o assunto óleo.
            Até que agora começaram a pipocar notas sobre o “descarte do óleo”. Ou seja: como jogar aquele óleo usado fora!? Segundo os cientistas, o óleo dos pastéis pode ser o responsável por enchentes, morte dos fitoplânctons e até pelo aquecimento global! E não pense que isso não tem a ver com você porque a única coisa que você cozinha é ovo na manteiga. Porque agora comer uma coxinha é quase um crime contra o planeta, se você pensar bem.
             Deve ser por isso que algumas cozinheiras guardam o óleo velho e usado numa lata sinistra, geralmente embaixo da pia. Elas deixam lá até pensarem numa maneira melhor de jogar fora o tal óleo assassino de fitoplanctons. Devem ir acumulando latas e latas de óleo, sem silêncio, por anos. E, depois, sem saber o que fazer, colocam tudo aquilo numa Kombi, desaparecem pelo mundo e passam a viver na clandestinidade, cheias de culpa.
           Os ecologistas recomendam que você entregue o óleo para ONGs que fazem reciclagem ou faça sabão caseiro. Sim, um sabão caseiro com o óleo velho! Que nem naquele filme Clube da luta, em que os sabonetes das madames eram feitos com a gordura da lipoaspiração. Eca! Só de pensar nisso já desistimos de comer qualquer coisa frita para sempre! Ou de usar sabonete.
           Uma coisa nos deixou tristes: o fato de que talvez nossos netos (se tivermos algum) nunca conhecerão o sabor de um delicioso bife à milanesa ou de um pastel de queijo. Pense nas feiras sem barraca do pastel. Certamente, ir à feira vai ficar mais triste.
           Porque, se a gente tiver que levar latas de óleos velhos para a reciclagem ou usar sabão com odor de fritura, vamos adotar só alimentos cozidos. No vapor.
           A vida fica cada dia mais triste no planeta Terra. E, por enquanto, vamos nos entupir de pastel para esquecer disso.  
Momento de histeria
Estamos fritas!

Jô Hallack, Nina Lemos e Raq Affonso. Nossos netos não vão comer pastel! Folhateen, suplemento do jornal Folha de S.Paulo, 17 set.2007.

Entendendo o texto:
     01 – Releia o título da crônica. Que informações ele antecipa ao leitor?
      Pelo título, nota-se que o texto tratará de algo próprio de nossa geração e de gerações anteriores à nossa que, provavelmente, vai desaparecer, não chegando às futuras gerações.

02 – Por que, segundo a crônica, “nossos netos não vão comer pastel”?
      De acordo com a crônica, porque pastéis são frituras, e hoje em dia o óleo usado para fritar alimentos é considerado perigoso para o meio ambiente.

    03 – Que aspecto da vida cotidiana foi usado pelas autoras para comentar as mudanças inevitáveis de nossos hábitos?
      O que devemos fazer para descartar o óleo de cozinha que utilizamos.

     04 – Por que as autoras não haviam pensado ainda sobre o assunto?
      Por não serem boas cozinheiras, elas ainda não haviam se interessado pelo descarte do óleo.

     05 – Releia.
“Até que agora começaram a pipocar notas sobre o ‘descarte do óleo’”.

     a) Qual é o sentido do verbo pipocar nesta frase?
      Aparecer com muita frequência.

     b) Substitua esse verbo por uma expressão sinônima.
      Até que agora começaram a aparecer repentinamente notas sobre o ‘descarte de óleo’.
6.Releia. .

{ " Segundo os cientistas, o óleo dos pastéis pode ser o responsável por enchentes, morte dos fitoplânctons e até pelo aquecimento global!.}
A) É possível que algum cientista tenho feito essa afirmação?

    Não, pois são termos que não especificam na fonte da crônica quem o diz. Portanto, falta informação de referência bibliográfica.

B) Qual pode ter sido o objetivo das autoras ao dar essa afirmação?

     Alertar das atrocidades que o leitor ingere em seu organismo, um modo de espantá-lo.

C) Cite outros trechos em que se percebe o mesmo objetivo.

    "Os ecologistas recomendam que você entregue o óleo para ONGs que fazem reciclagem ou faça sabão caseiro."

" Deve ser por isso que algumas cozinheiras guardam o óleo velho e usado numa lata sinistra, geralmente embaixo da pia."

7.Como as autoras se sentem em relação a necessidade de adotar esse novo procedimento? Copie um trecho que confirme sua resposta.

 Um modo de causar repudio e atenção naquilo que dirige os seus textos.

" Sim, sabão caseiro com óleo velho! Que nem naquele filme ' Clube da luta', em que os sabonetes das madames eram feitos com a gordura da lipoaspiração."

8. A crônica termina com um jogo de palavras que reforça o que as autoras sentem sobre a questão.
A) Copie essas palavras.

     “Momento de histeria ", "estamos fritas!"

B) Qual é o sentido dessas palavras no texto?

     Primeira indica a momento nostálgico, convulsivo, a forma de expressar dores sem o pastel bom, mas prejudicial. Segundo, indica sentimento de que vai dar problema, saudades sem o pastel no óleo.

9.A crônica trata de um tema muito atual e de interesse de todos. Ela foi publicada no suplemento para jovens de um jornal. Que marcas indicam que esse é o público leitor do texto.

O uso de expressão "Sinistro", " morte dos fitoplânctons", " filme ' Clube da Luta''... Essas são mostradas para jovens no modo de pronunciar, na biologia e principalmente no que mais gostam de fazer, assistir filme, todos respectivamente.

10.Em alguns momentos do texto, as autoras parecem falar diretamente ao leitor.
A) Copie um trecho em que ocorre esse diálogo.

" Uma coisa nos deixou triste: o fato de que talvez nossos netos ( se tivermos algum) nunca conhecerão o sabor de um delicioso bife á milanesa ou de um pastel de queijo"

B) Que efeito o uso desse recurso provoca no leitor?

Provoca uma ligação direta de diálogo, entre o autor e o leitor. Como se a emoção fosse de ambas, como citado no trecho e na crônica.

11. Embora haja no texto explicações de cientistas para os fatos apresentados, ele não pode ser chamado de artigo de divulgação científica. O que há nele que o diferencia dos artigos de divulgação científica?

Divulgação científica, possuem apenas últimos parágrafos como opinião e referências cientificas... Já na crônica é feita toda ela de opinião e nada comprovado cientificamente, mesmo usando o termo " segundo cientistas'

12.O texto é marcado por elementos que expressam a subjetividade das autoras.
A) Dê exemplos que comprovem essa afirmação.

 " A vida fica cada dia mais triste...", " Uma coisa nos deixou triste:..." , " Momento de histeria" , " Estamos fritas!"
B) O que a subjetividade expressa no texto revela ao leitor?

Revela emoção, sentimento, envolvimento com o leitor e sua opinião a respeito, usando a interligação textual com a realidade cognitiva.


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