quarta-feira, 6 de setembro de 2017

TEXTO: CONQUISTADOR DA TERRA -JORGE AMADO(TERRAS DO SEM FIM) - COM GABARITO

TEXTO LITERÁRIO– CONQUISTADOR DA TERRA
                                       JORGE AMADO

        A manhã de sol dourava os cocos ainda verdes dos cacaueiros. O coronel Horácio ia andando devagar entre as árvores plantadas dentro das medidas estabelecidas.
        Aquela roça dava seus primeiros frutos, cacaueiros jovens de cinco anos. Antes ali também fora a mata, igualmente misteriosa e amedrontadora. Ele a varara com seus homens e com o fogo; com os facões, os machados e as foices, derrubou as grandes árvores, jogou para longe as onças e as assombrações. Depois fora a plantio das roças, cuidadosamente feito, para que maiores fossem as colheitas.
        E, após cinco anos, os cacaueiros enfloraram e nessa manhã pequenos cocos pendiam dos troncos e dos galhos. Os primeiros frutos. O sol os doirava, o coronel Horácio passeava entre eles.
   
        Tinha cerca de cinquenta anos e seu rosto, picado de bexiga, era fechado e soturno. As grandes mãos calosas seguravam o fumo de corda e o canivete com que faziam o cigarro de palha. Aquelas mãos, que muito tempo manejaram o chicote quando o coronel era apenas um tropeiro de burros, empregado de uma roça no Rio do Braço, aquelas mãos manejaram depois a repetição quando o coronel se fez conquistador da terra.
        Corriam lendas sobre ele. Nem mesmo o coronel Horácio sabia de tudo que em Ilhéus e em Tabocas se contava sobre ele e sua vida. As velhas beatas que rezavam a São Jorge, na igreja de Ilhéus, costumavam dizer que o coronel Horácio tinha, debaixo da sua cama, o diabo preso numa garrafa. Como o prendera era uma história longa, que envolvia a venda da alma do coronel num dia de temporal. E o diabo, feito servo obediente, atendia a todos os desejos de Horácio, aumentava-lhe a fortuna, ajudava-o contra os seus inimigos. Mas um dia – e as velhas se persignavam ao dizê-lo – Horácio morreria sem confissão, e o diabo, saindo da garrafa, levaria a sua alma para as profundas dos infernos. Dessa história o coronel Horácio sabia e ria dela, uma daquelas sua risadas curtas e secas, que amedrontavam mais que seus gritos nas manhãs de raiva.

                      Jorge Amado. Terras do sem fim, 21ª edição, pag. 51.
                                                       Editora Martins, São Paulo, 1968.

1 – O ambiente físico onde se encontra o personagem é:
      (   ) A cidade.            (X) A roça.         (   ) A mata.

2 – Por que a mata era amedrontadora?
      Por causa das onças e das assombrações.

3 – O coronel Horácio “jogou para longe as onças e as assombrações”. O que fez para isso?
      Derrubou a mata e limpou o terreno.

4 – Que tinha sido Horácio antes de se tornar dono daquela terra e patrão poderoso?
      Tropeiro de burros, empregado de uma roça no Rio do Braço.

5 – Por que o autor chama o coronel Horácio de conquistador da terra?
      Porque para tornar produtiva aquele pedaço de terra teve de lutar contra seus inimigos e dominar a natureza bravia.

6 – Assinale as afirmações verdadeiras com relação aos cacaueiros de que se fala no texto:
      (   ) Eram árvores nativas da região, isto é, não plantadas pelo homem.
      (X)  Eram cacaueiros novos, iam dar a primeira safra.
      (   ) Ainda não tinham frutos, mas só flores.
      (X)  Estavam carregados de cocos maduros, amarelo-ouro.
      (X)  Foram plantados em terreno desmatado e de acordo com as técnicas agrícolas.

7 – Assinale as afirmações verdadeiras relativamente ao coronel Horácio:
      (   ) Seu rosto inspirava simpatia e bondade.
      (X)  Era um homem decidido, frio e corajoso.
      (X)  Tinha fama de homem mau.
      (   ) Não tinha inimigos.
      (   ) Tímido, sem ambições, não progrediu na vida.

8 – Segundo a lenda, que pacto fez o coronel como diabo?
      Vendeu a alma ao diabo, o qual, em troca, atendia a todos os desejos de Horácio, aumentava-lhe a riqueza e ajudava-o contra os inimigos.

9 – Releia o último parágrafo e diga porque “as velhas se persignavam”?
      De horror e para que Deus as livrasse de tal desgraça.

10 – Que é “morrer sem confissão”?
      É morrer sem confessar os pecados ao padre, morrer em pecado mortal.

11 – Assinale a única afirmação certa relativamente a Ilhéus:
      (   ) Cidade que deve o seu progresso à indústria açucareira.
      (   ) Cidade do interior da Bahia.
      (X)  O maior centro cacaueiro do Brasil.
      (   ) Só exporta cacau para outros Estados do Brasil, a fim de atender ao consumo interno.


CRÔNICA: O MENINO E O ARCO-IRIS - FERREIRA GULLAR - COM GABARITO

CRÔNICA:  O MENINO E O ARCO-IRIS 
                       Ferreira Gullar

        Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?

        Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.
        Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?
        Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse.
        “Não faça isso com o coitado!”
        “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.”

        Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.

(GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. Para gostar de ler, 31.
São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89)

ENTENDENDO O TEXTO

D2 - Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

01. (SARESP/2010) Na expressão “Mas logo se acostumou a todos eles”, o termo destacado refere se a

(A) animais no quintal.

(B) cadeiras e mesas.

(C) sapatos e copos.

(D) jogos de azar.

D6 - Identificar o tema de um texto.

02. (SARESP/2010) O tema do texto é

(A) a curiosidade.

(B) a insatisfação.

(C) a natureza.

(D) a saudade.

D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

03. (SARESP/2010) De acordo com o texto, o menino procurava, desde criança, por

(A) alguma coisa surpreendente.

(B) galinhas e plantas interessantes.

(C) um arco-íris.

(D) banhos de mar.

D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

04. (SARESP/2010) “E daí?” A frase final do texto demonstra que a opinião do narrador sobre o destino do menino é de

(A) pena e desespero.

(B) simpatia e aprovação.

(C) indiferença e conformismo.

(D) esperança e simpatia.

D17 - Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

05. (SARESP/2010) No trecho “Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!”, o ponto de exclamação indica

(A) o tédio do menino.

(B) a surpresa do menino.

(C) a dúvida do narrador.

(D) o comentário do narrador.

D22 - Identificar o gênero de diferentes textos

06. (SARESP/2010) O texto acima é

(A) uma crônica.

(B) uma notícia.

(C) um informativo.

(D) uma fábula.

 07 - Ao encontrar um inseto quase morto em sua mesa, o homem:

a) colocou-o dentro de um pote de água.
b) escondeu-o para que ninguém o matasse.
c) pingou água sobre sua cabeça.
d) procurou por outros insetos no escritório.
e) não lhe deu muita importância.

08 - O homem interessou-se pelo inseto porque:

a) decidiu descansar do trabalho cansativo que realizava no jornal.
b) estranhou a presença de um inseto do mato em plena cidade.
c) percebeu que ele estava fraco e doente por falta de água.
d) resolveu salvar o animal para analisar o funcionamento do seu corpo.
e) era um inseto perigoso e contagioso.

09 - A mudança na rotina do homem deu-se:

a) à chegada do inseto na redação do jornal.
b) ao intenso calor daquela tarde de verão.
c) à monotonia do trabalho no escritório.
d) à transferência de local onde estava o inseto.
e) devido ao cansaço do dia.

10 - Em “Não faça isso com o coitado!”, a palavra sublinhada sugere sentimento de:

a) maldade
b) crueldade
c) desprezo
d) esperança
e) afeição.

11 - A presença do inseto na redação do jornal provocou no homem:

a) curiosidade científica.
b) sensação de medo.
c) medo de pegar uma doença.
d) lembranças da infância.
e) preocupação com o próximo.

12 - Com base na leitura do texto pode-se concluir que a questão central é:

a) a presença inesperada de um inseto do mato na cidade.
b) a saudade dos amigos de infância
c) a vida pacifica da grande cidade.
d) a preocupação com a proteção aos animais.
e) o cuidado que se deve ter com todos os insetos.

13 – Não se deu destaque a uma oração coordenada na opção:

A) Censura teus amigos em particular e elogia-os em público
B) O tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro.
C) Prega bem quem vive bem.
D) Me empenhei muito, pois queria vencer na competição.
E) Comprei vários quadros e artesanatos também.

14 - Assinale a alternativa em que a associação está correta:

I. Deus fez a luz; depois criou a natureza e, finalmente, formou o homem.
II. Se quiseres vencer na vida, cultiva a paciência e segue a lei do Amor. 
III. Conheci um grande amigo!

A - Período composto por coordenação. 

B - Período simples. 

A) I-A; II-B; III-A

B) I-B; II-A; III-B
C) I-A; II-A; III-B
D) I-B; II-B; III-A
E) I-A; II-A; III-A


15 - Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido:


1. Correu demais, _______ caiu. 

2. Dormiu mal, _______ os sonhos não o deixaram em paz. 
3. A matéria perece, _______ a alma é imortal. 
4. Leu o livro, _______ é capaz de descrever as personagens com detalhes.
5. Guarde seus pertences, _______ podem servir mais tarde.

A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto

B) por isso, porque, mas, portanto, que
C) logo, porém, pois, porque, mas
D) por isso, porque, e, porém, mas
E) pois, porém, pois, porém, contudo


16 - Analise sintaticamente a oração em destaque:

“Bem-aventurados os que ficam, porque eles serão recompensados.”(Machado de Assis)

A) oração coordenada assindética

B) oração coordenada sindética adversativa
C) oração coordenada sindética aditiva
D) oração coordenada sindética conclusiva
E) oração coordenada sindética explicativa.


APÓLOGO: O TOCO DE LÁPIS - PEDRO BANDEIRA - COM GABARITO

APÓLOGO: O Toco de Lápis
                        Pedro Bandeira

Lá, num fundo de gaveta, dois lápis estavam juntos.
Um era novo, bonito, com ponta muito bem feita. Mas o outro – coitadinho! – era triste de se ver. Sua ponta era rombuda, dele só restava um toco, de tanto ser apontado.

O grandão, novinho em folha, olhou para a triste figura do companheiro e chamou:
     – Ô, baixinho! Você, aí embaixo! Está me ouvindo?
     – Não precisa gritar – respondeu o toco de lápis. – Eu não sou surdo!
     – Não é surdo? Ah, ah, ah! Pensei que alguém já tivesse até cortado as suas orelhas, de tanto apontar sua cabeça!

O toquinho de lápis suspirou:
     – É mesmo... Até já perdi a conta de quantas vezes eu tive de enfrentar o apontador...

O lápis novo continuou com a gozação:
     – Como você está feio e acabado! Deve estar morrendo de inveja de ficar ao meu lado. Veja como eu sou lindo, novinho em folha!
     – Estou vendo, estou vendo... Mas, me diga uma coisa: Você sabe o que é uma poesia?
     – Poesia? Que negócio é esse?
     – Sabe o que é uma carta de amor?
     – Amor? Carta? Você ficou louco, toquinho de lápis?
     – Fiquei tudo! Louco, alegre, triste, apaixonado! Velho e gasto também. Se assim fiquei, foi porque muito vivi. Fiquei tudo aquilo que aprendi de tanto escrever durante toda a vida. Romance, conto, poesia, narrativa, descrição, composição, teatro, crônica, aventura, tudo! Ah, valeu a pena ter vivido tanto, ter escrito tanta coisa, mesmo tendo de acabar assim, apenas um toco de lápis. E você, lápis novinho em folha: o que é que você aprendeu?

O grandão, que era um lindo lápis preto, ficou vermelho de vergonha...

                                                                                                    Pedro Bandeira.

Estudando o texto.

1) Leia a frase abaixo:
“Sua ponta era rombuda, dela só restava um toco”
Esta frase quer dizer que o lápis era:
a) ( ) fino
b) (X) pequeno
c) ( ) grande

2) Os dois lápis estavam:
a) ( ) no estojo
b) (X) na gaveta
c) ( ) na mochila

3) De acordo com o texto, o grandão novinho em folha, se refere ao:
a) ( ) lápis sem ponta
b) ( )lápis pequeno
c) (X) lápis novo

4) Leia o trecho:
    “Até perdi a conta de quantas vezes eu tive de enfrentar o apontador.”
A expressão em destaque quer dizer que:
a) ( ) brigar com o apontador
b) ( ) quebrar o apontador
c) (X) ser apontado várias vezes

5) Leia a frase:
     “O lápis novo continuou a gozação.”
A palavra em destaque pode ser substituída por;
a) ( ) elogio
b) (X) zombaria
c) ( )diálogo

6) Leia o trecho onde o lápis grande fala a seguinte frase:
     “ _ Como você está feio e acabado! Deve estar morrendo de inveja de ficar ao meu lado. Veja como eu sou lindo, novinho em folha!”
O lápis novo, revela uma atitude:
a) ( ) simpática
b) ( ) delicada
b) (X) arrogante

7) Leia o trecho:
     “ Se assim fiquei, foi porque muito vivi.”
O personagem do texto retratado nesta frase é:
a) ( ) O lápis novo e bonito.
b) ( ) O lápis de pouco uso.
c) (X) O lápis velho e gasto de tanto escrever.


8) Leia o trecho:
     “Você ficou louco toquinho de lápis?”
No texto, a frase acima indica:
a) (X) perder a consciência.
b) ( ) ficar nervoso
c) ( ) ficar contente

9) O toquinho de lápis, revelou uma condição de:
a) ( ) tristeza
b) ( ) insatisfação
c) (X) alegria e experiência

10) Por que o lápis grandão, novinho em folha ficou com vergonha?
a) ( ) Porque foi desmascarado
b) ( ) Porque era grandão demais
c) (X) Porque percebeu que nada aprendeu.


11) O texto que você acabou de ler nos passa uma mensagem muito bonita. Qual das alternativas abaixo define essa mensagem?
a) (X) O texto mostra que devemos ter respeito pelos mais velhos, pois eles já viveram várias experiências e possuem grande sabedoria.
b) ( ) O texto mostra que os jovens são donos do conhecimento, por isso os mais velhos devem seguir o exemplos deles.
c) ( ) O texto mostra que devemos ter respeito pelos mais novos, pois eles já viveram várias experiências e possuem grande sabedoria.

12) Qual é o melhor sentido de “lápis novinho em folha”: lápis que já foi apontado diversas vezes ou lápis que nunca foi utilizado?
a) ( ) Lápis com a ponta fina.
b) (X) Lápis que nunca foi utilizado.
c) ( ) Lápis que já foi utilizado.

13) Releia o trecho do texto:
     “_ Não é surdo? Ah, Ah, Ah!”? Pensei que alguém já tivesse até cortado as suas orelhas, de tanto apontar sua cabeça!”
O que representa a expressão? Ah, Ah, Ah!?”
a) ( ) A expressão representa o som de uma risada. No caso, representa a gozação do lápis velho.
b) ( ) A expressão representa o som de uma risada. No caso, representa a satisfação do lápis velho.
c) (X) A expressão representa o som de uma risada. No caso, representa a gozação do lápis novo.

14) Observe novamente o trecho a seguir.
     “_ Fiquei tudo! Louco, alegre, triste, apaixonado! Velho e gasto também.”
As palavras destacadas nesse trecho são:
a) ( ) Substantivos, pois nomeiam coisas.
b) (X) Adjetivos, pois expressam características de um ser.
c) ( ) Artigos, pois acompanham os substantivos.



15) O autor insinua algo muito profundo com a frase: "Se assim fiquei, foi porque muito vivi." O que ele pretendeu dizer?
a) que o lápis era realmente velho;
b) que o lápis  tinha escrito muitas poesias e feito muitas histórias;
c) que o lápis mostrava-se cansado de tanto escrever;
d) que o lápis não se importava em ser um toco de madeira.

16) Você concorda com a forma do lápis novo tratar o mais velho? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

17) O lápis mais novo imagina que o mais velho está morrendo de inveja dele. Será que ele tem razão? Por que?
      Resposta pessoal do aluno.

18) No início do diálogo, o lápis novo demonstra toda a sua arrogância, mas, ao ouvir o mais velho, percebeu que não sabe nada ainda e sente vergonha de ter tratado o outro com desprezo. Você já viu um caso parecido com este? Justifique.
      Resposta pessoal do aluno.

19) É verdade que o lápis mais velho, sente tristeza ao ver que o lápis jovem não tem sabedoria nem respeito pelos mais velhos? Justifique.
      Resposta pessoal do aluno.

20) Em sua casa, há pessoas idosas? Quantas?
      Resposta pessoal do aluno.

21) Qual o seu relacionamento com as pessoas mais velhas?

      Resposta pessoal do aluno.


MÚSICA(ATIVIDADES): DE REPENTE - SKANK - COM GABARITO

MÚSICA(ATIVIDADES): DE REPENTE
Skank
Olhei
Não vi ela há muito tempo, há quanto tempo faz
Nem me lembro mais, então
Pensei
Na vida que algum tempo eu deixei pra trás
Não me deixe em paz, se não
Porque,
Ainda aquele tempo dentro entra e sai,
Volta vem e vai
Sem acabar
O tempo passou
O tempo passou
E agora eu sei o que eu passei

Cantei, contei, estrelas mil no firmamento vão brilhar,
Depois apagar, irão
Chorei,
As lágrimas correndo como
Nus cristais, fogo dos vitrais, pagãos

Não à solidão,
Amar e desejar a vida que não deu as mãos
Mas vai dentro da gente
Como explosão do ar
Como furacão no mar
De repente é
Você voltou assim
Eu preciso mais,
Eu preciso
Uh hu uh
Eu preciso mais, eu preciso
Uh hu uh

Olhei
Não vi ela há muito tempo, há quanto tempo faz
Nem me lembro mais, então
Porque,
Ainda aquele tempo dentro entra e sai,
Volta vem e vai
Sem acabar

Pois não à solidão,
Amar e desejar a vida que não deu as mãos
Mas vai dentro da gente
Como explosão do ar
Como furacão no mar
De repente é
Você voltou assim
Eu preciso mais,
Eu preciso
Uh hu uh
Eu preciso mais, eu preciso
Uh hu uh
Eu preciso mais,
Eu preciso
Uh hu uh

Olhei
Não vi ela há muito tempo, há quanto tempo faz
Nem me lembro mais, então
Porque

COMPREENDENDO A MÚSICA
1 – Retire, da primeira estrofe, um desvio gramatical, desfazendo-o e explicando:
      “Não vi ela...”, o correto é não a vi, pois é um pronome e toma o lugar do substantivo.

2 – Transcreva da canção um exemplo de antítese:
      No verso: “Entra e sai /volta, vem e vai...”

3 – Existe algum exemplo de hipérbole na letra de música? Se sim, copie e explique seu raciocínio:
      (Chorei as lágrimas correndo como os cristais) o cristal é um material bem liso, lágrimas nunca escorreriam em um rosto como escorreriam em cristais. Esta figura de linguagem exagera uma ideia.

4 – O poeta usou um recurso muito usado para dar melodia à poesia: repetição de consoantes... Onde podemos encontrar este recurso (figura de linguagem)? E que nome é dado a ele(a)?
      No verso: “Nus cristais, fogo dos vitrais...” – A figura é aliteração.

5 – Qual a relação entre o título e o corpo do texto? Que outro título você daria a este texto?
      Um amor do passado apareceu de repente.

6 – “Amar e desejar a vida que não deu as mãos”. Em sua opinião, quando a vida não está nas mãos? Explique:
      Resposta pessoal do aluno. (Quando não conseguimos ou não conquistamos o que queríamos.

7 – Destaque da canção todas as comparações, dizendo de qual você mais gostou e por quê:
      As comparações são:
      - “As lágrimas correndo como nus cristais, fogo dos vitrais, pagãos;”
      - “Amar e desejar a vida que não deu as mãos mas vai dentro da gente como explosão do ar como furação no mar.”
      OBS.: O restante da resposta é pessoal.

8 – Indique quantos fonemas e quantas letras há em: TEMPO, PASSOU, CHOREI E BRILHAR:
      TEMPO: possui 05 letras e 04 fonemas.
      PASSOU: possui 06 letras e 05 fonemas.
      CHOREI: possui 06 letras e 05 fonemas.
      BRILHAR: possui 07 letras e 06 fonemas.

9 – Como o eu lírico se sente na música?
      Indeciso e carente de saudades do passado.

10 – Por que no final do texto o eu lírico se questiona se precisa de mais?
      Ele se sente feliz com a volta de sua amada e diz que precisa de sua presença para se sentir completo.


terça-feira, 5 de setembro de 2017

CRÔNICA: O CÉU - CLARICE LISPECTOR - COM GABARITO


CRÔNICA – O CÉU
                        Clarice Lispector

  

        Não me lembro quando estive em Caxambu, acompanhando meu pai. E uma noite, com uma amiga, mas dessas que não enchem o ar com palavras, fomos para um descampado. E lá, meio inclinada para trás, olhei para o céu.
        O céu, no campo, é de um azul-marinho profundo e veem-se como cristais milhares de estrelas. Olhando para o céu, fiquei tonta de mim mesma.
        Como?! Como o ser humano é genial! Como é que foram inventar o planetário?
        No dia 25 de julho de 1971 fui ver o céu no planetário. Era domingo. E nesse dia iam mostrar Júpiter em particular. O céu é coisa de louco ou de gênio. Fiquei muito contente de ver o Sol. E era dia do signo Sagitário, que é meu. Júpiter é o mais poderoso de todos os planetas. Tem uma série de satélites.
        Depois de 15 de agosto vou ver o planeta Marte. Será que algum planeta, além da terra, é habitado? Somos uns privilegiados. Sobra tanta matéria-prima aqui conosco que até animais temos, animais puros como o tigre e um animal horrível cujo o nome não quero escrever.
        Juro que nós devíamos ser mais unidos: porque o Universo é tão grande que ultrapassa qualquer linha de horizonte. Se nós não nos amarmos, estamos perdidos. É melhor nós nos encontrarmos em Deus.

                                      Clarice Lispector. Jornal do Brasil, 7-8-1971.

1 – No primeiro parágrafo, a autora, referindo-se à sua amiga, quis dizer que esta era uma pessoa:
      (   ) Triste.             (X) Calada.           (   ) Arrogante.

2 – No segundo parágrafo, as estrelas são comparadas a Cristais por causa de:
       (   ) Sua forma.         (   ) Sua cor.      (X) Seu brilho.

3 – “Fiquei tonta de mim mesma”. Assinale a melhor interpretação dessa frase:
      (   ) Senti tonturas de tanto olhar o céu.
      (X)  Senti-me insignificante, atordoada, diante da intensidade e beleza do céu estrelado.
      (   ) Senti orgulho de ser um habitante do planeta Terra.

4 – Releia o terceiro parágrafo e, depois, complete de acordo com o texto:
      A invenção do planetário é uma prova, uma demonstração da Inteligência humana.

5 – Destaque do quanto parágrafo a frase com que a autora exprime a sua admiração, o seu espanto, diante da estupenda grandiosidade do espaço celeste povoado de astros.
      O céu é coisa de louco ou de gênio.

6 – “E era dia do signo Sagitário, que é meu.” A autora quis dizer que, nesse dia, o horóscopo prognosticava para ela:
      (X) Acontecimentos favoráveis, coisas boas.
      (   ) Acontecimentos desagradáveis, coisas más.

7 – Por que a autora diz, no penúltimo parágrafo, que “somos uns privilegiados”?
      Porque a Terra, pelo que se sabe, é o único planeta habitado.

8 – A que “animal horrível” se refere a escritora, no penúltimo parágrafo?
      Provavelmente a cobra.

9 – No parágrafo final, a autora recomenda a união e o amor entre as criaturas humanas.

10 – Assinale os dois fatos que inspiraram esta crônica a Clarice Lispector:
      (X) Sua ida a Caxambu.
      (   ) A leitura do horóscopo.
      (   ) Os satélites de Júpiter.
      (X) A visita ao planetário.

FILME(ATIVIDADES): SHREK 2 - ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA INTERTEXTUALIDADE - COM GABARITO

INTERTEXTUALIDADE NO FILME: SHREK 2

  INTERTEXTUALIDADE
        A intertextualidade é o processo de incorporação de um texto em outro.

SHREK  INTERTEXTUALIDADE COM “A PRINCESA E O SAPO”
        Os reis de Tão Tão Distante, pais de Fiona, chamam a filha e seu marido para o castelo, após saberem que ela se casou. Porém, ao chegarem lá, os pais não se agradam da escolha da filha, pois era pra ela se casar com o Príncipe Encantado e assumir a forma de humana. Na verdade, foram os pais de Fiona que pediram à Fada Madrinha da filha para que ela virasse ogro até se casar. Então o rei paga ao Gato de Botas para ele matar Shrek. Porém o gato acaba virando amigo deles e tudo dá errado. Então a Fada, o rei e o Príncipe tentam de tudo para que Fiona largasse Shrek e casasse com o Príncipe, mas não conseguem. O Rei acaba permitindo que a filha continuasse com Shrek. A Fada irritada transforma o Rei em sapo para sempre. Neste filme, a Dragão Fêmea tem trigêmeos, uma espécie de draburros, burros que tem asas de dragão e cospem fogo.

INTERTEXTUALIDADE COM: “CHAPEUZINHO VERMELHO”

        "No clipe, além do prazer visual, ao flagrar o rosto aterrorizado de Chapeuzinho Vermelho que foge, ao ser recebida por Shrek e Fiona -- esquecendo sua cesta com um par de coxas de frango assadas que seria, mais tarde, saboreado pelos ogros"

INTERTEXTUALIDADE EM: “O GATO DE BOTAS”

        O Gato de Botas foi contratado para destruir Shrek, a mando do Rei Harold, pois Harold queria que, sua filha (a Princesa Fiona) se casasse com o Príncipe Encantado. Após um confronto com Shrek e o Burro, o Gato de Botas decide se unir aos dois. Dono de um impagável sotaque espanhol (e um humor até certo ponto sarcástico), o Gato de Botas decide ir com Shrek e o Burro até a fábrica de poções da Fada Madrinha, para mudar a aparência de Shrek através de magia. No local, eles conseguem enganar o recepcionista, e quando entram na "Sala de Poções", o Gato de Botas escala as prateleiras até conseguir alcançar a poção de beleza que seu amigo, Shrek, deseja. Depois de fugirem da fábrica, o trio (Shrek, Burro e Gato de Botas) acaba em um casebre no meio da floresta, e Burro e Shrek, já sob efeito da poção ingerida, se transformam, respectivamente, em um alazão e em um homem.
        O Gato de Botas, acompanha os amigos até o castelo dos pais de Fiona (Rei Harold e Rainha Lilian), para que o ogro, agora em forma humana, se reconcilie com a esposa.

SHREK, O ANTI-HERÓI
        O filme “Shrek” é um conto de fadas remodelado e inovador, que tem como argumento satirizar os contos de fadas, onde mostra personagens fictícias como se vivessem na nossa época onde a procura pela felicidade através da beleza é notória, assim como a luta entre classes sociais, a falta de carácter de algumas personagens e principalmente o romance entre duas novas personagens de carácter anti-heróico.
        O sucesso deste filme de animação deve-se principalmente à interatividade que se estabelece com o receptor, à intertextualidade com contos tradicionais da cultura ocidental, aos contos de fadas presentes no filme e ainda à fusão de horizontes e expectativas do emissor e receptor da mensagem fílmica. A criatividade das personagens e os elementos inteligentes da história fazem com que as crianças, os jovens e os adultos se divirtam, uma vez que os produtores exploram a cultura pop para agradar além das crianças, o público adolescente e a muitos adultos que sabem apreciar o enredo, a técnica e o dinamismo do guião apresentado.
        O filme começa como um livro de conto de fadas fechado, uma abertura clássica dos contos de fadas tradicionais e o ogro, Shrek a ler um conto de fadas. As páginas são folheadas e a leitura acaba. Começa com: “era uma vez uma linda princesa mas havia um terrível feitiço sobre ela que só poderia ser quebrado pelo primeiro beijo do seu amor. Foi trancada num castelo, guardada por um terrível dragão que cuspia fogo. Muitos bravos cavaleiros tentaram libertá-la desta horrível prisão mas ninguém conseguiu. Ela esperou sob a guarda do dragão, no quarto mais alto da torre mais alta pelo seu verdadeiro amor e pelo primeiro beijo do seu verdadeiro amor.” Após isto começa a tocar uma outra música mais animada (dos Smash Mouth, banda de rock). Durante essa música, o ogro aparece a cuspir num lago e a arrotar. O espelho até parte quando este o olha. Só por este início, já é possível pensar que há uma certa intenção de chocar quem assiste o filme, pois são aspectos que não são veiculados em novelas, séries e outros filmes, uma vez que fazem parte da intimidade das pessoas. Entretanto neles, o receptor reconhece-se, de modo a que os seus valores contraditórios são incorporados, de uma certa forma.
        Contar histórias às crianças é uma tradicional atividade familiar. Estas podem ser criadas no momento ou lidas através de contos tradicionais livros de contos e fábulas, sendo essas histórias por exemplo a Branca de Neve, Pinóquio, Rapunzel, o Gato de Botas, os Três Porquinhos e outros memoráveis contos infantis que mudam de carácter dependendo de quem conta e do tom com que a apresentação acontece. Este filme é portanto uma leitura metafórica dos filmes infantis clássicos dentro do próprio filme. Acaba ainda com o feio Shrek que se casa com a bela princesa Fiona, de modo a que o conto de fadas às avessas teve o seu final imperfeitamente perfeito.
        Ao nível da análise das personagens podemos dizer que estas têm traços psicológicos, virtudes/defeitos e atitudes que podem ser reconhecidas nos humanos. Shrek é um ogro verde, feio e mal cheiroso que, solitário, vive a sua vida no pântano, apavorando a vizinhança. Fiona é uma princesa inteligente, doce, frágil e amigável mas uma é também uma mulher moderna, forte e conflituosa. O Burro, é uma personagem cómica, na medida em que fala, canta, dança e não para quieto. É também o mais fiel amigo de Shrek. No núcleo dos vilões está o Lord Farquaad, personagem pequena, franzina, cabeçuda, vaidosa e covarde.
        Em síntese podemos afirmar que estamos perante uma intertextualidade explícita, hetero autoral, nos diferentes contos de fadas e exoliterária. Neste conto de fadas às avessas é possível ainda afirmar que há uma intertextualidade entre o filme e a vida real, havendo uma clara crítica social implícita nele, com o recurso quer à imagem das personagens, quer à animação através da banda sonora e também da animação dos desenhos animados.
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DA INTERTEXTUALIDADE DO FILME SHREK 2

1 – Sempre que um texto faz alusão, cita ou dialoga com outro chama-se?
      Intertextualidade.
2 – O filme é uma narrativa que resulta das divergências que quais linguagens?
      Verbal, visual.
3 – Que elementos narrativos aparecem no filme?
      Falas, personagens, cenário, sonorização e trilha sonora.
4 – “No clipe, além do prazer visual, ao flagrar o rosto aterrorizado de Chapeuzinho Vermelho que foge, ao ser recebida por Shrek e Fiona – esquecendo a cesta com que dentro?
      Com um par de coxas de frango assados que seria, mais tarde, saboreado pelos ogros.
5 – O gato de Botas foi contratado para destruir Shrek, a mando de quem?
      (   ) Da Fada Madrinha.
      (X)  Do Rei Harold.
      (   ) Da Rainha Lilian.
      (   ) Do Príncipe Encantado.
6 – Em que momento Shrek transforma em forma humana e se reconcilie com a Fiona?
      Após ingerir a poção da beleza na fábrica de poções da Fada Madrinha.
7 – O filme “Shrek” é um conto de fadas remodelado e inovador, que tem como argumento satirizar os contos de fadas, onde mostra que tipos de personagens?
      (   ) Coadjuvantes.
      (   ) Figurantes.
      (   ) Verdadeiros.
      (X)  Fictícios.
      (   ) Históricos.
8 – Este filme é uma leitura metafórica dos filmes infantis clássicos dentro do próprio filme e como acaba?
      Acaba ainda com o feio Shrek, que se casa com a bela princesa Fiona, de modo a que o conto de fadas as avessos teve o seu final imperfeitamente perfeito.
9 – Ao nível da análise das personagens podemos dizer que estas têm traços psicológicos, virtudes/defeitos e atitudes que podem ser reconhecidas nos humanos. Caracterize os seguintes personagens:
      Shrek:
      É um ogro verde, feio e mal cheiroso, solitário, vive no pântano apavorando a vizinhança.
      Fiona:     
      É uma princesa inteligente, doce, frágil, amigável, mas também uma mulher moderna, forte.
      Burro:
      É uma personagem cômica, na medida em que fala, canta, dança e não para quieto. Amigo fiel de Shrek.
10 – Escreva um pequeno resumo do filme Shrek 2. (Mínimo 10 linhas).
      Resposta pessoal do aluno.