domingo, 10 de agosto de 2025

TEXTO: PERCUSSÃO E OUTRAS FAMÍLIAS - ARTE EM INTERAÇÃO - COM GABARITO

 Texto: Percussão e outras famílias

        Existem várias maneiras de classificar instrumentos musicais. Uma das mais conhecidas e usadas é a de três categorias, às vezes chamadas de famílias: a percussão, as cordas e s sopros.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8KtQhzbGE3bMCi4Wz0UZ_io3zrjpsasPsNWEUXXvVEBaKMyj0dvAZzOFEgArbLLPKbFbR6bHrAE3g4ABFtxPljb40qgwuQpYi_Ta-PROgiFqKmlkGB6ESTvANMoMLL3dXEvmY0dpi9ZJrBHn4zvnxYIds2lr0xwkyCgM19K71A09XGNpmH1pjDvrH23o/s320/sddefault.jpg


        Percussão: instrumentos que são percutidos (batidos), chacoalhados ou raspados, sendo a categoria mais numerosa. Pela ampla variedade de instrumentos, é subdividida em membranofones (com alguma membrana que vibra) e ideofones (o corpo todo do instrumento é usado para produzir sons).

        Exemplos de membranofones: pandeiro, surdo, tímpano, caixa etc.

        Exemplos de ideofones: marimba. Triângulo, reco-reco etc.

        Cordas: instrumentos que usam cordas par produzir o som. Também conhecidos como cordofones.

        Exemplos: violão, violino, rabeca etc.

        Sopros: instrumentos que produzem sons pela vibração do ar, soprando ou por mecanismos para movimentá-lo. Também conhecidos como aerofones.

        Exemplos: flauta, pífano, clarineta, sanfona etc.

        Atualmente, na música, é muito comum a presença de instrumentos eletroeletrônicos, como guitarras elétricas ou teclados eletrônicos. Esses instrumentos podem ser categorizados como eletrofones.

        Outras categorias ainda podem se referir ao material dos instrumentos, como metais e madeiras; ou mecanismos para tocá-los, como instrumentos de teclado.

        Assim, os instrumentos podem se encaixar em diferentes classificações. Por exemplo: o piano é um instrumento de cordas ou cordofone (o que faz o instrumento soar), é de teclado (pela maneira como é tocado) e também pertence à percussão (porque o teclado aciona um mecanismo que bate nas cordas com um martelinho).

        Ritmo

        Como já foi visto, a música acontece no tempo.

        O ritmo é a maneira como os sons se comportam durante um tempo e a relação que criam entre si. Ele é intrínseco a toda e qualquer música, portanto existem infinitas possibilidades rítmicas.

        O conceito de ritmo pode ser utilizado de várias maneiras e em diferentes áreas de conhecimento, sempre mantendo uma ideia similar: a de movimento. É o ritmo que cria a percepção de velocidade podendo ser lento, rápido, variado, agitado, tranquilo etc. por exemplo, a fala tem um ritmo próprio. Quando falamos “bom dia” de maneira natural, a palavra “bom” pode ter uma duração igual ou similar à palavra “dia”, mesmo a segunda tendo duas sílabas. Obviamente há várias maneiras de falar essa frase: com pressa ou lentamente, marcando cada sílaba de maneira periódica. Assim, o ritmo é definido pela quantidade de tempo entre as sílabas. Cada pessoa, cada situação e cada sotaque terá um ritmo particular.

        Da mesma maneira que na fala, na música variamos o ritmo para expressar diferentes ideias ou sensações. Embora haja uma variedade infinita de ritmos, as músicas, em sua maioria, são construídas sobre ciclos de tempo periódicos.

        Pulso, tempo e acento

        O pulso é um dos elementos mais importantes do ritmo. Ele é o responsável por criar a sensação cíclica no ritmo das músicas. Considere o caso do andar, em que cada passo pode ser visto como um ciclo. Podemos dizer que o andar tem um pulso, e assim cada pessoa cria um ritmo próprio quando caminha. A música, inclusive, usa a palavra “andamento” para se referir à velocidade e ao pulso específico de cada obra.

        Existe sempre uma relação entre o pulso e o tempo real. Por exemplo: 60 pulsos por minuto indicam um pulso de 1 segundo de duração. Já 120 pulsos por minuto indicam uma maior velocidade, com 2 pulsos por segundo.

         Pulsos e tempos podem variar, dependendo dos gêneros musicais e das culturas em questão. Por exemplo, nas músicas feitas par dançar, é o pulso que direciona muitos dos movimentos das pessoas.

        Termos como “batida”, “pulsação” ou “batimento” também costumam ser usados como sinônimos de pulso, mas nem sempre esse uso é adequado.

        A maior parte das músicas é feita de ritmos com pulsos claros e marcados. Nelas, a periodicidade é um dos elementos mais constantes. Por exemplo, a repetição das onomatopeias “tum tum pá..., tum tum pá...” cria um ritmo com um pulso marcado e poderia ser usada como base rítmica para construir uma música.

        Ritmos aperiódicos (saem pulso claro) são menos comuns, mas também existem na música e podem ser encontrados em muitas manifestações culturais no mundo.

        O “acento” é um termo que indica alguma ênfase (normalmente, um aumento de intensidade) em determinado som. No ritmo, ele é importante porque ajuda a criar diferentes dinâmicas entre sons. Considere o exemplo do andar. Ao andar, os passos são iguais em intensidade. Mas contando 1, 2, 1, 2 (pé direito, pé esquerdo) e acentuando o passo direito, por exemplo, transforma-se o andar num tipo de marcha. Acentuando o número 2, com o pé esquerdo, também se cria a marcha, mas muda-se a percepção do ritmo. Isso porque mudou o acento, não o pulso.

        Compasso

        O compasso é um conceito da teoria musical criado para organizar as notas musicais no tempo, isto é, cada compasso é um ciclo de tempo que se repete durante toda a música e envolve certa quantidade de pulsos (ou tempos). Assim, os compassos podem ser de 2, 3, 4 ou mais tempos.

        Considere o exemplo da marcha: pé direito, pé esquerdo, 1, 2, 1, 2 e assim sucessivamente. Aqui o compasso é de dois tempos. A leitura das sílabas do exercício anterior foi feita sobre um compasso de quatro tempos.

Fonte: Arte em Interação – Hugo B. Bozzano; Perla Frenda; Tatiane Cristina Gusmão – volume único – Ensino médio – IBEP – 1ª edição – São Paulo, 2013. p. 72-76.

Entendendo o texto:

01 – Quais são as três principais categorias de instrumentos musicais mencionadas no texto e como elas são definidas?

      As três principais categorias, ou famílias, de instrumentos musicais mencionadas no texto são: percussão, cordas e sopros.

      Percussão: Instrumentos que produzem som ao serem batidos (percutidos), chacoalhados ou raspados. É a categoria mais numerosa e se subdivide em membranofones (com membrana vibratória) e ideofones (o corpo do instrumento vibra para produzir som).

      Corda (Cordofones): Instrumentos que utilizam cordas para produzir o som.

      Sopros (Aerofones): Instrumentos que geram sons pela vibração do ar, seja soprando diretamente ou através de mecanismos que movimentam o ar.

02 – O texto apresenta uma categoria adicional para instrumentos musicais modernos. Qual é essa categoria e quais exemplos são dados?

      O texto apresenta a categoria dos eletrofones para instrumentos musicais modernos. Estes são instrumentos eletroeletrônicos que se tornaram muito comuns na música atual. Exemplos dados incluem guitarras elétricas e teclados eletrônicos.

03 – De que maneira um instrumento pode se encaixar em diferentes classificações, como exemplificado pelo piano?

      Um instrumento pode se encaixar em diferentes classificações devido às diversas maneiras de classificá-los, que podem se referir ao material, ao mecanismo de toque ou à forma como o som é produzido. O texto usa o piano como exemplo: ele é um cordofone (as cordas produzem o som), é um instrumento de teclado (pela forma de tocar) e também pertence à percussão (porque o teclado aciona um mecanismo que percute as cordas com um martelinho). Isso demonstra a complexidade e a sobreposição das categorias de classificação.

04 – Qual a definição de ritmo apresentada no texto e como ele se manifesta na fala humana?

      O ritmo é definido no texto como a maneira como os sons se comportam durante um tempo e a relação que criam entre si. Ele é intrínseco a toda e qualquer música, oferecendo infinitas possibilidades. Na fala humana, o ritmo se manifesta na percepção de velocidade e na duração das sílabas e palavras. O texto exemplifica com a frase "bom dia", onde a duração de "bom" pode ser similar à de "dia", mesmo com a diferença de sílabas. O ritmo da fala é particular a cada pessoa, situação e sotaque, variando conforme a pressa ou a forma de marcar as sílabas.

05 – Explique o conceito de "pulso" no contexto musical e como ele se relaciona com o "andamento" de uma obra.

      O pulso é um dos elementos mais importantes do ritmo e é o responsável por criar a sensação cíclica na música, como os passos de uma caminhada. Ele estabelece uma base regular e contínua para o ritmo. A música utiliza o termo "andamento" para se referir à velocidade e ao pulso específico de cada obra musical, evidenciando a conexão direta entre o pulso e a percepção de tempo e velocidade na música. Há uma relação clara entre o pulso e o tempo real, como 60 pulsos por minuto indicando um pulso de 1 segundo de duração.

06 – Qual a função do "acento" no ritmo e como ele se diferencia do pulso?

      O acento no ritmo indica alguma ênfase, normalmente um aumento de intensidade, em um determinado som. Sua função é crucial para criar diferentes dinâmicas entre os sons. O texto diferencia o acento do pulso através do exemplo da caminhada: os passos têm um pulso constante, mas ao acentuar um pé específico (por exemplo, o pé direito ao contar "1, 2, 1, 2" e enfatizar o "1"), o andar se transforma em uma marcha. Isso demonstra que a mudança no acento altera a percepção do ritmo, mas não o pulso subjacente, que permanece constante.

07 – O que é um "compasso" na teoria musical e como ele se relaciona com os conceitos de pulso e tempo?

      O compasso é um conceito da teoria musical criado para organizar as notas musicais no tempo. Ele representa um ciclo de tempo que se repete durante toda a música e envolve uma certa quantidade de pulsos (ou tempos). Assim, os compassos podem ser de 2, 3, 4 ou mais tempos. Ele estrutura a música em segmentos regulares, definindo a periodicidade e a forma como os pulsos são agrupados e percebidos dentro de um ciclo temporal maior, como exemplificado pela marcha ("pé direito, pé esquerdo" indicando um compasso de dois tempos).

 

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