Notícia: Cirurgia plástica em adolescentes – Fragmento
A
procura quadruplicou em cinco anos, o que merece a atenção para as motivações e
as consequências da intervenção nessa fase da vida
O número de cirurgias plásticas vem
aumentando consideravelmente nos últimos tempos e, com isso, a presença do
adolescente também ficou mais constante nos consultórios médicos, sendo
necessário dar mais atenção às suas motivações, seus problemas e as
consequências das plásticas nessa pessoa. Em 2000, 5 entre 100 pacientes que
procuravam meu consultório tinham de 6 a 16 anos. Este ano o número saltou para
22 entre 100 pacientes!
[...]

Todos nós, principalmente aqueles que
têm filhos, sabemos que o adolescente está em constante mudança, e que a sua
vontade por uma plástica hoje pode não ser a mesma amanhã, podendo não aceitar
os resultados conseguidos.
Determinar os efeitos da plástica em um
organismo em desenvolvimento não é muito fácil, mas hoje essas condutas estão
mais padronizadas. Mesmo assim, o problema principal é o aspecto psicológico do
adolescente, que deve ser bem analisado para conseguir boa indicação para a
cirurgia, de maneira que seus anseios sejam atingidos e os resultados fiquem
dentro de sua expectativa.
Quando se chega à conclusão de que o
problema em si está dificultando o relacionamento em seu grupo social e, se
possível, apoiado por educadores e psicólogos, então a cirurgia é realizada.
Se a cirurgia plástica normalmente
influencia a vida de quem a procura, as alterações no adolescente são muito
mais perceptíveis, e, em geral, contribuem para o seu desenvolvimento
psicossocial. Normalmente no primeiro curativo são notadas sensíveis alterações
como postura corporal e fala mais espontânea.
[...]
Ainda sim, com todos os benefícios,
devemos lembrar que os riscos inerentes à cirurgia, anestesia, internação em
ambiente hospitalar, medicamentos e outros fatores sempre irão existir, e se
nossa geração, que passou pela adolescência há 20, 30 anos, resolveu suas “neuras”
sem recorrer a cirurgias, por que os adolescentes de hoje também não podem
resolvê-las da mesma maneira? Essa questão fica em aberto.
Hans Arteaga. Cirurgia plástica
em adolescentes. Disponível em: http://www.terra.com.br/istoeegente/320/saude/index.htm.
Acesso em: 26 mar. 2015.
Fonte: Universos –
Língua Portuguesa – Ensino fundamental – Anos finais – 9º ano – Camila Sequetto
Pereira; Fernanda Pinheiro Barros; Luciana Mariz. Edições SM. São Paulo. 3ª
edição, 2015. p. 215.
Entendendo a notícia:
01 – Qual foi o aumento na
procura por cirurgias plásticas entre adolescentes em cinco anos, de acordo com
o texto?
A procura por
cirurgias plásticas entre adolescentes quadruplicou em cinco anos. Em 2000, 5
em cada 100 pacientes tinham entre 6 e 16 anos; no ano do texto, esse número
subiu para 22 em cada 100 pacientes.
02 – Qual é a principal
preocupação do texto em relação às cirurgias plásticas em adolescentes?
A principal preocupação
é com os aspectos psicológicos do adolescente, como suas motivações e a
possibilidade de que sua vontade mude, levando-o a não aceitar os resultados da
cirurgia no futuro.
03 – Em que situação a
cirurgia plástica é considerada uma boa indicação para um adolescente, segundo
o texto?
A cirurgia é
considerada indicada quando o problema estético está dificultando o
relacionamento social do adolescente. A decisão deve ser apoiada por educadores
e psicólogos.
04 – Quais são os benefícios
observados após a cirurgia em adolescentes?
As alterações no
adolescente são muito perceptíveis e, em geral, contribuem para o seu
desenvolvimento psicossocial. Já no primeiro curativo, é possível notar
mudanças como uma melhor postura corporal e uma fala mais espontânea.
05 – O texto apresenta uma
crítica ou questionamento sobre as cirurgias plásticas em adolescentes? Qual é
ele?
Sim, o texto
levanta um questionamento ao final. O autor pergunta por que os adolescentes de
hoje não podem resolver suas "neuras" da mesma forma que a geração
anterior, que não precisou recorrer a cirurgias plásticas para superar as
inseguranças da adolescência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário