domingo, 10 de agosto de 2025

TEXTO: A HISTÓRIA DOS LIVROS - PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES - COM GABARITO

 Texto: A história dos livros

        Quando pensamos em um livro, geralmente imaginamos um conjunto de folhas impressas em papel. Nossa ideia de livro está associada a um tipo de material, o papel, e à técnica de impressão. Assim, não nos referimos a livro quando lemos um texto escrito no computador nem quando o texto é escrito à mão.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6o127PYZ-Dm-_X6Swu34i-mkPRCYV9dZKICkVlRAX02Fa93jmO1MXD1z8JfO_8eFPFn0j7AStfY3U-NkuTYWoFkTWCMnACI4AsSCG7Naye-c9u7sZL3gQgjd5hu75XGVFa3zYwO7Jo2QBpX3z3WYcWcvlZXyvAH-esIt7F4CbPS-FkIlbutEC-er8t0Q/s320/historia-do-livro-o-que-foi-origem-escrita-e-primeiras-obras.jpg

        No entanto, a palavra "livro", que vem da forma latina liber, designava a camada externa da casca das árvores, o que nos dá uma pista de como se escrevia antigamente. Os livros nem sempre tiveram o formato atual. Foi durante a Idade Média que passaram a ter um aspecto parecido ao de hoje. Antigamente, como os livros eram escritos à mão, eles não eram muito difundidos, porque havia poucos exemplares. A partir da invenção da imprensa, no século XV, foi possível imprimir livros em grande quantidade, tornando-os acessíveis a um maior número de pessoas.

        No ano de 1436, na Alemanha, um joalheiro chamado Johannes von Gutenberg inventou a imprensa. Graças a essa invenção, puderam ser feitas muitas cópias de um mesmo livro, não sendo mais necessário copiá-los à mão. Esses manuscritos, anteriores à invenção de Gutenberg, são chamados códices. E os livros que foram impressos na segunda metade do século XV, entre 1436 e 1500, são chamados incunábulos.

        Graças ao desenvolvimento de novas tecnologias, atualmente não existem livros apenas de papel, mas também em suporte informático, isto é, podem ser lidos na tela de um computador.

        Quem escrevia os livros?

        Inicialmente, os homens escreviam para anotar a quantidade de animais que tinham. Assim, podiam guardar a informação e controlar os animais que eram vendidos, que se perdiam ou que morriam. O que se escrevia na Antiguidade, portanto, não eram livros, mas breves anotações comerciais.

        Com exceção dos documentos comerciais, apenas os sacerdotes podiam escrever livros, porque se acreditava que a escrita era um dom concedido pelos deuses. Essas pessoas eram as únicas que tinham permissão para ler os livros sagrados. Assim, durante a Idade Média, na Europa, os monges foram encarregados de copiar tais obras, à mão.

        Esses monges eram chamados copistas. Já nos países do Oriente, como na Pérsia, por exemplo, os encarregados de copiar e ilustrar livros não eram os monges, mas sim algumas famílias. E todos os membros deviam se dedicar a esse trabalho.

        Além de livros religiosos, também começaram a ser escritos tratados científicos e filosóficos, que analisavam e explicavam o universo, as leis da natureza e questões da existência humana, tal como se pensava até então.

        Graças à invenção da imprensa, foi possível imprimir e divulgar cada vez mais livros. Atualmente, qualquer pessoa pode escrever sobre os mais variados assuntos. A informática tem facilitado ainda mais a atividade dos escritores.

        Os livros e os conflitos

        Conhecemos, ao longo da história, muitos episódios em que alguns povos, para dominar outros, destruíam ou pilhavam suas bibliotecas. Dessa forma, eles não podiam preservar a sua história nem aprender com a experiência dos seus antepassados, contida nos livros.

        Um exemplo disso foi o que aconteceu com a famosa Biblioteca de Alexandria, no Antigo Egito: quando os romanos invadiram a cidade de Alexandria para conquistá-la, queimaram a sua imensa biblioteca. Na Europa, no período da Inquisição, entre os séculos XV e XVI, a Igreja Católica também ordenou a queima de livros considerados contra a fé cristã. Quase em meados do século XX, durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de livros foram queimados em praça pública pelo regime nazista, por serem considerados contrários ao sistema político.

Extraído de: Aprendendo Português. Conteúdos essenciais para o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série, de Cesar Coll e Ana Teberosky, São Paulo, Ática, 2000, p. 113, 114 e 115.

Códice é o nome dado aos livros escritos à mão, antes da invenção da imprensa. A maioria desses livros foi escrita por monges, chamados escribas.

Incunábulo é o nome dado aos livros impressos entre 1436 e 1500.

Livro sagrado é um livro que reúne a história e os ensinamentos de uma religião.

Copista era o homem que, na Idade Média, se dedicava a copiar os livros, quando ainda não existia a imprensa e era necessário fazê-los à mão.

Fonte: Programa de Formação de Professores Alfabetizadores. Coletânea de textos – Módulo 1. p. 89-90.

Entendendo o texto:

01 – Qual a etimologia da palavra "livro" e o que ela nos revela sobre os materiais de escrita antigos?

      A palavra "livro" vem do latim liber, que designava a camada externa da casca das árvores. Isso revela que, antigamente, a casca de árvores era um dos materiais utilizados para a escrita, antes do papel.

02 – Quando os livros começaram a ter um formato semelhante ao atual e qual invenção revolucionou sua produção?

      Os livros começaram a ter um formato parecido com o atual durante a Idade Média. A invenção da imprensa por Johannes von Gutenberg na Alemanha, em 1436, revolucionou a produção, permitindo a impressão em grande quantidade e tornando os livros mais acessíveis.

03 – Qual a diferença entre "códices" e "incunábulos"?

      Códices são os livros que foram escritos à mão antes da invenção da imprensa por Gutenberg. Incunábulos são os livros que foram impressos na segunda metade do século XV, especificamente entre 1436 e 1500.

04 – Quem eram os primeiros a escrever e ler livros na Antiguidade e na Idade Média, e qual era o propósito inicial da escrita?

      Inicialmente, os homens escreviam breves anotações comerciais para controlar animais. Com exceção desses documentos, na Antiguidade, apenas os sacerdotes podiam escrever e ler livros, pois a escrita era vista como um dom divino. Na Idade Média, os monges copistas na Europa e famílias específicas no Oriente (como na Pérsia) eram encarregados de copiar obras, principalmente religiosas.

05 – Além dos livros religiosos, que outros tipos de obras começaram a ser escritos?

      Além dos livros religiosos, também começaram a ser escritos tratados científicos e filosóficos. Essas obras analisavam e explicavam o universo, as leis da natureza e questões da existência humana, refletindo o conhecimento da época.

06 – Como a informática tem influenciado a atividade dos escritores e o acesso aos livros atualmente?

      Atualmente, a informática facilitou a atividade dos escritores, permitindo que qualquer pessoa escreva sobre diversos assuntos. Além disso, a tecnologia possibilitou o surgimento de livros em suporte informático, ou seja, que podem ser lidos em telas de computador, ampliando o acesso e a forma de consumo da leitura.

07 – De que forma os livros e as bibliotecas foram alvos de destruição em momentos de conflito na história?

      Cite exemplos mencionados no texto. Os livros e as bibliotecas foram alvos de destruição para dominar povos e impedir a preservação de sua história e conhecimento. Exemplos incluem a queima da Biblioteca de Alexandria pelos romanos, a ordem da Igreja Católica para queimar livros considerados contrários à fé cristã durante a Inquisição (séculos XV e XVI), e a queima de milhares de livros pelo regime nazista no século XX por serem contrários ao sistema político.

 

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