Poesia: Canto da estrada aberta
Walt
Whitman
A pé e de coração leve
Eu enveredo pela estrada aberta,
Saudável, livre, o mundo à minha frente,
A minha frente o longo atalho pardo
Levando-me aonde eu queira.

Daqui em diante não peço mais boa sorte,
Boa sorte sou eu.
Daqui em diante não lamento mais,
Não transfiro, não careço de nada;
Nada de queixas atrás das portas,
De bibliotecas, de tristonhas críticas;
Forte e contente vou eu
Pela estrada aberta.
Folhas das folhas de
relva. São Paulo, Brasiliense, 193.
Fonte: Letra e Vida.
Programa de Formação de Professores Alfabetizadores – Coletânea de textos –
Módulo 3 – CENP – São Paulo – 2005. p. 253.
Entendendo a poesia:
01 – Como o eu lírico descreve
seu estado de espírito ao iniciar sua jornada pela estrada aberta?
O eu lírico se
descreve "a pé e de coração leve", sentindo-se "saudável,
livre" e com "o mundo à sua frente".
02 – O que o eu lírico afirma
ser a "boa sorte" para ele, a partir de agora?
Ele declara que, dali em diante, a própria "boa
sorte" é ele mesmo, indicando uma autoconfiança e autonomia.
03 – De que elementos o eu
lírico decide não precisar mais em sua jornada?
O eu lírico
decide não precisar mais de lamentos, de transferir responsabilidades ou
culpas, e de queixas, bibliotecas ou críticas tristonhas.
04 – Qual a atitude geral do
eu lírico em relação ao futuro e à sua caminhada?
Ele demonstra uma
atitude de força e contentamento, seguindo pela estrada aberta com determinação
e otimismo.
05 – Qual a importância da
"estrada aberta" para o eu lírico, simbolicamente?
A "estrada
aberta" simboliza a liberdade, a autonomia e a jornada da vida, onde ele
pode ir aonde quiser, sem depender de fatores externos ou de restrições.
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