ARTIGO DE OPINIÃO - CRIANÇAS
NO SINAL
É o poder aquisitivo da população que atrai para as ruas da Zona Sul mendigos
de todas as regiões do Rio e até de outros municípios do Estado. No entanto
pelas estimativas da Secretaria de Desenvolvimento Social, o número total de
famílias que fica nas ruas não passaria de 70, algo como 350 pessoas.
A operação Zona Sul Urgente, que a prefeitura acabou de pôr em prática para
enfrentar o problema, já começa a dar resultados. Conta com a ajuda da Guarda
Municipal necessária porque há resistência dos mendigos; mas também participam
ativamente do programa educadores sociais, assistentes sociais e psicólogos.
Hoje,
a criança inspira pena; amanhã, poderá inspirar medo.
No último
fim de semana foram recolhidas quatro famílias (num total de 36 pessoas), uma
das quais foi enviada para o abrigo no Alto da Boa Vista. As outras três não
moravam nas ruas: tinham casas, e para lá voltaram, depois de receberem uma
bolsa de alimentação.
Dentro desse pequeno drama há um drama bem grande, que finalmente, ao que
parece, vai ser combatido para valer: o da exploração de crianças. Estima-se
que mais da metade dos mendigos da Zona Sul seja menores de idade. Mesmo para
quem está perfeitamente cônscio que é sempre melhor não dar esmola, é difícil
resistir ao ar infeliz do menino ou da menina que vende chicletes no sinal de
trânsito. É essa caridade equivocada que é explorada, agravando e perpetuando o
problema.
Hoje, a criança inspira pena; amanhã, como observa a secretaria de
Desenvolvimento Social, Wanda Engel, poderá inspirar medo.
As autoridades municipais estão corretas ao montar, paralelamente à operação
Zona Sul Urgente, uma campanha com o objetivo de convencer a população a não
dar esmolas. Mas é bom não confiar muito em seus efeitos, e sim na ação
concreta de resolver os mendigos.
Não são muitos, são até bem poucos, e, como a experiência tem mostrado, na
maioria dos casos não vivem realmente nas ruas. A operação, assim, tem todas as
condições de dar certo, desde que não se limite a um esforço ocasional.
Jornal O Globo, 14/10/1998.
01 – Qual
a tese que o autor do texto defendeu?
O poder aquisitivo da população da zona sul atrai pessoas em condição de rua de vários pontos do
Estado.
02 – A
tese foi articulada a partir da relação de causa e consequência.
a)
Qual a consequência apresentada?
A vinda das pessoas em condição de rua.
b)
Qual a causa apresentada para tal fato, constante da resposta “A”?
O poder aquisitivo da população da zona
sul.
03 –
Explique o emprego da palavra “até” no primeiro parágrafo.
Inclui mendigos (inclusão).
04 – Por
que motivo o autor, ainda no primeiro parágrafo, empregou o conector “no
entanto”?
Para apresentar posição contrária (porém suavizadora).
05 – Que
posição o autor assume para defender a diminuição (ou extinção) dos mendigos
nos sinais de trânsito?
Não dar esmolas.
06 –
Sobre a Operação Zona Sul Urgente, Qual o ponto de vista do autor?
O autor está de acordo, mas acrescenta que outras medidas devem ser assumidas,
como não dar esmolas, por exemplo.
07 – Para
fundamentar seus argumentos, de que elementos se utiliza o autor?
Dados estatísticos, exemplos.
08 – Na
opinião do autor, qual o maior drama, componente da situação em questão?
A caridade equivocada e não resistir ao ar infeliz dos menores em situação de rua.
09 –
Sobre o texto:
“É essa caridade equivocada que é explorada,
Agravando
e perpetuando o problema”.
Pergunta-se:
a) Qual ideia o termo “essa”
recupera?
Não resistir ao ar infeliz dos menores
mendigos.
b) A que “problema” o autor se
refere?
Exploração de menores.
c) Como ficaria o trecho se
eliminássemos a expressão “É... que....”, usássemos conector conclusivo nas
orações de verbo no gerúndio?
Essa caridade é equivocada e é explorada;
logo, agrava e perpetua o problema.
10 –
Acima do que o autor aprova, porque considera válido, Há uma posição firmada
sobre a ação a ser praticada quanto à permanência de mendigos na rua. Qual é
essa posição?
Fazer
campanha para não dar esmolas.
11– Sobre
as ideias do texto:
a) Você concorda com a tese do autor?
( )
Sim.
( )
Não
( ) Parcialmente.
Resposta pessoal.
b) Redija uma tese sobre o
assunto:
Resposta pessoal.
12 – Que
argumentos você usaria para fundamentar sua tese?
Resposta
pessoal.
13 –
Supondo que você tenha aprovado integralmente tudo o que foi colocado pelo
autor do texto, reescreva (resumindo) o último parágrafo, mantendo a ideologia
nele contida.
Resposta
pessoal.
Parabéns pelo Blog!
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