domingo, 25 de fevereiro de 2018

POEMA: O VINHO DE HEBE - RAIMUNDO CORREA - COM GABARITO

Poema: O VINHO DE HEBE

Quando o Olimpo nos festins surgia
Hebe risonha, os deuses majestosos
Os copos estendiam-lhe, ruidosos
E ela passando, os copos lhes enchia...

A Mocidade, assim, na rubra orgia
Da vida, alegre e pródiga de gozos,
Passa por nós, e nós também, sequiosos,
Nossas taças estendemos-lhe, vazia...

E o vinho do prazer em nossa taça
Verte-nos ela, verte-nos e passa...
Passa, e não torna atrás o seu caminho.

Nós chamamo-la em vão; em nossos lábios
Restam apenas, tímidos ressábios,
Como recordações daquele vinho.

                   Raimundo Correa. Nossos Clássicos, Rio de Janeiro: Agir, 1958.

Entendendo o poema:
01 – NÃO se pode dizer do texto lido:
     a)     O poeta se utiliza de linguagem descritiva.
  b)    A primeira estrofe serve de base ideológica para a transmissão do conteúdo geral.
     c)     Há no texto correspondência analítica entre duas situações.
     d)    Na terceira estrofe fica-nos a ideia da fugacidade do tempo.
     e)     O poeta, fica evidente, dá mais importância ao presente do que ao passado.

02 – Em que aspectos poéticos o texto é representativo do Parnasianismo?
      Na utilização da forma regular dos versos, na inspiração clássica, no apuro vocabular.

03 – A última estrofe guarda com certos textos românticos uma identidade. Qual é essa identidade?
       A temática do retorno ao passado.

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