Poema: O VINHO DE HEBE
Quando o Olimpo nos festins
surgia
Hebe risonha, os deuses
majestosos
Os copos estendiam-lhe, ruidosos
E ela passando, os copos lhes
enchia...
A Mocidade, assim, na rubra orgia
Da vida, alegre e pródiga de
gozos,
Passa por nós, e nós também,
sequiosos,
Nossas taças estendemos-lhe,
vazia...
E o vinho do prazer em nossa taça
Verte-nos ela, verte-nos e
passa...
Passa, e não torna atrás o seu
caminho.
Nós chamamo-la em vão; em nossos
lábios
Restam apenas, tímidos ressábios,
Como recordações daquele vinho.
Raimundo
Correa. Nossos Clássicos, Rio de Janeiro: Agir, 1958.
Entendendo o poema:
01 – NÃO se pode dizer do texto
lido:
a) O poeta se
utiliza de linguagem descritiva.
b) A primeira
estrofe serve de base ideológica para a transmissão do conteúdo geral.
c) Há no
texto correspondência analítica entre duas situações.
d) Na terceira
estrofe fica-nos a ideia da fugacidade do tempo.
e) O poeta,
fica evidente, dá mais importância ao presente do que ao passado.
02 – Em
que aspectos poéticos o texto é representativo do Parnasianismo?
Na utilização da forma regular dos versos, na inspiração clássica, no apuro
vocabular.
03 – A
última estrofe guarda com certos textos românticos uma identidade. Qual é essa
identidade?
A temática do retorno ao passado.
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