quinta-feira, 7 de setembro de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): PLANETA AZUL - CHITÃOZINHO & XORORÓ - COM GABARITO

Planeta Azul
Chitãozinho & Xororó


A vida e a natureza sempre à mercê da poluição
Invertem-se as estações do ano
Faz calor no inverno e frio no verão
Os peixes morrendo nos rios
Estão se extinguindo espécies animais
E tudo que se planta, colhe.
O tempo retribui o mal que a gente faz

Onde a chuva caía quase todo dia
Já não chove nada
O sol abrasador rachando o leito dos rios secos
Sem um pingo d'água
Quanto ao futuro inseguro
Será assim de Norte a Sul
A Terra nua semelhante à Lua

O que será desse planeta azul?
O que será desse planeta azul?

O rio que desse as encostas já quase sem vida
Parece que chora um triste lamento das águas
Ao ver devastada, a fauna e a flora
É tempo de pensar no verde
Regar a semente que ainda não nasceu
Deixar em paz a Amazônia, preservar a vida.
Estar de bem com Deus.

 ENTENDENDO O TEXTO

1  1)   Comente a intenção do autor da música ao escrever essa mensagem.
Ele estava pedindo socorro, para que a natureza não se acabe.

    2)   Segundo o autor a natureza está à mercê da poluição. Seria este o verdadeiro motivo pelo qual a natureza está sendo destruída? Qual seria a participação do homem nesta situação?
SIM. A participação seria total, por ser o responsável pela poluição.

    3)   Analisando as situações abaixo, você percebe esses acontecimentos na atualidade? Como?


       “Se invertem as estações do ano...”
       “Faz calor no inverno e frio no verão...”
       “Os peixes morrendo nos rios...”
       “Estão se extinguindo espécies animais”
         SIM. Através da poluição, da depredação e o desmatamento.

 4)   O que significa no texto:
 a)   “E tudo que se planta, colhe”
A terra é bastante fértil.
     b)   “O tempo retribui o mal que a gente faz”
O desequilíbrio ecológico.

    5)   Por que o autor faz comparação entre o futuro da Terra com a situação da Lua?

        “A terra nua semelhante à lua”
        Porque, se continuar o desrespeito com a natureza, estaremos correndo o risco de ficar como a lua, sem vida.
  
6  6)  O que significa o rio estar chorando ao ver devastada a fauna e a flora?
Por onde o rio passa, já não encontra mais a fauna e a flora.

7  7)  Na opinião do autor o que se deve fazer para salvar a natureza?
Deixar a Amazônia em paz, preservar a vida.

8  8) Você acredita que a destruição da natureza pode interferir em sua vida? Como? O que podemos fazer para melhorar essa situação?
Resposta pessoal


MÚSICA(ATIVIDADES): SAMPA - CAETANO VELOSO - COM GABARITO

 MÚSICA(Atividades): SAMPA
(Caetano Veloso)

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga com a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga com a avenida São João
Quando eu te encarei frente a frente, não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi de mau gosto o mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que era antes quando somos mutantes
E foste um difícil começo, afasto o que não conheço
E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos e espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva
Panaméricas de Áfricas utópicas túmulo do samba mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E os novos baianos te podem curtir numa boa.
 
 ENTENDENDO A CANÇÃO

1  1)   SAMPA refere-se à cidade de São Paulo. O texto relaciona lugares, poetas, músicos e movimentos culturais que agitavam a cidade, na época em que foi escrito. Identifique três dessas referências.
 Você pode ter identificado qualquer das referências abaixo:
Lugares – “… a Ipiranga com a avenida São João…”;  “… novo quilombo…”
Poetas e músicos – “… Rita Lee…”; “… mutantes…”; “… novos baianos…”
Movimentos culturais – “… poesia concreta…”

   2)   Narciso é um personagem da mitologia grega que é apresentado como um jovem extremamente belo e que se apaixonou por sua própria imagem ao vê-la refletida na água de um lago. Ao tentar pegar sua imagem refletida, esta desfazia-se. Tal situação o levou ao desespero e à morte.
a)     Identifique a passagem do texto que faz referência a Narciso.
“… é que Narciso acha feio o que não é espelho…”

b)     Qual o sentido dessa passagem, tomando como base o mito de Narciso?
 O poeta (é que Narciso) não aceita (acha feio) outras referências que lhe são desconhecidas (o que não é espelho)


   3)   Todas as coisas sempre têm duas faces: o avesso e o direito; a capa e a contracapa; a cara e a coroa. No trecho: “… e quem vem de outro sonho feliz de cidade / aprende depressa a chamar-te de realidade…” pode-se dizer que o poeta julga que em São Paulo não há lugar para o sonho e para a poesia?
Não, porque esse mesmo poeta afirma “eu vejo surgir teus poetas de campos e espaços…” 


    4)   Há no texto alusão a uma particularidade climática de São Paulo, que serviu durante muito tempo de designativo da cidade. Qual é ela?
     A   Garoa.

     5)   O sentido global construído pelo poema autoriza a se concluir que:
a. (   ) São Paulo não inspira amor à primeira vista, mas aos poucos começa-se a perceber seus encantos e termina-se por gosta dela.
b. (   ) São Paulo é uma cidade feia que inspira aversão.
c. (   ) São Paulo é uma cidade que inspira amor à primeira vista.
d. (   ) São Paulo deixa as pessoas indiferentes a qualquer sentimento.




POEMA: EU É QUE PERGUNTO PARA A CANETA- GABRIEL O PENSADOR - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO


EU É QUE PERGUNTO PARA A CANETA
GABRIEL O PENSADOR

Minha alma quando escreve
Tem a consciência leve
A caneta não faz greve
A caneta é que me leva.


Ao planeta mais distante
A luneta mais possante
Malagueta mais picante
É a caneta quando escreve.


Feito nave me transporta
Vira chave, abre a porta
Cerra grade, quebra, entorta
Sua tinta me liberta.

                                          Gabriel o Pensador. Diário Noturno. Rio de Janeiro:
                                                                                                           Objetiva, 2001.

1 – Considere o papel exercido pela caneta atribuído no ato de escrever. Relendo o poema, a que elementos a caneta é comparada? Comente.
       Aos trabalhadores, mas não faz greve; a um transporte, porque o leva; ao planeta e à luneta, ao mesmo tempo porque pode colocá-lo em um lugar completamente diferente, pode utilizar um instrumento para visualizar um lugar diferente e assim por diante. A caneta ora é transporte ora é instrumento.

2 – Poderíamos concluir que a caneta nesse poema está sendo utilizada no lugar da escrita. Se interpretarmos assim, qual seria a figura da linguagem utilizada? Por quê?
       Metonímia: a parte pelo todo.

3 – Relendo o texto, como você acha que o autor descreve o processo de criação escrita?
       Resposta pessoal. Mas poderíamos responder pensando que quando ele escreve cria-se um momento especial e que a escrita o liberta para imaginar lugares diferentes, vividos por ele mesmo, quando utiliza o transporte, ou observados por ele, quando utiliza um instrumento.

4 – Na sua opinião, como o autor trata o trabalho do poeta?

       Nesse poema o autor, além de tratar da inspiração e do trabalho mágico de lidar com palavras e rimas, descreve a criação como um trabalho de mão-de-obra em que o poema é escrito em várias versões. Trata ainda da intertextualidade da escrita: estamos sempre retomando ideias e “palavras” dos outros.

MÚSICA(ATIVIDADES): ASA BRANCA - LUIZ GONZAGA E HUMBERTO- COM GABARITO

ASA BRANCA
LUIZ GONZAGA E HUMBERTO TEIXEIRA


QUANDO OLHEI A TERRA ARDENDO
COM A FOGUEIRA DE SÃO JOÃO
EU PERGUNTEI A DEUS DO CÉU, AI
POR QUE TAMANHA JUDIAÇÃO

EU PERGUNTEI A DEUS DO CÉU, AI
POR QUE TAMANHA JUDIAÇÃO


QUE BRASEIRO, QUE FORNALHA
NEM UM PÉ DE PLANTAÇÃO
POR FALTA D’ÁGUA PERDI MEU GADO
MORREU DE SEDE MEU ALAZÃO

POR FALTA D’ÁGUA PERDI MEU GADO
MORREU DE SEDE MEU ALAZÃO

ATÉ MESMO A ASA BRANCA
BATEU ASAS DO SERTÃO
ENTÃO EU DISSE, ADEUS ROSINHA
GUARDA CONTIGO MEU CORAÇÃO

ENTÃO EU DISSE, ADEUS ROSINHA
GUARDA CONTIGO MEU CORAÇÃO

HOJE LONGE, MUITAS LÉGUAS
NUMA TRISTE SOLIDÃO
ESPERO A CHUVA CAIR DE NOVO
PRA MIM VOLTAR PRO MEU SERTÃO

ESPERO A CHUVA CAIR DE NOVO
PRA MIM VOLTAR PRO MEU SERTÃO

QUANDO O VERDE DOS TEUS OLHOS
SE ESPALHAR NA PLANTAÇÃO
EU TE ASSEGURO NÃO CHORE NÃO, VIU
QUE EU VOLTAREI, VIU MEU CORAÇÃO

EU TE ASSEGURO NÃO CHORE NÃO, VIU
QUE EU VOLTAREI, VIU MEU CORAÇÃO

ENTENDENDO A MÚSICA:


01 – Na canção, a asa branca é uma pomba que simboliza a partida do personagem que canta.
Essa partida é sentida por esse personagem como um(a):
a)   Sofrimento, pois ele perdeu muitas coisas e estão deixando seu amor.
b)   Alívio, pois ele não quer encontrar mais Rosinha.
c)   Alegria, pois ele está esperando a chuva cair.
d)   Alegria, pois ele irá para longe.
e)   Felicidade, pois ele está deixando a terra para ficar sozinho.

02 – A música mostra que a terra onde vive o personagem está:
a)   Escura.
b)   Florida.
c)   Úmida.
d)   Seca.
e)   Fria.

03 – O personagem, ao constatar que até a asa branca fugiu, se despede de:
a)   Deus.
b)   Rosinha.
c)   Sua plantação.
d)   Seu alazão.
e)   Seu sertão.

04 – Devido a situação em que a terra se encontra, a vida do personagem sofreu algumas sérias consequências.
Entre essas consequências, encontra-se o fato de que ele:
a)   Perdeu seu gado, seu cavalo e sua plantação.
b)   Viu a asa branca voando em torno da plantação.
c)   Formulou a Deus algumas questões.
d)   Pergunta a Deus porque tamanha judiação?
e)   Olhou a terra ardendo como fogueira.

05 – Para que possa voltar à sua terra, o personagem espera que:
a)   A asa branca volte a voar por lá.
b)   A chuva volte a cair no sertão.
c)   A Rosinha pare de chorar.
d)   Alguém compre um alazão.
e)   Ele consiga encontrar seu gado.

06 – Que grupo de expressões se aplica mais adequadamente ao sertão brasileiro, que é a região descrita na música “Asa Branca”?
a)   Terra ardendo / falta d’água.
b)   Chuva / Rosinha.
c)   Plantação / meu coração.
d)   Hoje / Deus do céu.

e)   Olhos / meu gado.

07– Qual é o tema abordado nessa canção, que foi consagrada na voz de Luiz Gonzaga e ainda é popular em todo o Brasil?
      O tema da canção refere-se à seca no Brasil, a falta de água que faz plantas e animais não suportarem o calor e morrerem ou migrarem (no caso dos animais) para longe do sertão, como a asa branca e o próprio eu-lírico.

08– Encontre, na letra da canção, o termo que é uma medida de comprimento utilizado para descrever a que distância o indivíduo está de sua casa.
      Na quarta estrofe, esse termo é léguas.

09 – Pesquise qual é a medida de comprimento do termo que você encontrou na questão anterior.
      Légua é uma medida de comprimento aproximadamente igual a 06 quilômetros ou 6.000 metros.

10– Leia com atenção a segunda estrofe. Depois responda oralmente.
a)   Que sentimento a estrofe expressa?”
A estrofe expressa a tristeza diante da seca do sertão, que é comparado a um “braseiro”, uma “fornalha”, pois a falta de água faz com que nada sobreviva: plantação ou gado.

b)   O que aconteceu com o alazão do nordestino?
Ele morreu de sede.

11 – A letra dessa canção, que foi escrita há muito tempo, retrata a situação nas regiões Norte e Nordeste nos dias de hoje. Na sua opinião, por que será que isso ainda acontece?
      Resposta pessoal do aluno.

12 – Na canção, a única esperança de retorno do indivíduo para sua terra natal se dá com a vinda regular das chuvas. Você conhece outras formas d captação de água?
      Resposta pessoal do aluno.

13 – Na sua opinião, é possível aproveitar melhor a água das chuvas? De que maneira?
      Resposta pessoal do aluno.

14 – Você já viu ou ouviu falar em cisterna? Explique o que é.
      Sim, é um reservatório construído em alvenaria, para armazenar água da chuva. Sendo que o mesmo tem que ser bem fechado para evitar contaminação.

15 – Você viu um açude? Explique o que é.
      Sim, é um tipo de represa, de reservatório para represar água de rio ou captar água de chuva.

16 – Se no Norte e Nordeste não se pode contar apenas com as águas das chuvas, como você acha que é feito o abastecimento dos açudes?
      Na falta das águas das chuvas, o açudes são abastecido por caminhão pipas, de outras regiões que não são tão sofridas.

17 – Como você pode observar, a água é um recurso importante na vida dos seres vivos; por isso é importante saber utilizá-la. Em quais situações você poderia reutilizar a água em sua casa?

      Resposta pessoal do aluno.

18)    QUAIS SÃO OS SENTIMENTOS EXPRESSOS NA MÚSICA?
R.: Tristeza, solidão e esperança.

 19)    O CONTEXTO DA MÚSICA ASA BRANCA É O QUE OCORRE DURANTE A SECA NO NORDESTE. SEGUNDO O TEXTO, QUAL É A OPÇÃO FEITA POR ALGUMAS PESSOAS DURANTE ESSE PERÍODO?
R.: Sair da sua região a procura de serviço.

 20)    O TEXTO MOSTRA A REALIDADE DE ALGUNS LOCAIS DO SERTÃO. DE ACORDO COM A MÚSICA AS PESSOAS GOSTAM DE MORAR NO NORDESTE? JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA.
R.: Sim, por ter amor pela sua terra natal.

 21)    SE VOCÊ MORASSE NESTA SITUAÇÃO, O QUE FARIA PARA MELHORAR SUAS CONDIÇÕES DE VIDA?
R.: Resposta Pessoal.

 22)  FAÇA UMA ILUSTRAÇÃO QUE MOSTRE O CENÁRIO RETRATADO NA CANÇÃO.
 A critério do aluno.



MÚSICA(ATIVIDADES): A VIDA DE VIAJANTE - LUIZ GONZAGA E GONZAGUINHA - COM GABARITO

A VIDA DE VIAJANTE   


                Luiz Gonzaga e Gonzaguinha

Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões e dos amigos que lá deixei.

Chuva e sol poeira e carvão
Longe de casa sigo o roteiro
Mais uma estação
E a alegria no coração.

(...)

Mar e terra inverno e verão
Mostra o sorriso, mostra a alegria, mas eu mesmo não
E a saudade no coração.

Conhecendo o texto
1) Quantas estrofes possui a poesia?

Quatro

2) Quantos versos possui cada estrofe?
1ª cinco – 2ª quatro – 3ª três

3) Destaque as rimas de cada estrofe.
1ª estrofe: 
país/feliz – recordações/sertões – passei/deixei

2ª estrofe: 
carvão/estação

3ª estrofe:  
verão/não/coração

4)  O poema retrata a saudade do poeta. Copie, da primeira estrofe, os versos em que isso pode ser comprovado.
“...guardando recordações das terras onde passei”.

5) Essa vida que o poeta leva é um costume ou ele está viajando a passeio?
É um costume.

6) Assinale o verso que melhor comprova a sua resposta anterior.
(      )  Minha vida é andar / Por esse país.
(  
x  )  Sigo o roteiro /  Mais uma estação.
(      ) Chuva e sol/ Poeira e carvão.
(      ) Guardando as recordações / Das terras onde passei.



MÚSICA(ATIVIDADES): ERA UMA VEZ - SANDY, JÚNIOR E TOQUINHO - COM GABARITO

MÚSICA(ATIVIDADES): ERA UMA VEZ

                                                         Interpretada por Sandy, Júnior e Toquinho

Era uma vez
Um lugarzinho no meio do nada
Com sabor de chocolate
E cheiro de terra molhada/Era uma vez
A riqueza contra a simplicidade
Uma mostrando para outra
quem dava mais felicidade

Pra gente ser feliz Tem que cultivar as nossas amizades
Os amigos de verdade
Pra gente ser feliz
Tem que mergulhar na própria fantasia
Na nossa liberdade

Uma história de amor
De aventura e de magia
Só tem a ver
Quem já foi criança um dia.

Compreendendo o texto

1) Onde era o lugarzinho da música?
No meio do nada.

2) Que sabor e que cheiro tinha o lugarzinho?
Sabor de chocolate e cheiro de terra molhada.

3) O que a riqueza e a simplicidade mostravam uma para a outra?
Quem dava mais felicidade.

4) Segundo o texto, o que a gente tem que fazer para ser feliz?
Cultivar as nossas amizades.

5)  Você conhece um lugarzinho como descrito na música?
Resposta Pessoal.

6) O que você acha que a gente precisa fazer para ser feliz?
Mergulhar na própria fantasia, na nossa liberdade.


POEMA: E AGORA, JOSÉ? - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - COM GABARITO

POEMA: E AGORA,  JOSÉ? 
                 Carlos Drummond de Andrade

E agora, José?
A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu,
A noite esfriou,
E agora, José?
E agora, você?
Você que é sem nome,
Que zomba dos outros,
Você que faz versos,
Que ama, protesta?
E agora, José?

                         Esse trecho é apenas a primeira estrofe do poema, mas será suficiente para analisarmos as características da linguagem poética.
                         Como obra representativa do modernismo, as rimas desse poema não são rimas tradicionais ou clássicas. Procure em livros de seu conhecimento estrofes que apresentem rimas tradicionais.

a    1)   Transcreva um poema ou, ao menos, uma estrofe, sublinhando a última sílaba tônica (forte) de cada verso.
“Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.

    2)  Compare o trecho transcrito de José. Por que consideramos que as rimas desse poema não são clássicas?
Porque não há uma organização simétrica.

c    3)   Por que, mesmo não tendo o padrão clássico de rimas poéticas, o trecho de José pode ser considerado poético?
Porque tem algumas rimas, mas, sobretudo, porque tem melodia e linguagem.

    4)   As repetições usadas no poema são comumente usadas em textos escritos? Por que você acha que são usadas nesse poema?
Repetições não são recomendadas em textos escritos; já na linguagem poética as repetições criam “musicalidade” e provocam um jogo de palavras que lembra a oralidade.