quinta-feira, 7 de setembro de 2017

MÚSICA(ATIVIDADES): DESPERTA(PRECONCEITO DE COR) - MARGARETH MENEZES- COM GABARITO

 MÚSICA(ATIVIDADES): DESPERTA  

                                                                      MARGARETH  MENEZES

Por preconceito de cor você perdeu esse amor
Você parou a canção que tocou no coração
Não quis mergulhar no fundo
Não quis pegar minha mão
Você radicalizou, foi duro como cimento
Eu era o buquê em flor, só esperando o momento
Mas se você não sacou, eu vou lhe dizer
Não é porque eu sou preto que todo mundo é preto
Não é porque eu sou branco que todo mundo é branco
Não é porque eu sou índio que todo mundo é índio
Né porque, nem porque, né porque
Por preconceito de cor morrem todo dia mil
A fome, a violência, descaso e impaciência
Há ódio a cada segundo, se afunda mais esse mundo
Se acha superior, magoa a mãe que é santa
Bate na cara que é minha, homem maltrata criança
Pecado de pecador, é preconceito de cor
Não é porque eu sou preto que todo mundo é preto
Não é porque eu sou branco que todo mundo é branco
Não é porque eu sou índio que todo mundo é índio
Né porque, nem porque, né porque
Por preconceito de cor, se é pobre já é ladrão
Mas o doutor que roubou nunca vai para prisão
Policial matador tem preconceito de cor
Por preconceito de cor se espalha a ignorância
Não se oferece ajuda, outros perderam esperança
É tanto tempo perdido e um Deus Pai esquecido
Não é porque eu sou preto que vou me esconder
Não é porque eu sou branco que detesto você
Não é porque eu sou índio que vão me extinguir
Né porque, nem porque, né porque
Desperta
                      MENEZES, Margareth. Desperta (preconceito de cor).
                                    Em: MENEZES, Margareth Afropopbrasileiro.
                                          Salvador: Estrada do Mar, 2001. Faixa 3.

a    1)  Essa canção trata de um tema social ainda frequente no Brasil. Você conhece alguém ou já viveu experiências relacionadas ao problema apresentado na canção? Converse com os colegas e com o professor a esse respeito.
Resposta pessoal.

      2)  Considere as leituras e as discussões feitas durante este capítulo O que você gostaria de esclarecer ou explicar para aqueles que têm “preconceito de cor”?
Resposta pessoal.

     3) O título merece destaque por possuir que significado importante?
O despertar contra o preconceito.

     4) A canção faz referência a que aspectos da sociedade preconceituosa?
Principalmente o preconceito racial.

     5) De que trata a canção?
Da violência, descaso e também da classe social.




MÚSICA(ATIVIDADES): O CALIBRE - OS PARALAMAS DO SUCESSO - COM GABARITO

MÚSICA: (Atividades) O CALIBRE
                                      OS PARALAMAS DO SUCESSO

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei da onde vem o tiro
Eu não sei da onde vem o tiro
Por que caminhos você vai e volta?
Aonde você nunca vai?
Em que esquinas você nunca para?
A que horas você nunca sai?
Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você já perdeu?
Entrincheirado, vivendo em segredo
E ainda diz que não é problema seu
E a vida já não é mais vida
No caos ninguém é cidadão
As promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação
Perdido em números de guerra
Rezando por dias de paz
Não vê que a sua vida aqui se encerra
Com uma nota curta nos jornais
                                                   VIANNA, HERBERT. O calibre. Em:
                                      Os Paralamas do Sucesso. Longo caminho.
                                         Rio de Janeiro: EMI Music, 2002. Faixa 1. 

a   1)  De que trata esse texto? Qual é a relação do título com seu conteúdo?
O calibre indica o diâmetro do cano de uma arma de fogo. Na canção, esse termo foi usado para indicar o tamanho, a gravidade do perigo que se vive nas ruas A música trata da violência.
    2)   O que significa viver entrincheirado? A partir de que palavra esse termo parece ter se originado?
Viver entrincheirado é viver escondido, protegido do inimigo, da violência que pode vir de todos os lados. O termo tem sua origem na palavra trincheira.
c   3)  Você se sente ou já se sentiu vivendo entrincheirado? Por quê?
Resposta pessoal.
    4)   Releia este verso: “No caos ninguém é cidadão”. Como você entende essa afirmação? Justifique.
Todo cidadão tem direitos e deveres. Em uma situação caótica, os cidadãos deixam de ter seus direitos, e muitos deixam também de cumprir seus deveres. A segunda parte da resposta é pessoal.



MÚSICA(ATIVIDADES): EPITÁFIO- TITÃS - COM GABARITO

 MÚSICA(Atividades): EPITÁFIO
                                                          TITÃS
          Devia ter amado mais, ter chorado mais
         Ter visto o sol nascer
          Devia ter arriscado mais e até errado mais
          Ter feito o que eu queria fazer
           Queria ter aceitado as pessoas como elas são
           Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração
           O acaso vai me proteger
           Enquanto eu andar distraído
           O acaso vai me proteger
           Enquanto eu andar
           Devia ter complicado menos, trabalhado menos
           Ter visto o sol se pôr
            Devia ter me importado menos com problemas
                                                                     [pequenos
            Ter morrido de amor
            Queria ter aceitado a vida como ela é
            A cada um cabem alegrias e a tristeza que vier
            O acaso vai me proteger
            Enquanto eu andar distraído
            O acaso vai me proteger
            Enquanto eu andar.

BRITTO, Sérgio.Epitáfio. Em: TITÃS. A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001. Faixa 6

1  1)   Consulte no dicionário o significado da palavra epitáfio. Em seguida, observe a fotografia ao lado. Que relação se estabelece entre o título e o conteúdo da letra dessa canção?
Resposta: Epitáfio significa “sobre o túmulo”, vem do grego epitáfios. Este termo se refere às frases que são escritas, geralmente em placas de mármore ou de metal e colocadas sobre o túmulo, ou mausoléus nos cemitérios, com o fim de homenagear seus mortos sepultados naquele local. Estas placas são chamadas de lápides.´


2)     Você considera esse título adequado ao conteúdo da canção? Por quê?
Resposta pessoal.

3) O que o eu lírico lamenta?
Ter vivido tão pouco, porque estava bitolado  e alienado pelo sistema ou modus vivendi que o empobreceu ou vulgarizou seu viver.
4) Que reflexão esta canção nos leva a fazer?
É uma reflexão em tons tristes de que vidas se perdem quando não permitem viver intensamente a vida e o presente.

4) O gênero da canção evoca uma letra cujo sentido e filosofia de vida está olhando para que questões?
De que o homem deve dar sentido ao seu fim e saber viver
         
     5)   O tema principal da letra da música é :
a)   A importância do amor  para resolver os problemas da vida.
b)   O arrependimento por não ter aproveitado mais a vida.
c)   O sentimento de não ter se preocupado com pequenos problemas.
d)   O sentimento de morte que perpassa as diferentes situações da vida.
e)   A preocupação por não saber  as complicações da vida.

    6)  As figuras de linguagem são comumente encontradas nos textos literários, bem como em charges, tirinhas e músicas. Uma música bem popular, na qual NÃO se nota quase a presença da figura de linguagem é chamada “Epitáfio” cantada pela banda Titãs. Nesta música, encontra-se:
a)  Apenas hipérbole no verso “ter morrido de amor”, pois há um absurdo ou exagero.
b) Há metáfora em boa parte dos versos, pois há muitas comparações de caráter subjetivo, sem utilizar conectivos comparativos.
c)   O paradoxo ao empregar duas palavras que, mesmo opostas, se fundem em uma ideia, como “problemas e pequenos”
d) Há antítese, pois são utilizadas duas teses contrárias, antônimas, como contradição de ideia em “Devia ter amado mais” e “Ter chorado mais”.

7) Na música o poeta faz reflexões sobre a vida, do que ele se arrepende?
     De não ter amado mais, ter chorado mais, de ter visto o sol nascer e se pôr, enfim, de ter feito o queria fazer.

8) Qual é a estrofe em que o poeta fala sobre como é difícil aceitar e entender o outro?
    Na 2ª estrofe.

9) É preciso entender que:"A cada um cabe as alegrias e a tristeza que vier...". O poeta afirma que queria ter aceitado a vida como ela é, explique o que ele quis dizer com este verso.
    O poeta diz que muitas vezes acreditamos que podemos mudar as coisas e as pessoas não aceitando que aquilo que tivermos que passar ninguém vai passar por nós.

10) Retire da música 3 substantivos abstratos.
      dor - alegria - tristeza

11) Existem pessoas que com problemas pequenos sofrem, ficam tristes, guardam rancores, mágoas e passam a não viver a vida com alegria. É preciso se colocar no lugar de pessoas que realmente enfrentam dificuldades, problemas como a morte, uma doença incurável, a falta de fé e amor é que podem abalar o ser humano Enquanto houver fé, haverá esperança e assim será possível enfrentar os problemas e solucioná-los, alcançando a vitória. Como você reage as dificuldades da vida?
    Resposta Pessoal.


   12) Cite as figuras de linguagem encontradas nos seguintes versos:

a) Devia ter amado – mais –
    Ter chorado – mais –
    Ter visto o sol nascer
    Devia ter arriscado  - mais –
    E até errado – mais –
   R- Anáfora – (repetição da mesma palavra).

b) No verso: “Ter morrido de amor” .
R- Hipérbole – (exagero numa ideia expressa).

c) No verso: “A cada um cabe – alegrias – e a – tristeza – que vier”.
R- Antítese – (exposição de ideias opostas).

d) “(Devia) ter visto o sol se pôr”.
R- Zeugma – (omissão de um termo já mencionado antes na frase).

e) “A vida como ela é”.
R- Comparação.

f) “Acaso vai me proteger”.

R- Personificação.




MÚSICA(ATIVIDADES): TRAVESSIA- MILTON NASCIMENTO - COM GABARITO

MÚSICA(ATIVIDADES): TRAVESSIA 

                                 MILTON NASCIMENTO
         Quando você foi embora
              fez-se  noite em meu viver
              forte eu sou, mas não tem jeito
              hoje  eu tenho que chorar
              minha casa não é a minha
              e nem é meu este lugar
              estou só e não resisto
              muito tenho pra falar.

             Solto a voz nas estradas
             já não quero parar
             meu caminho é de pedra
             como posso sonhar
             sonho feito de brisa
             vento vem terminar
             vou fechar o meu pranto
             vou querer me matar.

             Vou seguindo pela vida
              me esquecendo de você
              eu não quero mais a morte
              tenho muito que viver
              vou querer amar de novo
              e se não der não vou sofrer
              já não sonho
              hoje faço com meu braço meu viver.

              NASCIMENTO, Milton e BRANT, Fernando. Travessia. Em:NASCIMENTO, Milton.Travessia. Rio de Janeiro: Ritmos-Codil, 1967 Faixa 4.

1  1)   Qual é o tema principal dessa canção?
Resposta: A canção fala da partida do ser amado, mencionada no primeiro verso, e da difícil decisão de seguir a vida, enfrentando a dor da perda amorosa.

   2)   Você conhece outras músicas escritas por Milton Nascimento e Fernando Brant? Quais? Sabe conta-las? Elas lhe trazem alguma recordação?
Resposta Pessoal.

   3)   Por que os autores deram o título de “Travessia” à canção? Você acha que ele é adequado ao conteúdo da canção? Por quê?
Resposta: O título refere-se à decisão de continuar a viver e não sofrer mais, fazendo a “travessia” entre o sofrimento vivido e a vida que ainda há pela frente.
OBS.: Em relação à adequação do título, a resposta é PESSOAL

  4)    No verso “minha casa não é minha”, qual é a relação entre a casa e o restante da letra da canção?
Resposta: A casa, nesse contexto, representa o mundo interior do compositor, ela era habitada pelo ser amado e representava a fusão entre os dois; com o rompimento, esse lugar já não existe.

  5)   Você já viveu a perda de um grande amor? Como foi? Sua reação foi semelhante à que o autor descreve nessa letra de canção? Comente.

Resposta Pessoal.

MÚSICA(ATIVIDADES): CASA NO CAMPO (ELIS REGINA)- COM GABARITO

   MÚSICA(ATIVIDADES): CASA NO CAMPO

                                                                 ELIS REGINA

           Eu quero uma casa no campo
           Onde eu possa compor muitos rocks rurais
           E tenha somente a certeza
           Dos amigos do peito e nada mais
           Eu quero uma casa no campo
           Onde eu possa ficar do tamanho da paz
           E tenha somente a certeza
           Dos limites do corpo e nada mais
           Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
           No meu jardim
           Eu quero o silêncio das línguas cansadas
           Eu quero a esperança de óculos
           Meu filho de cuca legal
           Eu quero plantar e colher com a mão
           A pimenta e o sal
           Eu quero uma casa no campo
           Do tamanho ideal, pau a pique e sapé
           Onde eu possa plantar meus amigos
           Meus discos e meus livros
           E nada mais
                                  RODRIX, Zé e TAVITO. Casa no campo. Em: REGINA, Elis.
                                                        Elis. São Paulo: CBD-Philips, 1972. Faixa 11.

   1)     Agora, leia o texto em voz alta para o colega ao lado e escute a leitura dele. Preste atenção aos sons das palavras e dos versos. O que você percebe?
Resposta pessoal.

    2)   Qual é o significado da expressão amigos do peito?
Amigo íntimo, verdadeiro.

    3)    Como você compreende o verso “eu quero o silêncio das línguas cansadas”?
Resposta pessoal.

    4)    Esse texto foi produzido no início da década de 1970. Na época, era comum o desejo de escapar da realidade em busca de paz e de simplicidade. Você acha que hoje as pessoas ainda buscam esse ideal?
Resposta pessoal.

    5)     Quando estudamos os poemas, vimos que muito comum o uso de rimas. Isso também ocorre com o texto anterior. Encontre nele dois versos em que há rimas.
“Onde eu possa compor muitos rocks rurais” / “Dois amigos do peito e nada mais” / “Onde eu possa ficar do tamanho da paz” e “Meu filho de cuca legal” / “A pimenta e o sal”.


06 – Confirmando o aspecto cíclico das tendências literárias, na música contemporânea reaparecem vários temas. A canção acima, embora moderna, apresenta características do:
a)   Arcadismo.
b)   Barroco.
c)   Romantismo.

d)   Simbolismo.

MÚSICA(ATIVIDADES): LOURINHA BOMBRIL - PARALAMAS DO SUCESSO - COM GABARITO

MÚSICA(ATIVIDADES): LOURINHA BOMBRIL

                                                      PARALAMAS DO SUCESSO

Para e repara
Olha como ela samba
Olha como ela brilha
Olha que maravilha
Essa crioula tem o olho azul
Essa lourinha tem cabelo Bombril
Aquela índia tem sotaque do sul
Essa mulata é da cor do Brasil
A cozinheira tá falando alemão
A princesinha tá falando no pé
A italiana cozinhando o feijão
A americana se encantou com Pelé
Haagen-dasz de mangaba
Chateau canela-preta
Cachaça made in Carmo dando a volta no planeta
Caboclo presidente
Trazendo a solução
Livro pra comida, prato pra educação.

                        LOS PERICOS; VIANNA, Herbert. Lourinha Bombril. Em:
                PARALAMAS DO SUCESSO. Nove luas Rio de Janeiro: EMI Music, 1996. Faixa 1.

a  1)   Como é a mulher retratada na canção? Em sua opinião, ela é uma mulher típica do Brasil? Por quê?
A música apresenta uma mistura que é bastante característica do povo brasileiro. Espera-se que os alunos façam essa relação entre a canção e a mulher brasileira.

   2)   Como você vê a identidade do povo brasileiro? Ela é única? Explique sua opinião aos colegas e ouça a opinião deles.
Resposta pessoal.



         

MÚSICA: BRASIL - CAZUZA - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO

MÚSICA: BRASIL 
(Cazuza, George Israel e Nilo Romero,LP Vale Tudo, Som Livre, 1988) 

Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes d’eu nascer
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
chefe de nada
o meu cartão é uma navalha
Brasil
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim
Não me sortearam
A garota do fantástico
Não me subornaram
Será que é meu fim?
Ver tv a cores
Na taba de seu índio
Programada pra só dizer sim
Grande pátria desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair

Estudo do Texto 

1.
 Qual o significado das palavras abaixo de acordo com o texto da poesia?
a)armaram  -  planejaram, organizaram 

b) malhada - que tem manchas 

c) subornaram - induziram ou levaram alguém, mediante recompensas ou promessas, a não cumprir o dever ou a praticar ações ilegais ou injustas. No texto, o poeta constata que não foi subornado e que por causa disso acha que será o seu fim como cidadão. 

2. Segundo a visão dos autores e considerando o conteúdo geral da letra, quem estaria reclamando de não ter sido convidado para a festa?
O povo que vive no Brasil, ou seja, os brasileiros. 

3. A que festa o poeta se refere quando afirma: “Não me convidaram pra essa festa pobre…”?
Refere-se à festa da democracia, ou melhor à eleição que aconteceu com o povo pedindo “Diretas já!”. O que aconteceu foi a eleição de Tancredo Neves pelo Congresso Nacional, sem a participação do povo como é feito atualmente. Fala em festa pobre porque o poeta considera que não houve participação popular nessa escolha. 

4. A que homens o poeta se refere quando afirma: “…os homens armaram…”?
O poeta considera que não havendo participação popular na escolha do Presidente da República, essa decisão, definida por um pequeno grupo de pessoas (Congresso Nacional) era uma farsa planejada com o intuito de esconder algo do povo. 

5. O que pode significar os versos: “…a pagar sem ver / toda essa droga / que já vem malhada / antes d’eu nascer…”?
Toda festa requer gastos, sejam financeiros, sejam materiais, sejam pessoais (esforço físico, psicológico, mental). Alguém tem que pagar por isso. O poeta reclama que o pagamento por uma festa com defeito (com manchas) foi feito pelo povo e seus descendentes. 

6. Apesar do poeta não ter sido convidado para a festa, ele ficou nos arredores do local estacionando os carros. Explique o significado dos versos: “…não me ofereceram / nem um cigarro / fiquei na porta / estacionando os carros…”
A festa foi feita, mas o povo não participou dela. Apenas ficou como espectador, trabalhando para manter o país organizado. 

7. Explique o significado dos seguintes versos: “o meu cartão de crédito / é uma navalha”.
Na década de 80, o Brasil enfrentou uma inflação profunda na economia. O dinheiro brasileiro perdia seu valor diariamente: era como uma navalha que feria o poder de compra do consumidor. Por isso o poeta usa a expressão: “o meu cartão de crédito é uma navalha…”. Cada vez que alguém ia às compras sentia no bolso o corte do valor do dinheiro. 

8. Observando a segunda estrofe, o que significa o apelo feito no último verso: “confia em mim”?
Pede que a nação constituída e organizada confie em seu povo para resolver os problemas. 

9. Nos três últimos versos da 3a. estrofe, há uma crítica à televisão. Que crítica é esta? “ver tv a cores / na taba de seu índio / programada pra só dizer sim”
A influência da televisão na cultura e opinião das pessoas através dos programas que, às vezes, não eram isentos, isto é, mostrava apenas um lado do fato, da notícia. 

10. Explique o paradoxo: “Grande pátria desimportante”
Pátria grande em tamanho territorial, mas sem importância política diante do mundo ou mesmo diante de alguns brasileiros. 

11. As letras de música aproximam-se de poemas. Cada estrofe do poema lido corresponde a uma parte, em que o tom do eu-lírico se modifica. Em qual delas se faz uma invocação?
Na segunda estrofe
12. Até o verso 14, o eu-lírico narra ocorrências das quais foi excluído.
a) Qual o primeiro desses acontecimentos?

     A festa pobre.
b) Os agentes desse acontecimento aparecem através de um substantivo que os torna vagos, indeterminados. Qual?

      Os homens.
c) Que objetivo tinham esses agentes?
    Convencer o eu-lírico a "pagar alguma coisa sem ver", ou seja, a se deixar enganar.
13. Qual a consequência, para o eu-lírico, de ter ficado "fora de festa"?
    Restou ficar "na porta estacionando os carros".
14. Na segunda estrofe o eu-lírico dirige-se ao país, fazendo um pedido, duas perguntas e uma súplica. Identifique essas três manifestações do eu-lírico.
    Pedido: que o país mostre a cara. Perguntas: deseja descobrir quem paga para o povo ficar daquela maneira. Súplica: pede ao país que confie nele.


15. A última estrofe, na sua quase totalidade, retoma o mesmo tom da primeira.
a) Nos seis primeiros versos desta estrofe o eu-lírico enumera outras coisas das quais foi excluído. Cite-as.

     Não foi premiado com a garota do Fantástico e sequer foi subornado.
b) Que pergunta o eu-lírico se faz diante disso?

      O eu-lírico questiona se o seu destino é ver TV em cores na taba de um índio.
16. O tom dos três últimos versos dessa estrofe aproxima-se do tom da segunda estrofe: o eu-lírico faz uma invocação e uma proposta. Que proposta é essa?
   A de não trair a grande pátria em nenhum instante.
17. O poeta empresta sua voz para se expressar como um eu-lírico pertencente a uma classe social. Qual?
    A classe dos privilegiados.
18. Que expressão da primeira estrofe revela que a miséria é uma "herança" social para o eu-lírico?
     "toda essa droga / que já vem malhada antes de eu nascer".
19. No terceiro verso do poema, a palavra "homens" esconde a identidade:
a) de todas as pessoas  

b) da classe dirigente
c) dos pobres 

d) dos guardadores de carros

20. "Brasil, mostra a tua cara". A palavra em destaque metaforiza:
a) rosto

 "o meu cartão de crédito é uma navalha" Metáfora   
b) verdadeira identidade
  "Brasil / mostra tua cara" / Personificação / metáfora.