NOTÍCIA: Ato em Uberlândia reúne trabalhadores contra ataques à aposentadoria
Manifestação foi
organizada pelo comitê regional contra a reforma da previdência social Uberlândia, 24 de Fevereiro de 2017 às 18:26
Dezenas de entidades se reuniram no centro de Uberlândia na quinta (23)
/ Frente Brasil Popular Uberlândia
Na tarde de quinta-feira (23) manifestantes se encontraram na
Praça Tubal Vilela, no centro de Uberlândia, para um ato de repúdio à reforma
da previdência social. A concentração foi marcada para as 16h e contou com a
presença de diversas entidades como sindicatos, movimentos populares, coletivos
de juventude, centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e a Povo Sem Medo.
O ato seguiu em marcha pelas ruas do centro, dialogando com os trabalhadores do
comércio e por quem mais transitasse pelo local.
Os manifestantes divulgaram materiais que buscam
desconstruir a ideia de um “rombo na previdência”. O ato também denunciou que relator da PEC 287
(reforma da previdência), o deputado Arthur Maia (PPS), teria recebido quase R$
1,3 milhão de instituições financeiras e de seguros. Karla Teixeira, técnica
administrativa da Universidade Federal de Uberlândia, também alertou para o
fato de as mulheres serem as mais
atingidas por essa proposta.
“No caso das mulheres a reforma é ainda mais
injusta porque coloca 65 anos de idade para pleitear a aposentaria igual aos
homens. Isso faz com que o Estado deixe de reconhecer a jornada dupla e até
tripla que as mulheres têm no cuidado com a família, com os doentes, com as
crianças e na jornada também dentro de casa já que, infelizmente, na nossa
sociedade, ainda as tarefas domésticas são atribuídas as mulheres”, destaca.
Karla aponta também para a importância do Comitê
para criar unidade na luta. “O nosso chamado é para mais entidades e mais
grupos de militantes se somem ao comitê para que a gente possa garantir uma
mobilização em bairros, em escolas, em igrejas, para que a gente consiga mobilizar
a maioria da população”, afirma.
Edição:
Joana Tavares In: https://www.brasildefato.com.br/2017/02/24/ato-em-uberlandia-reune-trabalhadores-contra-ataques-a-aposentadoria/
01-O que disseram que aconteceu?
Houve uma manifestação contra a reforma da
previdência social em Uberlândia.
Na Praça Tubal Vilela, no centro de
Uberlândia.
03-Com quem aconteceu o fato?
Trabalhadores,
sindicatos, movimentos populares, coletivos de juventude, centrais sindicais e
as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
04-Quando aconteceu o fato?
Na
tarde de quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017.
Em repúdio à reforma da previdência social, que os manifestantes
consideram injusta, especialmente para as mulheres.
06-Como disseram que aconteceu o fato?
Com
uma manifestação pacífica, com faixas, cartazes e discursos, além da divulgação
de materiais informativos.
07-Qual discurso direto de uma trabalhadora que
foi citado para explicar a perda de direitos previdenciários das mulheres?
"No caso das mulheres a reforma é
ainda mais injusta porque coloca 65 anos de idade para pleitear a aposentaria
igual aos homens. Isso faz com que o Estado deixe de reconhecer a jornada dupla
e até tripla que as mulheres têm no cuidado com a família, com os doentes, com
as crianças e na jornada também dentro de casa já que, infelizmente, na nossa
sociedade, ainda as tarefas domésticas são atribuídas as mulheres".
08-A escolha do numeral “R$ 1,3 milhão” não foi casual na notícia. Ao contrário, serviu
como argumento para:
a- valorizar
o deputado relator da Reforma da Previdência;
b- denunciar propina recebida pelo deputado relator da
Reforma da Previdência;
c-
detalhar a quantia de rombo na Previdência;
d- demonstrar
doações de instituições financeiras para a previdência.
09-A escolha do numeral 65 não foi casual na notícia. Ao contrário, serviu como
argumento para:
a-
mostrar a idade exata que os homens se
aposentam;
b-
mostrar o pequeno tempo mínimo necessário para
se aposentar no Brasil;
c- mostrar que as mulheres
brasileiras vão sofrer perdas, pois se aposentarão mais tarde, caso seja
aprovada a reforma da previdência;
d-
mostrar
que homens e mulheres terão finalmente direitos iguais
10-Em “No caso das
mulheres a reforma é ainda mais injusta...”, a trabalhadora Karla Teixeira:
a- relata um fato relacionado à reforma;
b- emite uma opinião sobre a reforma;
c- não faz qualquer atribuição de valor à
reforma.
11-Em “Na tarde de quinta-feira (23) manifestantes se
encontraram na Praça Tubal Vilela, no centro de Uberlândia”, o jornal:
a- relatou um fato;
b- emitiu uma opinião;
c- fez uma especulação;
d- provocou humor.
12-A
que ou a quem se referem as palavras ou expressões sublinhadas no
texto-discurso?
As
palavras sublinhadas se referem a: Uberlândia: cidade onde ocorreu a
manifestação.
Praça
Tubal Vilela:
local da manifestação.
PEC
287:
Proposta de Emenda Constitucional que trata da reforma da previdência.
Arthur
Maia:
Deputado relator da PEC 287.
Karla
Teixeira:
Técnica administrativa da Universidade Federal de Uberlândia.
65
anos:
Idade mínima para aposentadoria proposta na reforma.
Aumento
da idade mínima para aposentadoria das mulheres: um debate complexo
Aumentar
a idade mínima para aposentadoria das mulheres é um tema controverso e que
suscita diversas opiniões.
Argumentos
a favor:
- Igualdade de gênero: Defensores argumentam que a
igualdade de gênero exige que homens e mulheres tenham as mesmas regras
para a aposentadoria.
- Sustentabilidade do sistema
previdenciário: A
medida seria necessária para garantir a sustentabilidade do sistema
previdenciário, que enfrenta desafios financeiros.
Argumentos
contra:
- Desigualdade de gênero: As mulheres,
historicamente, enfrentam desigualdades no mercado de trabalho, como menor
remuneração e maior dificuldade em conciliar trabalho e família. Aumentar
a idade mínima para aposentadoria aprofundaria essas desigualdades.
- Jornada dupla: As mulheres, em média,
dedicam mais tempo a tarefas domésticas e cuidados com a família, o que as
sobrecarrega e pode prejudicar sua saúde e sua carreira profissional.
- Impacto social: A reforma da previdência
pode levar à insegurança financeira de muitas mulheres, especialmente as
mais pobres e menos qualificadas.