Texto: DA IMPORTÂNCIA DO AGORA
Nara Rúbia Ribeiro
O pior prisioneiro é aquele que jaz
trancafiado no tempo. Aquele que se fecha dentro das grades imaginárias de um
passado estancado na memória, e não deixa o presente fluir.
Aquele que morre de medo de ser, de
existir, de enfeitar a masmorra de suas emoções com as flores do agora, e alega
“flores não tardam: desfalecem”. Ele não se permite a perplexidade, o
encantamento, o deslumbramento com as ínfimas, mas grandiosas e infinitas
alegrias que o cercam. E, assim, se desvencilha da poesia que o visita a cada
fração de segundo.
Há, também, aquele que se faz
prisioneiro do futuro e vive na ansiedade de quem adia, dentro de si, o pulsar
das emoções. Assim, aquilo que de belo se lhe apresenta na alma, ele o faz
abafar, o despreza, o desqualifica, pois ele aguarda um futuro que há de ser
ainda mais grandioso e mais perfeito.
A vida é uma sucessão de oportunidades
únicas, todas efêmeras, cada qual com sua rara e insubstituível beleza, para
adornar o instante de cada um.
Não é possível desfrutar do eterno se
ele não se fizer fracionado em instantes.
Então, que os ponteiros do agora
indiquem a nossa melhor hora de íntimo mergulho nas turbulências da nossa paz
interior; eis a nossa libertação. E não se preocupe: ninguém morre afogado de
si. Ninguém.
Entendendo o texto:
01 – Qual o significado, no
texto, para o termo destacado em “O pior prisioneiro é aquele que jaz trancafiado
no tempo”?
Significa se
encarcerar, aprisionar no passado.
02 – Analise o primeiro
parágrafo e, com suas palavras, explique a ideia principal que será defendida
no texto.
A autora fala de pessoas que se prendem
ao passado e não vivem o presente, deixando a vida passar.
03 – Qual é o tema abordado
pela autora?
A importância de
viver hoje, o agora.
04 – O principal objetivo
desse texto é:
a)
Promover o entretenimento.
b)
Sugerir uma reflexão.
c)
Adquirir conhecimento.
d)
Transmitir uma informação.
e)
Relatar um acontecimento.
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