CRÔNICA: E SE NÃO PASSAR?
(Martha Medeiros) É o que vem acontecendo nos países
europeus, que estão retomando as atividades cotidianas, dando um passo de cada
vez. O Brasil, caótico por natureza, vai levar mais tempo, nenhuma novidade.
Três, seis, dez meses? Quando teremos nossa vida de volta?
Talvez nunca, não como era antes. É
provável que tenhamos que assimilar que a nossa atual precariedade determinará
novos modelos de conduta daqui para frente.
Lavar as mãos, usar máscara e evitar
aglomerações: já estamos nos acostumando. Poderíamos nos acostumar agora com o
desprestígio da ostentação e do consumismo delirante. Continuaremos comprando
comida, roupas e remédios, precisaremos de um bom teto como sempre precisamos,
mas nossos luxos talvez mudem – tomara que mudem. Hora de privilegiar as
questões humanas, se soubermos aproveitar a oportunidade.
Não chego a falar de um renascimento
espiritual, que soaria pomposo, mas acredito, sim, que a tendência é
reavaliarmos nosso estilo de vida. As grandes metrópoles se tornaram zonas de contágio,
e um êxodo urbano não seria má ideia: sair em busca de desintoxicação, mais
atividades ao ar livre, cidades menores, menos concentração populacional.
A arte também se beneficiará desta
pandemia. Não só por sua valorização evidente (o que teria sido de nós sem
livros, música e filmes nesse longo confinamento?), mas também pelo
surgimento de talentos até então desconhecidos: as pessoas foram obrigadas a
descobrir em si algum dom - artes manuais, gastronomia, desenho digital, colagens,
fotografia, vá saber quantos outros. A expressão artística poderá ser nossa grande
contribuição à humanidade: não voltaremos a ser apenas consumidores de cultura,
mas fornecedores também.
Não é se apegando a símbolos de status
que prestaremos homenagem à nossa sobrevivência, e sim expandindo nossa
criatividade, encontrando os amigos, bebendo e comendo com eles, namorando,
celebrando as sensações, não as aquisições. Utilidades práticas seguirão
bem-vindas, mas as utilidades emocionais é que definirão nosso bem estar: meditação
para dormir melhor, leitura para mais autoconhecimento, empatia para reduzir
desigualdades. Já que esta crise é inevitável, que a gente ao menos transforme nosso
espanto em sabedoria.
Atividades
1. De que assunto trata a crônica?
Refere-se a Pandemia por causa do
Coronavírus COVID 19, faz uma reflexão se ela não passar, como vai ser?
2. Por que, em sua opinião, o título
apresenta um questionamento?
Resposta pessoal.
3. No início do texto, com o que a
autora compara a pandemia?
Parecia
apenas uma onda gigante e repentina.
4. O que a expressão “calmaria”
(primeiro parágrafo) representa quando relacionada à pandemia de COVID-19?
Que voltaríamos a ter a mesma vida de antes, que
tudo voltaria ao normal.
5. A autora parece concordar com a
forma como o Brasil enfrenta a pandemia?
Transcreva um trecho do texto que
justifique a sua resposta.
Estamos há
quase quatro meses mergulhados numa pandemia que mudou nossos hábitos, nos
impôs restrições, nos distanciou fisicamente e nos colocou frente a frente com nossas
fragilidades.
O Brasil, caótico por natureza, vai
levar mais tempo, nenhuma novidade.
6. Segundo a autora,
quais são os novos modelos de conduta devemos adotar daqui para frente?
Lavar as mãos, usar máscara e evitar
aglomerações: já estamos nos acostumando.
Achei muito bom e verdadeiro o texto, muitas das coisas que vivemos hoje já mas será esquecida, e tenho certeza que muitas vão levar uma marca triste na suas vidas, nessa pandemia teve coisa boa e ruim, mas se fosse para escolher escolheríamos fica sem a pandemia, mas devemos ver todos nós, aprendemos muito com esse isolamento social,com da valor às coisas simples que temos é coisa que estão na nossa frente e não damos o devido valo. E é isso que fica difícil o ser humano é hipocrita e egocêntrico,só pensa em si mesmo. MAIS tenho certeza que aprendemos muito nessa pandemia...
ResponderExcluirEu gostei muito do texto q fala sobre o período pandêmico, e fala sobre várias questões relacionadas ao período q ficamos segregados e onde essa pandemia nos ensinou muita coisa, agora se aprendemos alguma coisa com ela, isso depende de nós, porque nesse novo normal provavelmente possa ser q seja diferente pra muitos, por que essa pandemia n só acrescentou mas também tirou muitas vidas e deixou o espaço pra tristeza ao invés de outros estarem bem, e estarem lendo, aperfeiçoando suas habilidades com a culinária e outros tendo aulas e etc. Mais tudo isso foi um treino pras batalhas q estão por vim. Agradeco a Deus por esta pandemia, por mais q pra ums tenha sido um terror, mais saiba q tudo q acontece em nossas vidas acrescenta la na frente uma estratégia de escape pro q estar por vim. Então é isso vlw.
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