Fábula: O GATO
E A BARATA
MILLÔR FERNANDES
A baratinha velha subiu pelo pé do copo
que, ainda com um pouco de vinho, tinha sido largado a um canto da cozinha,
desceu pela parte de dentro e começou a lambiscar o vinho. Dada a pequena
distância que nas baratas vai da boca ao cérebro, o álcool lhe subiu logo a
este. Bêbada, a baratinha caiu dentro do copo. Debateu – se, bebeu mais vinho,
ficou mais tonta, debateu – se mais, bebeu mais, tonteou mais e já quase morria
quando deparou com o carão do gato doméstico que sorria de suas aflição, do
alto do copo.
-- Gatinho, meu gatinho – pediu ela –, me
salva, me salva. Me salva que assim que eu sair eu deixo você me engolir
inteirinha, como você gosta. Me salva.
-- Você deixa mesmo eu engolir você? – disse
o gato.
-- Me saaaalva! – implorou a baratinha.
– Eu prometo.
O
gato então virou o copo com uma pata, o líquido escorreu e com ele a baratinha
que, assim que se viu no chão, saiu correndo para o buraco mais perto, onde
caiu na gargalhada.
-- Que é isso? – perguntou o gato. – Você não
vai sair daí e cumprir sua promessa? Você disse que deixaria eu comer você
inteira.
-- Ah, ah, ah – riu então a barata, sem
poder se conter. – E você é tão imbecil a ponto de acreditar na promessa de uma
barata velha e bêbada?
Moral: Ás
vezes a auto depreciação nos livra do pelotão.
Millôr Fernandes.
Fábulas fabulosas. 8. ed.
Rio de Janeiro,
Nórdica, 1963. p. 15-6.
Entendendo a fábula:
01 – Quais as personagens das fábula?
O gato e a barata.
02 – O que aconteceu à barata?
Ela entrou dentro de um copo que tinha um resto de vinho.
03 – O que fez ela, quando se viu presa dentro do
corpo?
Bebeu o vinho, se debateu e bebeu mais vinho, ficando tonta.
04 – Segundo o autor,
por que o vinho subiu logo à cabeça da barata?
A pequena
distância entre a boca e o cérebro.
05 – Que faz o gato ao ver a aflição da barata?
Virou o copo, e derramou o vinho.
06 – Vendo – se salva,
como age a barata? Como reage quando o gato lhe cobra a promessa?
Corre e entra no
buraco mais perto.
-- Ah, ah, ah – riu então a barata, sem
poder se conter. – E você é tão imbecil a ponto de acreditar na promessa de uma
barata velha e bêbada?
07 – Explique a moral da fábula com suas palavras.
Resposta pessoal do aluno.
08 – Você concorda com
a moral do texto? Justifique sua resposta, procurando ilustra-la com um
fato de que tenha tido conhecimento ou que tenha acontecido com você.
Resposta pessoal
do aluno.
09 – Crie uma outra
moral para essa fábula.
Resposta pessoal do aluno.
Muito bom essa resposta eu sou uma aluna
ResponderExcluirotimooooooo
Excluirameiiii
ResponderExcluirkkkk todo mundo pegando resposta kkkkk
ResponderExcluirKskskskskksksksksksksksksksksksksksksksskskskk,eu aqui que fiz tudo errado corrigindo, kskskskskskskksksksksksksksk
ResponderExcluirEsse texto e verso ou prosa
ResponderExcluirAmei
ResponderExcluirObrigado tinha feito tudo errado a resposta crie uma moral:O gato foi tão tonto em ponto de acreditar em uma barata que eria morre mesmo assim bêbada
ResponderExcluirAmei kkkkk
ResponderExcluirObrigado amei
ExcluirAmei
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