sábado, 30 de junho de 2018

TEXTO: UM HERÓI DO MAR - MARIA YVONNE ATALÉCIO DE ARAUJO - COM GABARITO

Texto: Um herói do mar

        Paula era filha de pescadores e já completara seus nove anos.
        Vivia na praia. Uma praia grande a perder de vista – larga faixa de areia, contornando o azul do mar.
        Coqueiros altos, elegantes e esguios cobriam toda aquela extensão e, entre eles, aqui e ali, as casinhas pobres dos pescadores.
        Pela manhã, bem cedinho, a menina já se punha de pé. Ao longe, o sol luzia nas águas, cobrindo-as de ouro.
        As ondas corriam apressadas, encrespando o mar, desfazendo-se em espumas claras e brilhantes.
        Paula até se esquecia de tudo... Então uma vela branca apontava longe, bem longe...
        Quem será? Perguntava a menina para si mesma. Será papai?
        Seu coraçãozinho tremia de aflição: olhava firme aquele ponto branco recortado no horizonte. (...)
        Ela já podia ler “Esperança” em letras vermelhas bem grandes, no casco da barquinha.
        (...) Era papai de volta com o barco cheio de peixes.
        Uma tarde, quase à noitinha, papai saiu como de costume. Tudo parecia calmo.
        Anoiteceu. O céu ficou escuro, muito escuro... Paula rezou suas orações e adormeceu depressa.
        Um barulho forte acordou-a. Paula assentou-se na cama, assustada.
        O vento açoitava os coqueiros. E soprava e zumbia entre as palmas que se agitavam em desordem. De minuto em minuto, as ondas, na praia, se atropelavam com estrondo.
        Paula teve medo pelo pai ausente. Levantou-se e acendeu uma vela à Senhora dos Navegantes. (...)
        O vento abrandava. Um murmúrio apenas. No mar, quase silêncio.
        Paula saiu depressa. Papai já estava na praia. Vencera o vento, vencera o mar!
        -- Como papai e valente, pensou. Como Deus é bom!
        E, com os olhos brilhantes de lágrimas, correu para abraçá-lo.

                         Maria Yvonne Atalécio de Araújo. Crianças, sempre crianças.
                                                                      3. ed. Belo Horizonte: Vigília, 1979.
Entendendo o texto:

01 – Explique, com suas palavras, o significado das expressões destacadas nas frases:
a)   “Uma grande praia a perder de vista”.
A vista (quase) não alcançava o fim da praia, extensa.

b)   “... o sol luzia nas águas, cobrindo-as de ouro.
O sol dourava as águas (deixava-as cor de ouro).

02 – Consulte um dicionário ou pesquise o significado das seguintes palavras, de acordo com o sentido que têm no texto.
·        Zumbia = zunia, assobiava.
·        Murmúrio = sussurro, som surdo, som brando.

03 – Que parágrafos descrevem a praia, isto é, nos transmitem uma imagem de como ela era?
      Parágrafos 2 e 3.

04 – Pela leitura do texto podemos concluir que:
(X) Se tratava de gente simples, com equipamento de pesca modesto.
(  ) O pai realizava pesca industrial em grande escala.

05 – Que conceito Paula formou do pai ao vê-lo de volta à praia, após o mau tempo?
      Que o pai é valente.

06 – Você concorda com o título atribuído ao texto? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

07 – Complete as frases, fazendo as concordâncias.
A menina perguntava para si mesma.
As meninas perguntavam para si mesmas.
Os meninos perguntavam para si mesmos.
O menino perguntava para sim mesmo.
Nós perguntávamos para nós mesmos.

08 – Observe o efeito que a repetição da palavra traz para as frases: “Então uma vela branca apontava longe, bem longe...”
            “O céu ficou escuro, muito escuro...”

Agora, complete as frases, repetindo a palavra para reforçar a ideia:

(Linda) A praia era linda, muito linda.
(Distante) Via-se um navio distante, muito distante.
(Valente) Os pescadores são valentes, muito valentes.
(Violento) As ondas estão violentas, muito violentas.

09 – Escreva (P) para a frase em que a palavra aparece em sentido próprio, real, e (F) para a que aparece em sentido figurado.
(F) As ondas corriam apressadas.
(P) As pessoas corriam pelas ruas.
(P) O cavaleiro açoitava o cavalo bravo.
(F) O vento açoitava os coqueiros.
(F) As ondas se atropelavam com estrondo.
(P) Maus motoristas atropelam pessoas nas ruas.

10 – Observe a formação do diminutivo:
Coração + zinho = coraçãozinho.
Agora, reescreva as frase colocando as palavras destacadas no diminutivo e prestando atenção na grafia delas.
a)   O cão latia, latia a noite inteira.
O cãozinho latia, latia a noite inteira.

b)   Pela manhã a menina já se punha de pé.
Pela manhãzinha a menina já se punha de pé.

c)   A ave ficou assustada.
A avezinha ficou assustada.


4 comentários:

  1. Os verbos do texto são: era- completara - vivia - perder - contornando - cobriam - punha - luzia - cobrindo - corriam - encrespando - desfazendo - esquecia - apontava - será - perguntava - tremia - olhava - recortado - podia - volta - saiu - parecia - ficou - rezou - adormeceu -acordou - assentou - açoitava - soprava - zumbia - agitavam - atropelavam - teve -levantou - acendeu - abrandava - saiu - estava - vencera - pensou - é - correu - abraça-lo.

    Espero ter ajudado.
    Um abraço,
    Profa Jaqueline

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