Texto: A
Pirataria Ataca
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No
Rio, comércio ilegal transforma centro da cidade em zona de guerra.
“Faixa
de Gaza” (em referência à conflituosa região do Oriente Médio, onde se
enfrentam judeus e palestinos) é como os cariocas chamam um determinado trecho
da avenida Rio Branco – uma referência bem-humorada e um tanto mórbida – aos
constantes enfrentamentos entre o comércio ambulante ilegal e a Guarda
Municipal.
Pelo local, passam diariamente mais de
500 mil pessoas, potenciais consumidores dos produtos oferecidos. A área é o
local de maior concentração de camelôs por metro quadrado do Rio. Ali,
vendem-se livremente produtos pirateados como CDs, DVDs, relógios, camisas,
cigarros, tênis e sapatos.
Segundo dados da Secretaria de Governo
do município, cerca de mil camelôs ilegais atuam no centro da cidade e o número
aumenta para até 1,3 mil pouco antes do Natal. Além desses, existe ainda o
chamado comércio ambulante legal, autorizado pela prefeitura, formado por mais
de dois mil camelôs cadastrados pela Secretaria de Governo. Eles são proibidos
de vender mercadorias falsificadas ou contrabandeadas, mas, apesar da
formalidade, é fácil achar produtos pirateados entre os ambulantes legalizados.
Os camelôs que vendem produtos piratas transformaram o centro do Rio num
território demarcado, com uma estrutura parecida com a do tráfico de drogas.
Eles são arredios e violentos. A maioria é jovem, entre 19 e 25 anos de idade,
e reside na Baixada Fluminense. Cada ambulante tem o seu ponto de venda, que
não pode ser ocupado por outro, sob pena de gerar uma guerra entre eles. Um dos
camelôs diz ter plena consciência de que vende camisas pirateadas de marcas
famosas, mas alega precisar da “camelotagem” para sobreviver. “Não tenho estudo
(primeiro grau incompleto), e ninguém me dá emprego”, justifica.
Abordagem esportiva
As mercadorias pirateadas são vendidas
abertamente, bem à frente dos olhos dos policiais militares que fazem a
segurança do centro da cidade. Nesse comércio ilegal, é possível comprar desde
um relógio “Rolex” por R$ 9,99 a uma camisa “Lacoste” por R$ 15. Nas lonas
montadas pelos ambulantes, também podem ser encontrados um pacote de quatro CDs
de sucessos atuais por R$ 10, DVDs de filmes por R$ 5 e tênis “Nike” por R$ 25.
A poucos quilômetros dali, no Maracanã, uma barraca
instalada no principal portão de entrada do Estádio Mário Filho vende camisas
de clubes de futebol, todas pirateadas. A camisa da seleção brasileira, a mais
procurada pelos turistas que visitam o estádio, custa, em média, R$ 40.
O comércio formal do centro da cidade é
o mais prejudicado com ação dos camelôs, pois é obrigado a fechar suas lojas
nos momentos de conflito com a polícia; a concorrência desleal dos produtos
falsificados causa perdas ao setor de mais de 1 bilhão de reais por ano.
Extraído de:
Entendendo o texto:
01 – Qual o título do texto?
A Pirataria ataca.
02 – Por que no subtítulo, é
comparado a “Faixa de Gaza”, o local onde fica o comércio ilegal?
Porque existe constantes enfrentamentos
entre o comércio ilegal e a Guarda Municipal.
03 – Quais os produtos que
são vendidos pelos camelôs? E qual o fluxo de pessoa no local?
Vendem-se livremente produtos pirateados
e contrabandeados como: CDs, DVDs, relógios, camisas, cigarros, tênis, sapatos,
etc. Passam diariamente pelo local, mais de 500 mil pessoas.
04 – De acordo com o texto,
qual a quantidade de camelôs na região?
Dados da Secretaria de Governo estima,
cerca de mil camelôs, próximo do Natal aumenta, chegando a 1,3 mil camelôs.
05 – Além dos camelôs ilegais,
existem os camelôs legais, que é autorizado pela Secretaria de Governo, quantos
existem?
Existem mais de dois mil camelôs
cadastrados pela Secretaria de Governo, que são autorizados, não podendo vender
produtos falsificados ou contrabandeados.
06 – De que jeito são os
camelôs ilegais, qual a faixa de idade deles? E são comparados com quem?
Eles são arredios e violentos. A maioria
são jovens com idade entre 19 e 25 anos. Pelas atitudes deles são comparados com
a mesma estrutura do tráfico de drogas.
07 – Conforme informação de
um dos camelôs, por que ele exerce este trabalha mesmo ilegal?
Porque eu preciso
sobreviver: “Não tenho estudo (primeiro grau incompleto), e ninguém me dá
emprego”, justifica.
08 – De acordo com o texto,
o que quer dizer abordagem esportiva?
É a maneira como
eles vendem seus produtos ilegais, por um preço inferior ao do comércio, e que
utilizam o nome de marcas importantes; um exemplo é a camisa de clubes de
futebol, inclusive o da seleção brasileira que é comercializada por R$ 40.
09 – Com esse tipo de
comércio ilegal, quem sai no prejuízo?
O comércio formal é o mais prejudicado,
pois é obrigado a fechar suas portas nos momentos de conflito entre os camelôs
ilegais e a polícia.
10 – De acordo com a
informação do texto, qual é a perda anual do comercio formal?
Conforme o texto, a perca anual passa de
1 bilhão de reais.
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