Poema: TRISTEZA
DO INFINITO
Anda em
mim, soturnamente,
Uma
tristeza ociosa,
Sem
objetivo, latente,
Vaga,
indecisa, medrosa.
Como ave
torva e sem rumo,
Ondula,
vagueia, oscila
E sobe em
nuvens de fumo
E na
minh`alma se asila.
Uma
tristeza que eu, mudo,
Fico nela
meditando
E
meditando, por tudo
E em toda
a parte sonhando.
Tristeza
de não sei onde,
De não
sei quando nem como...
Flor
mortal, que dentro esconde
Sementes
de um mago pomo.
Certa tristeza
indizível,
Abstrata,
como se fosse
A grande
alma do Sensível
Magoada,
mística, doce.
Ah!
Tristeza imponderável,
Abismo,
mistério aflito,
Torturante,
formidável...
Ah!
Tristeza do infinito?
CRUZ
E SOUSA
Entendendo
o poema:
01 – Um
dos temas mais constantes da poética simbolista é a dor existencial.
O texto realiza essa temática. Explique por quê.
O texto aborda a temática da existencial, desde o momento em que o eu lírico
expressa o seu pessimismo, a sua profunda tristeza de viver, e que não sabe
explica-los.
02 – Há
nos estilos de época de tendência subjetiva o interesse pelas abstrações, no
qual se insere a busca do infinito. Transcreva do poema vocábulos que,
semanticamente, projetam essa manifestação poética.
Vagueia / Sobe / Sonhando / Mística.
03 – Na
terceira estrofe ocorre a expressão de momento continuado da postura do eu
lírico. De que recurso se utilizou o poema para projetar essa situação?
Repetição de palavra.
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