Cartum: Polícia humorística
Quino. Qué mala es la
gente! Barcelona: Lumen, 1996. p. 125.
Fonte: Livro-
PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 7ª Série – 2ª
edição - Atual Editora -1998 – p. 74-5.
Entendendo o cartum:
01 – O cartum retrata um
diálogo entre um desenhista e um policial. Das instituições sociais (Igreja,
Estado ou governo, família, etc.), qual delas o policial representa?
O Estado.
02 – Nos países
democráticos, as pessoas têm o direito de expressar livremente suas ideias,
seja por meio da fala ou da escrita, seja por meio da arte. Nas ditaduras,
entretanto, o Estado proíbe a liberdade de expressão e instaura a censura.
a) Conclua: O desenhista e o policial vivem num país democrático ou numa ditadura?
Numa ditadura.
b) O departamento de polícia a que pertence o policial comprova ou nega sua resposta anterior?
Comprova, pois “Polícia humorística” supõe que seja um departamento
especializado em reprimir o humor político.
03 – O policial não vê graça
nos trabalhos do humorista.
a) Que temas o humorista explora?
A morte, a velhice, a injustiça social, o autoritarismo.
b) Pelos comentários do policial, como provavelmente ele acha que deve ser o trabalho humorístico?
Provavelmente acha que o humor deve trabalhar com temas leves, como
confusões, mal-entendidos, etc.
04 – Nos quadrinhos que o
desenhista mostra, vemos Mafalda, personagem de quino. Isso nos faz quer que a
personagem desenhista do cartum seja o próprio Quino. Nas tiras mostradas pelo
desenhista ao policial, as personagens são crianças, o que cria a expectativa
de que os temas abordados serão leves, e não sociais. Essa expectativa se
confirma? Justifique sua resposta.
Não; os temas são
sociais, pois ao falar da situação de suas casas, as crianças falam da situação
do país.
05 – O humorista brasileiro
Ziraldo afirma:
“O
humor, numa concepção mais exigente, não é apenas a arte de fazer rir. Isso é
comicidade, ou qualquer outro nome que se escolha. Na verdade, humor é uma
análise crítica do homem e da vida”. Relacione as duas visões de humor
expressas no cartum (a do policial e a do desenhista) à afirmação de Ziraldo.
a) Qual delas se identifica com comicidade?
A visão do policial.
b) E qual se identifica com humor?
A visão do desenhista (Quino).
06 – Veja o que afirma o
humorista Zélio a respeito do cartum:
“Um
cartunista jamais poderá ser a favor do governo. Não pode haver cartum a favor.
É uma condição, porque a razão pela qual existe o cartum é a força da sátira, e
o poder nunca, jamais ou quase nunca, que eu me lembro, esteve a favor do
povo.” Observe as cenas finais do cartum. Que semelhança você vê entre elas
e o comentário de Zélio?
A prisão do
cartunista é a prova de que o trabalho do humorista denuncia os problemas
políticos e sociais do país, contrariando o interesse dos governantes.
07 – Milton Nascimento, em
uma de suas canções, proclama: “Todo
artista tem de ir aonde o povo está”. E o humorista Zélio afirma: “O humorista, o artista, o grafista é um
homem como outro qualquer, que sofre as consequências da sociedade e que
analisa o que observa”. Levando em conta esses comentários, explique a
relação existente entre os artistas do humor e o povo.
Se o artista é
um homem do povo, é natural que fique a favor do povo nos momentos de crise
política, e não a favor dos governantes.
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