terça-feira, 15 de março de 2022

CRÔNICA: MARCELO INVENTOR DE PALAVRAS - RUTH ROCHA - COM GABARITO

 Crônica: Marcelo inventor de palavras

              Ruth Rocha

        Marcelo entrou em casa correndo:

        -- Papai, papai, embrasou a moradeira do Latildo!

        -- O quê, menino? Não estou entendendo nada!

        -- A moradeira, papai, embrasou...

        -- Eu não sei o que é isso, Marcelo. Fala direito!

        -- Embrasou tudo, papai, está uma branqueira danada!

        Seu João percebia a aflição do filho, mas não entendia nada... Quando Seu João chegou a entender o que Marcelo estava falando, já era tarde. A casinha estava toda queimada. Era um montão de brasas. O Godofredo gania baixinho... E Marcelo, desapontadíssimo, disse para o pai:

        -- Gente grande não entende nada de nada, mesmo!

46. ed. Rio de Janeiro: Salamandra, 1995. p. 20-1.

Fonte: Gramática Reflexiva – 6° ano – Atual Editora – William & Thereza – 2ª edição reformulada – São Paulo. 2008. p. 28.

Entendendo a crônica:

01 – O que Marcelo quis dizer com as palavras:

·        Embrasou – queimou.

·        Latildo – cachorro.

·        Moradeira – casa de cachorro.

·        Branqueira – fumaça.

02 – Quais foram as consequências do fato de Marcelo ter usado essas palavras?

      O pai não conseguiu entender o que ele queria dizer e, com isso, a casa do cachorro pegou fogo.

03 – Considerando que a língua é uma convenção social, qual princípio linguístico a personagem desrespeitou ao empregar essas palavras?

      Marcelo desrespeitou o princípio de que as coisas têm nomes, que foram construídos social e historicamente e independem da nossa vontade.

04 – Quem são as personagens do texto?

      Marcelo, Seu João (o pai) e Godofredo (o cachorro).

Nenhum comentário:

Postar um comentário