quinta-feira, 10 de março de 2022

CRÔNICA: A CIDADEZINHA - RAQUEL DE QUEIROZ - COM GABARITO

 Crônica: A cidadezinha

               Raquel de Queiroz

        Era uma vez uma cidadezinha, dessas muito antigas. Pequena, mal tinha umas cinco ruas meio tortas e desencontradas. As casas, nessas ruas, eram quase todas baixinhas. No meio delas uns dois sobrados, o casarão da escola e o outro casarão muito feio, com janelas gradeadas, onde ficava a cadeia.

        Mas a graça daquela cidadezinha era a igreja, que a gente até poderia chamar de igrejinha. Ficava no alto do morro, toda branca, de portas azuis, parecia leve, muito linda. Talvez por causa da igrejinha no morro, a cidadezinha ganhou o nome de Morro Lindo. A igrejinha é que era linda, mas o morro ficou com a fama.  E não era dessas igrejas importantes, paredes de pedra, com as torres apontando para o céu. Tinha as paredes muito simples, era quadradinha, com uma torre também quadrada. E bem debaixo do telhado da torre, ficava o sino.

Raquel de Queiroz. Andira. São Paulo: Siciliano, 1992. p. 3.

Fonte: Livro- PORTUGUÊS: Linguagens – Willian R. Cereja/Thereza C. Magalhães – 6ª Série – 2ª edição - Atual Editora – 2002 – p. 123-4.

Entendendo a crônica:

01 – O texto está organizado em dois parágrafos. No 1°, há uma descrição da cidade; no 2°, uma descrição da igrejinha.

a)   Como era a cidade, suas ruas e casas?

Era muito antiga e pequena. Suas ruas eram meio tortas e desencontradas. Quase todas as casas eram baixinhas.

b)   Como era a igrejinha?

Era branca, de portas azuis e parecia leve, muito linda.

02 – Para ressaltar ainda mais as qualidades da igrejinha, o narrador cita alguns elementos das igrejas importantes: as paredes e a torre.

a)   Como são normalmente as paredes de uma igreja importante? E as da igrejinha, como eram?

As paredes de uma igreja importante são de pedra. As da igrejinha eram caiadas.

b)   Como são as torres de uma igreja importante? E a torre da igrejinha, como era?

As torres de uma igreja importante apontam para o céu. A torre da igrejinha era quadrada.

c)   O narrador afirma: “não era dessa igrejas importantes”. Que característica da igrejinha se contrapõe a importante?

Simples.

03 – No 2° parágrafo, o narrador afirma que a igrejinha “parecia leve”. Qual é o sentido desse adjetivo no contexto?

      Delicada, simples, de formas suaves.

04 – O narrador manifesta descontentamento em relação ao nome da cidade.

a)   Por quê?

Porque a igrejinha era o que a cidade tinha de mais bonito, e não o morro.

b)   Imagine para essa cidade um nome que fosse mais adequado à descrição que lemos.

Resposta pessoal do aluno.

 

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