sexta-feira, 25 de março de 2022

NOTÍCIA: CRESCE NÚMERO DE MULHERES CHEFES DE FAMÍLIA - PAULO SOTERO - O ESTADO DE S.PAULO - COM GABARITO

 Notícia: Cresce número de mulheres chefes de família

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Paulo Sotero – Correspondente

   Segundo pesquisa de ONG internacional, no Brasil pelo menos 20% dos lares vivem essa situação

        Washington – A proporção de lares brasileiros chefiados por mulheres saltou de 14,4% para 20,1% entre 1980 e 1989. Esses números não refletem toda a realidade do papel da mulher como ganha-pão da família. Eles incluem apenas os casos em que a mulher vive sozinha com os filhos e é, legalmente, a chefe da casa. Não incorporam os das famílias nas quais o homem está presente mas a mulher é a principal provedora.

        A crescente responsabilidade econômica das mulheres por seus filhos não é um fenômeno brasileiro, mas mundial. Um dos reflexos mais evidentes da transformação da estrutura da família tradicional que está ocorrendo em todas as latitudes, ela ocorre em países ricos e pobres e confrontará governos e sociedades cada vez mais com um novo e delicado tipo de questão social.

        Esta é uma das principais conclusões do relatório Famílias em Foco, divulgado ontem pelo Population Council, uma ONG internacional com sede em Nova York que se especializa em pesquisas sobre saúde reprodutiva. Há outras importantes constatações no estudo, que ganhou espaço da grande imprensa americana e enriquecerá o debate preparatório da conferência internacional das Nações Unidas sobre a Mulher, que ocorrerá na China, em setembro.

        Os níveis globais de dissolução de casamentos são muito maiores do que se imagina. Seja por abandono, divórcio ou morte de um dos cônjuges, as separações estão em alta em todo o mundo. Nos EUA, os campeões mundiais da modalidade, 55 de cada 100 uniões terminam em divórcio. Entre 1970 e 1990, os casamentos desfeitos mais do que dobraram no Canadá, França, Grécia, Holanda, Inglaterra e na antiga Alemanha Ocidental.

        Para Douglas Besherov, especialista em política familiar do American Entreprise Institute, a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho e seu novo status econômico explica essa e outras transformações que estão ocorrendo na estrutura familiar.

O Estado de S. Paulo, 31 maio 1995.

Fonte: Português – Linguagem & Participação, 6ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1ª edição – 1998, p. 57-8.

Entendendo a notícia:

01 – Como aparece a família no texto? Qual é o elemento que a estrutura?

      No texto fala-se numa modificação em relação à estrutura familiar tradicional: a mulher aparece, em grande número de famílias, como a chefe da família. O pai está ausente.

02 – Onde está acontecendo o fenômeno descrito no texto? Como é a situação no Brasil?

      Está acontecendo no mundo inteiro, em países ricos e em países pobres, inclusive no Brasil, onde a proporção de lares chefiados pela mulher chegou a 20,1% em 1989.

03 – Qual é o outro dado importante apontado no relatório sobre a situação das famílias?

      O nível de dissolução do casamento (seja por abandono, divórcio ou morte de um dos cônjuges) é muito maior do que se imagina, no mundo todo.

04 – O estudo cita uma das causas para as grandes transformações que estão ocorrendo na estrutura familiar. Qual é?

      A entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho.

05 – Como você acha que se sentem as crianças nessa nova estrutura familiar? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

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