Notícia: Cresce número de mulheres chefes de família
Paulo Sotero – Correspondente
Segundo pesquisa de ONG
internacional, no Brasil pelo menos 20% dos lares vivem essa situação
Washington – A proporção de lares
brasileiros chefiados por mulheres saltou de 14,4% para 20,1% entre 1980 e
1989. Esses números não refletem toda a realidade do papel da mulher como
ganha-pão da família. Eles incluem apenas os casos em que a mulher vive sozinha
com os filhos e é, legalmente, a chefe da casa. Não incorporam os das famílias
nas quais o homem está presente mas a mulher é a principal provedora.
A crescente responsabilidade econômica
das mulheres por seus filhos não é um fenômeno brasileiro, mas mundial. Um dos
reflexos mais evidentes da transformação da estrutura da família tradicional
que está ocorrendo em todas as latitudes, ela ocorre em países ricos e pobres e
confrontará governos e sociedades cada vez mais com um novo e delicado tipo de
questão social.
Esta é uma das principais conclusões do
relatório Famílias em Foco, divulgado ontem pelo Population Council, uma ONG
internacional com sede em Nova York que se especializa em pesquisas sobre saúde
reprodutiva. Há outras importantes constatações no estudo, que ganhou espaço da
grande imprensa americana e enriquecerá o debate preparatório da conferência
internacional das Nações Unidas sobre a Mulher, que ocorrerá na China, em
setembro.
Os níveis globais de dissolução de
casamentos são muito maiores do que se imagina. Seja por abandono, divórcio ou
morte de um dos cônjuges, as separações estão em alta em todo o mundo. Nos EUA,
os campeões mundiais da modalidade, 55 de cada 100 uniões terminam em divórcio.
Entre 1970 e 1990, os casamentos desfeitos mais do que dobraram no Canadá,
França, Grécia, Holanda, Inglaterra e na antiga Alemanha Ocidental.
Para Douglas Besherov, especialista em
política familiar do American Entreprise Institute, a entrada maciça das mulheres
no mercado de trabalho e seu novo status econômico explica essa e outras
transformações que estão ocorrendo na estrutura familiar.
O Estado de S. Paulo,
31 maio 1995.
Fonte: Português –
Linguagem & Participação, 6ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder
Rivas – Ed. Saraiva, 1ª edição – 1998, p. 57-8.
Entendendo a notícia:
01 – Como aparece a família
no texto? Qual é o elemento que a estrutura?
No texto fala-se
numa modificação em relação à estrutura familiar tradicional: a mulher aparece,
em grande número de famílias, como a chefe da família. O pai está ausente.
02 – Onde está acontecendo o
fenômeno descrito no texto? Como é a situação no Brasil?
Está acontecendo
no mundo inteiro, em países ricos e em países pobres, inclusive no Brasil, onde
a proporção de lares chefiados pela mulher chegou a 20,1% em 1989.
03 – Qual é o outro dado
importante apontado no relatório sobre a situação das famílias?
O nível de dissolução do casamento (seja
por abandono, divórcio ou morte de um dos cônjuges) é muito maior do que se
imagina, no mundo todo.
04 – O estudo cita uma das
causas para as grandes transformações que estão ocorrendo na estrutura
familiar. Qual é?
A entrada maciça das mulheres no mercado
de trabalho.
05 – Como você acha que se
sentem as crianças nessa nova estrutura familiar? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal
do aluno.
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