Pensamentos
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o
que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum
louvor, nisso pensai.” – Paulo. (Filipenses, 4:8.)
Todas as obras humanas constituem a
resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram,
antes de tudo, na fonte mental que os produziu, nos movimentos incessantes da
vida.
O Evangelho consubstancia o roteiro
generoso para que a mente do homem se renove nos caminhos da espiritualidade
superior, proclamando a necessidade de semelhante transformação, rumo aos
planos mais altos. Não será tão-somente com os primores intelectuais da
Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em realização desse teor.
Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. Demanda muita
capacidade de renúncia e profunda dominação de si mesmo, qualidades que o homem
não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração.
É
por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que
refundiram pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das
circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas
perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais
fantasmas ocultos.
Pensar é criar. A realidade dessa
criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios,
mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados
especiais para o esforço de continuidade ou extinção.
O conselho de Paulo aos filipenses
apresenta sublime conteúdo. Os discípulos que puderem compreender lhe a
essência profunda, buscando ver o lado verdadeiro, honesto, justo, puro e
amável de todas as coisas, cultivando-o, em cada dia, terão encontrado a divina
equação.
Mensagens
Espírita: O livro dos Espíritos
ALLAN KARDEC –
Tradução Matheus R. Camargo
Perguntas
e respostas
CRIAÇÃO
FORMAÇÃO
DOS MUNDOS
O
Universo abrange a infinidade dos mundos que vemos e aqueles que não vemos,
todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço e
os fluidos que o preenchem.
37 – O Universo foi criado
ou existe desde toda a eternidade, como Deus?
Sem dúvida, o
Universo não pode ter sido feito por si só, e, se existiu desde sempre, como
Deus, não poderia ser obra de Deus.
A
razão nos diz que o Universo não pode ter sido feito por si só, e que, não
podendo ser obra do acaso, deve ser obra de Deus.
38 – Como Deus criou o
Universo?
Para responder
com uma só expressão: por Sua vontade. Nada exprime melhor essa vontade toda
poderosa do que estas belas palavras do Gênesis: “Deus disse: ‘Haja luz’, e
houve luz”.
39 – Podemos conhecer o modo
de formação dos mundos?
Tudo o que se pode dizer, e que podeis
compreender, é que os mundos se formam pela condensação da matéria disseminada
no espaço.
40 – Os cometas seriam, como
se acredita atualmente, um começo de condensação da matéria e de mundos em via
de formação?
Exatamente. O absurdo, porém, é acreditar
em sua influência. Refiro-me a esta influência que vulgarmente se atribuem aos
cometas; pois todos os corpos celestes têm sua parte de influência sobre certos
fenômenos físicos.
41 – Um mundo completamente
formado pode desaparecer, e a matéria que o compõe ser novamente disseminada no
espaço?
Sim, Deus renova
os mundos assim como renova os seres vivos.
42 – Podemos conhecer a
duração da formação dos mundos? Da Terra, por exemplo?
Não posso
dizer-te, pois somente o Criador o sabe, e tolo seria quem pretendesse sabe-lo
ou conhecer o número de séculos dessa formação.
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