Poema: Canção para uma valsa lenta
Mário Quintana
Minha vida não foi um
romance...
Nunca tive até hoje um
segredo.
Se me amas, não digas, que
morro
De surpresa... de encanto...
de medo...
Minha vida não foi um
romance,
Minha vida passou por
passar.
Se não amas, não finjas, que
vivo
Esperando um amor para amar.
Minha vida não foi um
romance...
Pobre vida... passou sem
enredo...
Glória a ti que me enches a
vida
De surpresa, de encanto, de
medo!
Minha vida não foi um
romance...
Ai de mim... Já se ia
acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso... de um
gesto... um olhar...
QUINTANA, Mário.
Poesias. Porto Alegre: Globo/MEC,1972.
Entendendo o poema:
01 – O primeiro verso:
“Minha vida não foi um romance...”, segundo Quintana (1983, p. 106) diz que as
velhinhas que vendiam rendas e bordados nos lares antigamente depois de uma
pausa e um suspiro dizia esta frase. O que queriam dizer?
Significa que
passei muitas dificuldades na vida.
02 – A voz poética do texto
repete que sua vida não foi um romance. Pelo que se lê em cada estrofe do
texto, como deve ser a vida para ser “um romance”?
Encontrar seu
amor verdadeiro, com o qual todos nós sonhamos.
03 – Como o eu do texto
qualifica a própria vida?
Ele qualifica
como triste, pela falta de alguém ao seu lado, como a grande maioria das
pessoas desejam e uma intensa e verdadeira história de amor na sua vida.
04 – Observe os versos
“Glória a ti que me enches a vida/ De surpresa, de encanto, de medo!” (3ª
estrofe) e responda:
a) A quem se refere a
palavra em destaque?
Ao amor de sua
vida.
b) O que acontece de
diferente na vida do eu do texto, enchendo-a “De surpresa, de encanto, de
medo!”?
Ele encontrou a
pessoa amada, por isso a surpresa, o encanto e o medo de perdê-lo.
05 – Perceba o ritmo do
poema. Volte ao título... Você sabe o que é uma valsa?
Uma valsa é um
ritmo marcado em três tempos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário