Texto: A VIDRAÇA
— Oi, dona Laura.
— Oi, Zezinho.
— Dona Laura, eu preciso de um favor.
— Pois não.
— Sabe o que é? Preciso entrar em sua
casa. Quer dizer, no seu quintal. É para apanhar a minha bola que caiu lá.
— Ah, foi?
— Foi. E aconteceu um pequeno acidente.
— Acidente?
— Ao cair, sem querer, minha bola acertou
sua vidraça dos fundos, dona Laura. E quebrou.
— Minha vidraça, Zezinho?
— Mas pode ter certeza de que foi sem
querer. Minha bola não costuma fazer essas coisas.
— Sem querer, não foi?
— Sei como a senhora deve estar se
sentindo, dona Laura. Posso pegar minha bola?
— Não. Você só pega a bola depois que seus
pais pagarem a minha vidraça.
— Não precisa envolver os meus pais nessa
história, dona Laura. Eu mesmo vou pagar a vidraça.
— Você?
— Vou. Mas antes preciso pegar a bola.
— De jeito nenhum. A bola não sai daqui,
enquanto você não pagar a vidraça.
— Tem que sair, dona Laura.
— Não sai.
— Então não posso pagar a vidraça.
— Essa eu não entendi, Zezinho.
— Para pagar sua vidraça, dona Laura, vou
ter que vender minha bola.
PIMENTEL, Luís. A
gente precisa conversar.
Belo Horizonte: Lê,
1995.
Entendendo o texto:
01 – Onde aconteceu a história?
Na rua.
02 – Quem é o(a) autor(a)?
Luís Pimentel.
03 – Quantos parágrafos tem o texto?
23 parágrafos.
04 – O que Zezinho aprontou?
Quebrou a vidraça da vizinha.
05 – Qual foi a condição de
Dona Laura para o menino pegar a bola?
Que ele só pegaria a bola depois que os
pais pagassem a vidraça.
06 – Por que Zezinho não
queria que Dona Laura envolvesse seus pais?
Porque ele mesmo
ia pagar.
07 – O que ele iria fazer para reparar sua travessura?
Vender sua bola.
Muito bom mesmo 😅😅
ResponderExcluirO final da historia me surpreendeu.
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