Médico x
“Dr. Google”
Não bastassem os alertas feitos durante as
consultas, os meios de comunicação de massa estão sempre publicando reportagens
e entrevistas com médicos sobre os riscos da automedicação. Se há algum tempo a
Medicina tinha como grandes concorrentes os autodidatas e as crendices
populares, com suas receitas infalíveis para todo tipo de doença, hoje o quadro
ficou ainda mais grave. Com as infinitas informações veiculadas pela Internet,
um certo senhor virtual armou-se de estetoscópio, colocou o jaleco e está
disponível 24 horas para atender e diagnosticar os sintomas de pacientes
desesperados em busca de alívio e cura para seus males. […]
Os benefícios da Internet são inegáveis, mas nada
substitui o relacionamento direto. O médico precisa ver o paciente e se este
hoje já entra no consultório com uma série de informações que antes não tinha,
o profissional deve estar pronto para dialogar e apontar os caminhos corretos.
Não basta fazer críticas à Internet. Para a pesquisadora da Universidade de São
Paulo, Wilma Madeira, o conhecimento adquirido na rede pode fazer com que o
paciente questione melhor os “médicos reais”, pois terá acesso e compreenderá o
significado de termos técnicos e de protocolos de atendimento. “Se não entendo
o especialista, como posso questioná-lo?”, ela pergunta, destacando que poderá
haver uma melhora na relação médico-paciente: “Se o médico entende dúvidas e
angústias do paciente, poderá diagnosticá-lo melhor”.
Mas não é a Internet quem deve fazer o diagnóstico
e a prescrição dos remédios. Imaginem se o cidadão, leigo e com problema
cardíaco, for interpretar determinado exame pela Internet. Ali poderá deduzir
que sua doença é tal e que até corre o risco de uma morte súbita. Como a
tendência é quase sempre valorizar o pior, com certeza terá seus batimentos
cardíacos acelerados sobremaneira. Por isto, para evitar alardes, melhor ir
diretamente ao médico. […]
(Fonte:
https://prodoctor.net/blog/2015/08/medico-x-drgoogle/)
Assinale
a alternativa correta a respeito do texto.
a) O autor
acredita que a internet só trouxe prejuízos no que se refere à automedicação,
uma vez que somente os médicos detêm conhecimento suficiente para receitar um
medicamento, enquanto o “Dr. Google” oferece informações falsas.
b) Para o autor, há o lado positivo
e o negativo quanto ao uso da internet, pois, ao mesmo tempo em que ela pode
ofertar informações errôneas ao usuário, ela também pode lhe oferecer algum
conhecimento para refletir sobre a atividade do médico profissional.
c) Segundo o autor, as crendices populares
concorriam com a internet por ofertar conhecimento científico. Esse
conhecimento evoluiu para o que conhecemos como sites de busca, que o autor
chama de “Dr. Google”.
d) O título sugere que os médicos estão em
constante compartilhamento de informações com o site de buscas “Google”. Isso
se comprova pelo uso do “Dr.” antes de “Google”, o qual sugere que tanto os
médicos quanto o Google exercem funções médicas na mesma área.
e) As aspas usadas em “Dr. Google” no título
do texto sugerem que o Google pode substituir um ser humano no que diz respeito
à medicina. Isso se comprova porque as aspas são utilizadas para personificar o
Google, ou seja, dar status hum ano a ele.
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